Title: Curso: Saъde Bucal Coletiva
1CursoSaúde Bucal Coletiva
Saúde Bucal no PSF planejamento Prof. Dr. Carlo
Henrique Goretti Zanetti
USP/Ribeirão Preto Agradecimentos Centro
Acadêmico Carneiro LeãoProfa. Maria da Conceição
P. Saraiva Ribeirão Preto, 21
de outubro de 2006
2CursoSaúde Bucal Coletiva OBJETIVOS
Quanto ao curso, não se importe com a quantidade
de pessoas. Estou acostumado a públicos em
quantidades bem variadas do muito pouco a uma
boa quantidade. Vou fazer uma fala em dois
níveis um inicial de sensibilização voltado para
estudantes de graduação com duas mensagens
centrais - uma chamada à geração deles para que
assumam o desafio de qualificar tecnicamente a
produção na área (algo que anda fortemente
esvaziada por discursos inconseqüentes e
irresponsáveis) de Saúde Bucal Coletiva sob o
ponto de vista do Planejamento e das Ciências
Sociais e, uma exposição leve sobre o que
tecnicamente justifica uma frente bem articulada
de atividades coletivas preventivo-promocionais,
incluindo aí procedimentos domiciliares. A partir
daí, parto para uma fala num nível mais
desafiador, dirigida para profissionais da rede.
Desafiador porque será centrado nas questões que
pautaram a minha tese, a saber inicialmente,
como universalizar o acesso à assistência básica
odontológica considerando a estratégia do PSF ?
E, em segundo lugar, como distribuir
nacionalmente recursos federais de forma mais
justa, para que a universalidade seja uma imagem
objetivo para todo e qualquer município
brasileiro e não apenas para os mais ricos ?
Observarei que existe hoje um grande desfio
técnico, lamentavelmente ainda não enfrentado, de
se fazer cumprir o ordenamento jurídico do SUS e
que há falhas e lacunas normativas entre o nível
constitucional-legal e o nível administrativo.
Defenderei que não há muito espaço para inventar
modas, isso, se a obrigação administrativa for
assumida verdadeiramente pois, as alternativas
viáveis de disposição racional dos recursos são
poucas. Demonstrar quais são essas alternativas e
justificá-las será meu esforço principal neste
breve curso. (e-mail para profa. Conceição)
3CursoSaúde Bucal Coletiva
O técnico-administrativo e o político
ou (a obrigação
jurídica e o espaço da ação livre) Max
Weber Motivações (voláteis) ações
livres Irracionais (emoções) Tradição
Racional orientado a valores (princípios)
Racional orientado a fins
(interesses) Legitimações (duradouras) -
regularidades Tradição Carisma Burocrático-legal
(racional / técnico / administrativo)
4CursoSaúde Bucal Coletiva
- Sobre as obrigações jurídicas em um sistema local
de saúde bucal... - O que é um sistema local de saúde com PSF ?
- Sistema Local definido como um conjunto de
unidades públicas de saúde, coordenada por uma
autoridade municipal e identificadas numa mesma
missão institucional - missão definida em nível constitucional SUS
- missão definida em nível administrativo PSF
5CursoSaúde Bucal Coletiva
- Missão do SUS princípios finais
- universalização (igualdade na garantia de acesso
a todos) - eqüidade (diferença na redistribuição de
recursos para - compensar aqueles em situações desfavoráveis)
- integralidade (oferta não reducionista a partir
da apreensão - ampliada e prudente das necessidades de ações e
serviços de - saúde (Mattos, R.A. 2004, p. 1411-1416)
- Missão do PSF reorientar a atenção básica
segundo os princípios do SUS - somados aos princípios do programa
- caráter substitutivo
- integralidade e hierarquização
- territorialização e adscrição de clientela
- equipe multiprofissional (ESF Equipe de Saúde
da Família)
6CursoSaúde Bucal Coletiva
- Origens do PSF
- O Médico de Família (generalista) e a formação do
National Health Service (NHS) Inglês em 1942 - O Médico e a Enfermeira de Família na
reformulação do Sistema Nacional de Saúde Cubano
em 1987 - PSF de Cuba - O PSF Canadense para cobertura nas zonas rurais
7CursoSaúde Bucal Coletiva
- PSF no Brasil (cont.)
