Title: F
1Fármacos que afetam a função Cardiovascular
2Hipertensão Arterial Sistêmica
- Elevação sustentada da pressão arterial
- Fator de risco importante
- Aumenta a incidência de
- aterosclerose
- cardiopatia isquêmica
- doença cerebrovascular
- vascular renal
- Vascular periférica
3Hipertensão Arterial Sistêmica
- Etiologia comum de insuficiência cardíaca e
insuficiência renal devido à sobrecarga de
trabalho crônica imposta ao ventrículo esquerdo ,
é causa da cardiopatia hipertensiva. - Elevada prevalência no Brasil e no mundo
- Incidência de hipertensão no Brasil aumenta a
cada ano - 2006 21,5 da população
- 2009 24,4 da população
4Hipertensão Arterial Sistêmica
- Recomendações não farmacológicas indicadas para
o tratamento da HAS - Tratar a obesidade como pricipal objetivo
- Reduzir a ingestão de sal a menos de 6g/dia
- Aumentar a ingestão de frutas e veduras
- Limitar a ingestão diária de bebidas alcoólicas
ao equivalentea menos de 30 mL de álcool - Rduir a ingestão de gorduras saturadas e
açúcares - Realizar exercícios físicos dinâmicos
5Hipertensão Arterial Sistêmica
- Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos
- Diuréticos
- Tiazídicos hidroclorotiazida, clortalidona
- De alça furosemida, bumetanida, ácido etacrínico
- Poupadores de Potássio espironolactona,
triantereno, amilorida.
6Hipertensão Arterial Sistêmica
- Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos
- Antagonistas do Sistema Renina Angiotensina
- Antagonistas da ECA captorpril, enalapril,
lisinopril, ramipril, fosinopril. - Bloqueadores e rceptores da angiotensina
losartan, ibesartan
7Hipertensão Arterial Sistêmica
- Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos
- Antagonistas Adrenérgicos
- Bloqueadores beta
- Não seletivos propranolol, timolol, nadolol,
nadolol, pindolol. - Seletivos metoprolol, atenolol.
- Bloqueadores beta e alfa labetalol.
- Bloqueadores alfa parazosin, terazosim,
doxazosim.
8Hipertensão Arterial Sistêmica
- Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos
- Bloqueadores centrais metildpa, clonidina,
guanabenzo - Andiadrenérgicos reserprina, guanetidina
- Bloqueadores dos canais de Cálcio Nifedipina,
anlodipina, isradipina, nicardipina, verapamil,
diltiazem. - Vasodilatadores direto hidralazina, ninoxidil,
diazóxido, nitroprussiato de sódio,
nitroglicerina.
9Fármacos Inibidores do Sistema Renina Angiotensina
10(No Transcript)
11(No Transcript)
12Inibidores da ECA
-
13Inibidores da ECA
- Efeito essencial Inibir a conversão da
angiotensina I , relativamente iativa, em
angioensina II, ativa. - São fármacos altamente seletivos. Não interagem
diretamente com outros componentes do SRA e seus
principais efeitos derivam da supressão da
síntese de angiotensina II. - Como os inibidores da ECA aumentam os níveis de
bradicinina , e como a bradicinina (hipotensora)
estimula a biossíntese de prostaglandinas , a
bradicinina e/ou as prostaglandinas podem
contribuir para os efeitos farmacológicos dos
inibidores de ECA.
14Inibidores da ECA
- Nos seres humanos com níveis normais de Na, a
administração de uma dose única oral de um
fármaco inibidor de ECA exerce pouco efeito sobre
a pressão arterial sistêmica entretanto, o uso
de doses repetidas durante vários dias provoca
uma pequena redução da PA. Em contraste , até
mesmo uma dose única desses fármacos, reduz
consideravelmente a pressão arterial em
indivíduos normais quando sofrem depleção de NA.
15Inibidores da ECA
- Podem ser classificados com base na estrutura
química em - Inibidores da ECA que contém sulfidrila,
estruturalmente relacionados com o captopril. Ex
fentiapril, pivalopril, zofinopril e alacepril. - Inibidores de ECA que contém dicarboxila,
estruturalmente relacionados com o enalapril.