- Antecedentes da ação visitadora
- Conjuntura Oswaldo Cruz brigadas mata-mosquito
- Conjuntura Carlos Chagas enfermeiras
visitadoras - SESP ação domiciliar dos guardas sanitários
- Medicina Comunitária e Pastorais Católicas
- SPT2000 1975
- Alma-Ata Estratégia da atenção primária 1978
- Experiências marginais Montes Claros, PIASS,
Niterói... - Agentes Comunitários de Saúde das Pastorais
- Pastoral da Criança CE e a articulação com o
governo
8CursoSaúde Bucal Coletiva
- PSF no Brasil (cont.)
- PACS
- 1991
- Enfermeira ACS
- PSF
- 1o - Equipe clínica Médico, Enfermeira,
Auxiliares - 2o Fusão PACSPSF
9CursoSaúde Bucal Coletiva
- Saúde Bucal no PSF
- Cuba e Curitiba exterioridade
- UnB originalidade
- A idéia original ... (ver todos os slides)
- A prática original ... (ver todos os slides)
- A programação original (ver todos os slides) ...
- Esses slides foram apresentados em 1996 no
curso de Programação em Saúde Bucal apresentado
durante o XII ENATESPO e I Congresso Brasileiro
de Saúde Bucal Coletiva Curitiba PR - A programação no PSC de Planaltina (apenas fotos)
...
10CursoSaúde Bucal Coletiva
- Saúde Bucal no PSF
- Ondas de acumulação
- Primeira Onda UnB e Curitiba
- Segunda Onda Governos dos estados
- Distrito Federal PSC
- Tocantins
- Goiás
- Ceará
- São Paulo (Projeto Qualis)
- outros
11CursoSaúde Bucal Coletiva
- Saúde Bucal no PSF
- Terceira Onda municípios (cont.)
- Camaragibe-PE Niterói (1997) Vitória da
Conquista-BA (1998) Aracaju-SE (1999)
Palmas-TO Maceió-AL (2000) Anápolis-GO Riberão
Preto-SP (2000) Fortaleza-CE (2000) Sobral- CE
Orós-CE Beberibe-CE Caruaru-PE Jaboatão dos
Guararapes-PE Maracanaú-CE Manaus-AM Rio de
Janeiro-RJ Cabo de Santo Agostinho-PE Piraju-SP
(segue)
12CursoSaúde Bucal Coletiva
- Saúde Bucal no PSF
- Terceira Onda municípios (cont.)
- Havia em fins de 2000 mais de 76 experiências
identificadas no país. - CALADO, Gisele Silva. A inserção do
Cirurgião-dentista no Programa de Saúde da
Família. Projeto de Pesquisa. Rio de Janeiro,
Mestrado em Saúde Pública, Escola Nacional de
Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2001.
(Anexo VIII)
13CursoSaúde Bucal Coletiva
- Saúde Bucal no PSF
- Quarta Onda (cont.)
- Ministério e instituição de representação dos
interesses da categoria (CFO, CRO, ABO, Sind.) - Portaria 1444 (28/12/00) - cria incentivo ...
- Portaria 267 (06/03/01) - diretrizes ...
- Portaria 673 (03/06/03) - atualiza e revê
incentivo - Portaria 74 (20/01/04) - reajusta valores
- Portaria 648 (28/03/06) - Política Nacional de
Atenção Básica - Com o incentivo federal (PAB variável), desde
inícios de 2001 até hoje foram implantadas e
estão em funcionamento mais de 13.136 ESB
(fev/2006)(em 5 anos)
14CursoSaúde Bucal Coletiva
- TEORIA x PRÁTICA
- Premissa teórica
- A capacidade de realização das obrigações
jurídicas de um sistema local de saúde no PSF - depende das escolhas que pautam a instituição do
sistema como um instrumento útil sob legitimidade
legal-racional - Esquema geral das principais escolhas
(árvore/estrutura de escolhas) que validam um
sistema local - Modelo que valida as escolhas programáticas de
cada ESB - Disposição das unidades em rede (case-mix das
unidades)
15(No Transcript)
16QUADRO Possibilidades de universalização (P1)
da assistência (Ap) em função da incidência (Ip),
tempo de acesso (ta) e tempo de giro programático
(X6), segundo a analogia da caixa dágua
17CursoSaúde Bucal Coletiva
- Considerações sobre as atividades dos ACS
- Visita domiciliar de rotina
- Realizar visitas domiciliares regulares para
vigilância, prevenção e promoção da saúde bucal,
no mínimo três preferencialmente, seis vezes ao
ano para todas as famílias adstritas, realizando
atividades unificadas e integradas às de
vigilância, prevenção e promoção da saúde de toda
ESF (segue)
18CursoSaúde Bucal Coletiva
- Visita domiciliar de rotina(cont.)