Ex lisinopril, benazepril, quinapril, moeipril,
espirapril, pirinopril, ramipril, trandolapril,
pentopril, e cilazapril. - Inibidores de ECA que contém fósforo,
estruturalmente relacionados com o fosinopril.
16Inibidores de ECA
- Muitos inibidores de ECA são pró-fármacos que
contém éster, 100 a 1000 vezes menos potentes que
as moléculas ativas, mas que exibem
biodisponibilidade oral muito melhor. - Em geral, os inibidores de ECA diferem-se entre
sí nas seguintes prpriedades - Potência
- O fato de a inibição da ECA ser primariamente um
efeito direto do próprio fármaco ou efeito de um
metabólito ativo - Farmacocinética ( extensão da absorção, efeito do
alimento sobre a absorção, meia-vida plasmática,
distribuição tecidual e mecanismo de eliminação.
17Inibidores de ECA
- Por que se utiliza quase que exclusivamente o
captopril?
18Inibidores de ECA
- Mesmo efeito bloqueiam efetivamente a ECA
- Indicações terapêuticas semelhantes
- Perfis e efeitos adversos semelhantes e
- Contra-indicações semelhantes.
- CAPTOPRIL MELHO QUALIDADE DE VIDA NOS
HIPERTENSOS.
19Inibidores de ECA
- Importância da Integridade renal
- Os inibidores da ECA são depurados
predominantemente pelos rins, com excessão do
fosinopril e do espirapril, que possuem
eliminação hepática e renal equilibradas. - Menor depuração renal maior concentração
plasmática do fármaco
REDUÇÃO DA DOSE
20Inibidores da ECA
- Importância da Integridade renal
- A elevação da atividade da renina plasmática
torna os pacientes hiper-responsivos à hipotensão
induzida por inibidores da ECA. Ex Pacientes com
insuficiência cardíaca e pacientes com depleção
de sal.
REDUÇÃO DA DOSE
21Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Captopril
- Administrado via oral, sofre rápida absorção
- Possui biodisponibilidade de cerca de 75
- Concentrações plasmáticas máximas alcançadas em
1h - Depuração rápida meia vida de cerca de 2h
- Maior parte eliminada da urina 40 a 50 na
forma de captopril e o restante na forma de
dímeros d dissulfeto de captopril e dissulfeto de
captopril cisteína
22Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Captopril
- Dose oral varia de 6,25 mg a 150 mg, distribuídas
de 2 a 3x/dia. - As doses de 6,25 mg 3x/dia ou 25mg 2x/dia
mostram-de apropriadas para o início da terapia
no tratamento da insuficiência cardíaca ou da
hipertensão, respectivamente - A maioria dos pacientes não deve receber doses
diárias superiores a 150 mg/dia - O alimento reduz a biodisponibilidade oral do
captopril em 25 30 administração 1 h antes
das refeições.
23Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Enalapril
- É um pró-fármaco que é hidrolisado por esterases
no fígad, produzindo o ácido dicarboxílico ativo,
o enalaprilate (é um potente inibidor da ECA) - Sofre rápida absorção quando administrado por via
oral com bioadisponiblidade de cerca de 60 (que
não é reduzida pela presença de alimentos) - Embora suas concentrações plasmáticas máximas
sejam alcançadas em 1 h, as concentrações máximas
do enalaprilate ocorrem apenas após 3 a 4 h.
24Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Enalapril
- Enalapril apresenta meia-vida de apenas 1 a 3 h,
enquanto o enalaprilate, em virtude d sua forte
ligação à ECA, tem uma meia-vida plasmática de
cerca de 11 h. - Quase todo o fármaco é eliminado na urina na
forma de enalapril inalterado ou enalaprilate - Doe oral varia de 2,5 a 40 mg/dia (dose única ou
fracionada) - Doses de 2,5 mg mostra-se apropriada para início
do tratamento da insificiência cardíaca - Dose de e 5 mg/dia mostra-se apropriada para
inicio do tratamento da hipertensão - A dose inicial para pacientes em uso de
diuréticos e/ou com insuficiência cardíaca é de
2,5mg/dia.
25Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Enalaprilate
- Não é absorvido por via oral
- Está disponível para administração intravenosa
quando a terapia oral não é apropriada - Para pacientes hipertensos, a dose é de 0,625 a
1,25 mg por via intravenosa, durante 5 min. - Dose pode ser repetida a cada 6 h.
26Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Lisinopril
- É um análogo lisina do enalaprilate
- É um fármaco ativo
- Sofre absorção lenta, variável e incompleta
(cerca de 30) após administração oral - Absorção não é reduzida pela presença de alimento
- Concentrações plasmáticas máximas alcançadas em
cerca de 7 h. - Depurado na forma intacta pelo rim.
- Meia-vida plasmática é de cerca de 12 h.
27Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Lisinopril
- Não se acumula nos tecidos
- Administração oral varia de 5 a 40 mg/dia (dose
unitária ou fracionada) - Doses de 5 mg/ dia apropriada pra início da
terapia da insuficiência cardíaca - Dose de 10 mg/dia apropriada para início da
terapia da hipertensão - Recomenda-se uma dose diária de 2,5 mg para
pacientes com insuficiência cardíaca que
apresentam hiponatremia ou comprometimento renal.
28Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Benazepril
- É um pró-fármaco. Sofre clivagem do grupo éster
por esterases hepáticas que o transorma em
benazeprilate. - Benazepril sofre rápida, porém incompleta,
absoção (37) após a admnistração, que é
ligeiramente reduzida pela presença de alimentos - Quase totalmente metabolizado a benazeprilate e
aos conjugados glicurônídeos de benazepril e
benazeprilate. - Excretados tanto na bile quanto na urina
29Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Benazepril
- As concentrações máximas de benazepril são
alcançadas em cerca de 0,5 a 1 h, e de
benazeprilate no plasma são alcançadas em cerca
de 1 a 2 h. - O benazeprilate apresenta meia-vida plasmática
efetiva cerca de 10 a 11 h - Com excessão dos pulmões, o benazaprilate não s
acumula nos tecidos - A admnistração varia de 5 a 80 mg/dia (dose única
ou fracionada)
30Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Fosinopril
- É um pró-fármaco. Sofre clivagem do grupo éster
por esterases hepáticas que transformam o
fosinopril em fosinoprilate - O fosinopril sofre absorção lenta e incompleta
(36) após administração oral (cuja taxa, mas não
extensão, é reduzida pela presença de alimento) - É em grande parte metabolizado em fosinoprilate
(75) e no conjugado glicurônídeo de
fosinoprilate - Ambos são excretados tanto na urina quanto na
bile
31Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Fosinpril
- As concentrações plasmáticas máximas são
alcançadas em cerca de 3 h. - O fosinoprilate apresenta meia-vida plasmática
efetiva de cerca de 11,5 h. - Sua depuração não é significativamente alterada
na presença de comprometimento renal - A administração oral de fosinopril via de 10 a 80
mg/dia (dose única ou fracionada) - A dose é reduzida a 5 mg/dia em pacientes com
depleção de Na ou de água ou co insuficiência
renal.
32Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Trandolapril
- É um pró-fármaco
- É metabolizado a trandolaprilate e a metabólitos
ativos - Cerca de 10 de trandolapril e 70 de
trandolaprilate são biodisponíveis (a taxa de
absorção, mas não sua extensão, é reduzida pela
presença de alimentos). - O trandolaprilate é cerca de 8 vezes mais potente
que o trandolapril como inibidor da ECA - São excretados na urina (33 principalmente na
forma de trandolaprilate) e nas fezes 66
33Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Trandolapril
- As concentrações plasmáticas máximas do
trandolaprilate são alcançadas em 4 a 10 h. - O trandolaprilate possui uma cinética de
eliminação bifásica, com meia-vida inicial de
cerca de 10 h, seguida de uma meia-vida mais
prolongada, em virtude da dissociação lenta di
trandlaprilate da ECA tecidual - As insuiciências hepática e renal resultam em
diminuição da depuração plasmática do
trandolaprilate. - A administração oral varia de 1 a 8 mg/dia (dose
única ou francionada) - A dose inicial é de 0,5 0,5 mg para pacientes em
uso de diurético que apresentam comprometimento
renal.
34Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Quinapril
- É um pró-fármaco. A clivagem do grupo éster por
esterases hepáticas origina o quinaprilate. - Quinapril é rapidamente absorvido (taxa de
absorçao oral 60) - Concentrações plasmáticas máximas podem ser
atingidas em 1 h porém o pico pode ser reduzido
na presença de alimento (sua extensão não é
alterada) - As concentrações máximas do quinaprilate são
alcançadas em cerca de 3 h. - A conversão de quinapril em quinaprilate é
reduzida em pacientes com redução da função
hepática.
35Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Quinapril
- A meia-vida inicial do quinaprilate é de cerca de
2 h, a meia-vida terminal prolongada, de cerca de
25 h pode ser decorrente de uma ligação de alta
afinidade à ECA tecidual. - O quinaprilate é excretado tanto na rina (61)
quanto nas fezes (37) - Administração oral de quinapril varia de 5 a 80
mg/dia (dose única ou fracionada)
36Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Ramipril
- É um pró-fármaco A clivagem do grupo éster por
esterases hepáticas transforma o ramipril em
ramiprilate e metabólitos ativos. - É rapidamente absorvido. A taxa, porém não a
extensão, é reduzida pela presença de alimeno. - Concentrações plasmáticas máximas alcanças em 1
h. - Concentrações plasmáticas máxima do ramiprilate e
metabólitos ativos são atingidas em cerca de 3 h.
Estes são excretados predominantemente pelo rim
37Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Ramipril
- O ramiprilate exibe uma cinética de eliminação
trifásicacom meias-vidas de 2 a 4 h, de 9 a 18h e
de mais de 50 h. Essa eliminação trifásica
deve-se a extensa distribuição do fármaco pelos
tecidos (meia-vida inicial) , à depuração do
ramiprilate livre no plasma (meia-vida
intermediária) e à dissociação da ECA tecidual (
meia-vida terminal). - A administração oral de ramipril varia de 1,25 a
20 mg/dia (dose única ou fracionada.
38Inibidores de ECA - Farmacocinética
- Moexipril
- Pró-fármaco cuja atividade anti-hipertensiva é
quase totalmente decorrente de seu metabólito,
desesterificado moexiprilate. - Sofre absorção incompleta, com biodisponibilidade
de cerca de 13 na forma de moexiprilate - A biodisponibilidade é acentuadamente reduzida na
presença de alimento, portanto o fármaco deve ser
administrado 1 h antes da refeição - Tempo necessário para atingir a concentração
plasmática máxima de moexiprilate é de quase 1,5 h
39Inibidores de ECA-Farmacocinética
- Moexipril
- Meia-vida de eliminação varia entre 2 e 12 h.
- Dosagem recomendada varia de 7,5 a 30 mg/dia, em
uma ou duas doses fracionadas - A posologia deve ser reduzida à metade para
pacientes em uso de diuréticos ou que apresentem
comprometimento renal.
40Inibidores da ECA-Farmacocinética
- Perindopril
- Pró-fármaco onde de 30 a 50 do perindopril
sistematicamente disponíveis são transformados em
perindoprilate por esterases hepáticas - Biodisponibilidade oral -75- não é afetada pela
presença de alimento, porém a do perindprilate é
reduzida em cerca de 35. - Perindoprilate e outros metabólitos ativos são
excretados predominantemente pelo rim - Concentrações plasmáticas máximas do
peridoprilate são alcançadas em 3 a 7 h.
41Inibidores da ECA-Farmacocinética
- Perindopril
- Exibe uma cinética de eliminação bifásica, com
meias-vidas de 3 a 10 h (o principal componente
da eliminação) e de 30 a 120 h (em virtude da
dissociação lenta do perindoprilate da ECA
tecidual ). - A administração oral varia de 2 a 16 mg/dia (dose
única ou fracionada).
42Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
43Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA na hipertensão
- A inibição da ECA diminui a resistência vascular
sistêmica e as pressões arteriais média,
diastólica e sistólica. - Reduzem a pressão arterial em hipertensos, com
exceção de hipertensão causada por aldosteronismo
primário - Os inibidores de ECA isladamente normalizam a PA
em cerca de 50 dos pacientes com hipertensão
leve e moderada. - Em 90 dos indivíduos com hipertensão leve a
moderada, obtém-se um controle por meio da
combinação de um inibidor de ECA com um
bloqueador dos canais de cálciom, um bloqueador
dos receptores beta adrenérgicos ou um diurético
44Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA na hipertensão
- Os diuréticos, em particular aumentam a
respostaant-hipertensiva aos inibidores de ECA,
tornando a PA dependente da renina - Há evidências recentes que os inibidores de ECA
são superiores a outros agentes
anti-hipertensivos para pacientes hipertensos com
diabetes, nos quais os fármacos melhoram a função
endotelial - Reduzem os eventos cardiovasculares mais do que
os bloqueadoresde canas de cálcio, os diuréticos
e antagonistas dos receptores beta adrenérgicos.
45Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA na disfunção sistólica
esquerda - A disfunção sistólica ventricular esquerda varia
desde uma redução assintomática e modesta do
desempenho sistólico até um grave comprometimento
da função sistólica do ventrículo esquerdo com
insuficiência cardíaca congestiva de grau IV - Os inibidores de ECA devem ser administrados à
todos os pacientes com comprometimento da função
sistólica ventricular esquerda, tanto na presença
quanto na ausência de sintomas de insuficiência
cardíaca fraca ( a não ser por contra-indicação)
46Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA na disfunção sistólica
esquerda - Diferentes estudos demonstraram que a inibição da
ECA em indivíduos com disfunção sistólica impede
ou retarda a progressão da insuficiência
cardíaca, diminui a incidência de morte súbita e
IAM, diminui a hospitalização e melhora a
qualidade de vida - Quanto mais grave a disfunção ventricular, maior
o benefício obtido com a inibição de ECA.
47Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA no Infarto Agudo do Miocárdio
- Os efeitos benéficos dos inibidores de ECA no IAM
são particularmente significativos nos pacientes
hipertensos e diabéticos. - Estes fármacos devem ser iniciados imediatamente
durante a fase aguda do IAM e podem ser
administrados juntamente com os agentes
trombolíticos, AAS e antagonistas dos receptores
beta adrenérgicos - Em pacientes de alto risco (ex infarto de
grandes proporções, disfunção ventricular..)
estes fármacos devem ser mantidos a longo prazo.
48Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA em pacientes com alto risco de
eventos cardiovasculares - Os inibidores de ECA desviam o equilíbrio
fibrinolítico para um estado pró-fibrinolítico ao
reduzir os níveis plasmáticos do inibidor do
ativador do plasminogênio I - Melhoram a disfunção vasomotora endotelial em
pacientes com coronariopatia
49Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e
Aplicações clínicas
- Inibidores da ECA na Insuficiência renal crônica
- Em paciente com Diabetes melito tipo I e
nefropatia diabética, o captopril retarda ou
impede a progressão da doença renal - A proteção renal do diabetes tipo I definida por
alterações na excreção de albumina, também é
observada com o lisinopril - Os efeitos renoprotetores destes fármacos são, em
parte, independentes da redução da PA - Podem diminuir a progressão da retinopatia
diabética em - Atenuam a progressão da insuficiência renal em
indivíduos com uma variedade nefropatias
não-diabéticas e podem interromper o declínio da
TFG, mesmo em doentes renais graves.
50Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
51Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Hipotensão pode ocorrer uma queda abrupta,
particularmente após a primeira dose e sobretudo
em pacientes com insuficiência cardíaca que foram
tratados com diuréticos de alça , nos quais o SRA
encontra-se altamente ativado - Tosse
- em 5 a 20 dos pacientes, os inibidores de ECA
induzem tosse seca e incômoda. - Em geral, a tosse não está relacionada com a dose
- Mais frequente nas mulheres
- Desenvolve-se, em geral, entre 1 semana e 6 meses
após o início da terapia - Algumas vezes exige a interrupção do tratamento
- Este efeito pode ser mediado pelo acúmulo de
bradicinina , e/ou prostaglandinas nos pulmões.
52Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Tosse
- o antagonismo do tromboxano, o ácido
acetilsalicílico e a suplementação de ferro
reduzem a tosse induzida por inibidores de ECA - Quando a terapia com estes fármacos é
interrompida, a tosse desaparece habitualmente
dentro de 4 dias. - Hiperpotassemia
- Podem causar hiperpotassemia em pacientes com
insuficiência renal, bem como naqueles em uso de
diuréticos poupadores de potássio, suplemento de
poyássio, bloqueadores dos receptores beta
adrenérgicos ou AINE
53Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Insuficiência renal aguda
- Os pacientes com estenose bilateral da artéria
rnal desenvolvem previsivelmente insuficiência
renal se foram tratados co inibidores de ECA,
visto que a filtração glomerular na presença de
baixa pressão arteriolar aferente é mantida pela
constrição da arteríola eferente mantida pela
angiotensina II. Essa insuficiência renal é
reversível, contanto que seja reconhecida
imediatamente e que o inibidor de ECA seja
interrompido.
54Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Potencial fetopático
- Não são teratogênicos durante o primeiro
trimestre da gravidez . Porém a administração
contínua desses inibidores durante o segundo e o
terceiro trimestres pode causar hipoplasia da
calota craniana fetal, hipoplasia pulmonar fetal,
atraso do crescimento fetal, entre outros. Estes
efeitos podem ser causados, em parte, por
hipotensão fetal. - Embora não sejam contra-indicados para mulheres
em idade fértil, uma vez diagnosticada a
gravidez, é imperativo interromper o mais rápido
possível s administração destes fármacos.
55Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Exantema cutâneo
- Em certas ocasiões, os inibidores da ECA provocam
exantema maculopapular, que pode ou não causar
prurido. O exantema pode desaparecer de modo
espontâneo ou responder a uma diminuição da dose
ou a um breve curso de anti-histamínico. - Angioedema
- Em 0,1 a 0,5 dos pacientes, os inibidores da
ECA induzem rápido edema no nariz, na garganta
boca, glote, laringe, lábios e/ou língua. Efeito
denominado angioedema aparentemente não está
relacionado com a dose e, quando ocorre, surge na
primeira semana da terapia, habitualmente nas
primeiras horas após a administração da dose
inicial. Pode levar à morte. - Interrompendo a administração o angioedema
desaparece. - Os indivíduos afro-americanos correm risco 4,5
vezes maior de angioedema induzido por IECA.
56Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA
- Disgeusia
- Pode ocorrer alteração ou perda do paladar em
pacientes em uso de inibidores de ECA. Esse
efeito, que pode ser observado mais
frequentemente com o captopril , é reversível. - Neutropenia
- Efeito colateral raro, porém grave. Ocorre
predominantemente em pacientes hipertensos com
doença vascular do colágeno ou com doença
parenquimatosa renal. Se a concentração séria de
creatinina for de 2 mg/dL ou mais, a dose do
IECA deve ser mantida baixa, e deve-se aconselhar
o paciente a procurar uma avaliação médica se
surgirem sintomar de neutropenia (faringite,
febre...). - Hepatotoxicidade
- Efeito raro e reversível de mecanismo não
elucidado
57Interações Medicamentosas
- Os antiácidos podem diminuir a biodisponibilidade
dos inibidores da ECA - A capsaicina pode agravar a tosse induzida
- Os AINEs, incluindo o AAS, podem reduzir a
resposta anti-hipertensiva aos inibidores de ECA - Os diuréticos poupadores de potássio e os
suplementos de potássio podem exacerbar a
hiperpotasemia induzida pelos inibidores de ECA - Os Inibidores de ECA podem aumentar os níveis
plasmáticos de digoxina e de lítio, bem como as
reações de hipersensibilidade ao alopurinol.
58Muito Obrigada!Boa Semana!Próxima
AulaAntagonistas dos Receptores de
Angiotensina II