- Recomendações para visitas
- Zona Urbana mínimo quadrimestral
preferencialmente, bimestral - Zona Rural mínimo quadrimestral
preferencialmente, trimestral - Considerações sobre o tempo das visitas
- Visita de cadastro completo aprox. 60 min.
- Visita de complementação do cadastro (só saúde
bucal) aprox. 40 min. - Visita de treinamento da rotina de saúde bucal
aprox. 40 a 60 min. - Visita de rotina aprox. 40 a 60 min. (parte da
saúde bucal 20 min.). (segue)
19CursoSaúde Bucal Coletiva
- Visita domiciliar de rotina (cont.)
- Procedimentos de visitas
- Entrega do material de consumo para todas as
pessoas das famílias sem condições de
auto-provimento de pastas (a cada visita a
quantidade correspondente a 1/2 tubo 90g para
cada pessoa da família por mês ou seja, um tubo
a cada dois meses) e escovas de dentes (uma
escova para cada pessoa de 3/3 ou de 4/4 meses) - Recolhimento dos tubos vazios dos cremes dentais
já gastos - Realização de escovação supervisionada com creme
dental - Revelação de placa
- Registro do Índice de Higiene Oral Simplificado
(IHOS) - Nova escovação com creme dental para correção da
técnica (segue)
20CursoSaúde Bucal Coletiva
- Visita domiciliar de rotina (cont.)
- Procedimentos de visitas
- Escovação com gel de flúor (pessoas com controle
de deglutição) - Recomendações especiais para crianças que usam
mamadeira - Recomendações técnicas gerais (feita de forma
"homeopática" ou seja, um tema a cada visita -
isso facilita a formação do ACS, pois ele também
aprende e apreende um tema de cada vez) - Recomendações outras adequadas à promoção da
saúde e ao aumento das consciências sanitárias e
cidadãs dos assistidos - Registro dos procedimentos realizados
- Registro do nível de envolvimento de cada pessoa
assistida (segue)
21CursoSaúde Bucal Coletiva
- Visita domiciliar de rotina (cont.)
- Procedimentos de visitas
- Análise com a pessoa assistida dos registros do
IHOS dessa visita frente às visitas anteriores,
gerando a parabenização (reforço positivo) ou a
problematização por que não melhorou ? Por que
piorou ? Por que estabilizou fora dos padrões
ideais ? - Análise com a pessoa assistida dos registros de
motivação individual dessa visita frente às
visitas anteriores, gerando a parabenização
(reforço positivo) ou a problematização por que
não melhorou ? Por que piorou ? Por que
estabilizou fora dos padrões ideais ? Cartão de
Saúde Bucal ... (ver anexo 3 do documento) - Preenchimento (carimbando) da realização do
procedimento do Cartão de Saúde Bucal de cada
pessoa, que ficam na família com o responsável.
22CursoSaúde Bucal Coletiva
- Paradigma das práticas (modelo assistencial)
- Domicílio como espaço de práticas
- Polícia Médica Alemã (Vigiar, controlar e punir
séc. 18) - Sanitarismo Inglês (Controle dos pobres/pobreza
séc. 19) - Campanhismo (Oswaldo Cruz início do séc. 20)
- Higienismo (Carlos Chagas anos 20)
- Saneamento dos domicílios (SESP anos 40)
- Médico de Família (Generalista do NHS Inglês
anos 40) (cont.)
23CursoSaúde Bucal Coletiva
- Campanhismo rotinizado (DNERu anos 50)
- Medicina Comunitária (onde não há profissional
anos 70) - Agente Comunitário como alternativa à falta de
oferta - Atenção Primária, Educação para Saúde
- Preventivismo (anos 80 e 90)
- Promoção da Saúde (anos 90)
- Da Educação para Saúde ao Desenvolvimento
Comunitário 3o Setor, Democracia Participativa,
Políticas Saudáveis e Sustentáveis
24CursoSaúde Bucal Coletiva
- Disponibilidade de recursos financeiros
- Tecnicamente
- uma frente preventiva e promocional universal,
para cobrir efetivamente 6.000 habitantes sem
capacidade de autoprovimento, consome em insumos
uma quantia aproximada de R 15.000,00 a R
20.000,00 por ano.
25CursoSaúde Bucal Coletiva
- Considerações sobre a assistência clínica
- Qual padrão de oferta (urgência livre demanda
programado) uma rede local de unidades do PSF é
capaz de atender ?
26(No Transcript)
27CursoSaúde Bucal Coletiva
- Considerações sobre a assistência
- Qual padrão de oferta (urgência livre demanda
programado) uma rede local de unidades do PSF é
capaz de atender ?
(PROPOSTA)
28(No Transcript)
29(No Transcript)
30CursoSaúde Bucal Coletiva
- Disponibilidade de recursos financeiros
- na assistência básica uma retaguarda curativa
Modalidade II (com THD) para cobrir 6.000
habitantes com uma ESB (relação 12), consome em
salários e insumos uma quantia da ordem de R
60.000,00 por ano (cont.)
31CursoSaúde Bucal Coletiva
Memória de cálculo Custos anuais Modalidade
II Líquido
Bruto Profissional Mensal
Anual CD 2.000,00 24.000,00
36.000,00 THD 600,00
7.200,00 10.800,00 ACD
400,00 4.800,00 7.200,00 Total
3.000,00 36.000,00 54.000,00 Insumos
10
6.000.00
60.000,00
(Valores em Reais)
32CursoSaúde Bucal Coletiva
- Disponibilidade de recursos financeiros
- implantar toda uma nova ESB custa aproximadamente
R 75.000,00 a R 80.000,00 por ano per capita
anual de R 10,87 aproximadamente o valor do
PAB fixo
33CursoSaúde Bucal Coletiva
- TEORIA x PRÁTICA
- Premissa teórica
- A capacidade de realização das obrigações
jurídicas de um sistema local de saúde no PSF - depende das escolhas que pautam a instituição do
sistema como um instrumento útil sob legitimidade
legal-racional - Esquema geral das principais escolhas
(árvore/estrutura de escolhas) que validam um
sistema local - Modelo que valida as escolhas programáticas de
cada ESB - Disposição das unidades em rede (case-mix das
unidades)
34CursoSaúde Bucal Coletiva
TEORIA x PRÁTICA Premissa teórica O Modelo é
ferramenta racional (lógico-formal) a ser
utilizada no processo de planejamento em sua
etapa de diagnóstico situacional i.e., no seu
momento explicativo.
35Processo de Planejamento - etapas
Diagnóstico Situacional (Problematização)
Avaliação
Seleção das Prioridades (Priorização)
Programação
Acompanhamento e controle
Execução
(OPAS/CENDES adaptado)
36Momentos do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
Avaliação
Seleção das Prioridades (Priorização)
Normativo
Tático-operacional
Programação
Acompanhamento e controle
Execução
Estratégico
(TESTA - adaptado)
37Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
A explicação se faz quando
- Essa transformação implica necessariamente a
incorporação de conceitos teórico e filosóficos
que permitam o exercício da boa problematização - Para isso, a TEORIA convoca a EMPIRIA, e não o
contrário - Daí, é freqüente a situação, cientificamente
honesta, de se ter muitas informações
acompanhadas da seguinte manifestação - Ainda não sabemos se estamos fazendo a melhor
pergunta para explicar os fenômenos em questão - Há sempre que se encontrar o ponto de vista
teórico mais apropriado para a problematização
Dados
Informações
Explicação (conhecimento)
38Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
A explicação se faz quando
- Portanto,
- a mera existência da dados e informações não
conduz necessariamente à boa problematização e
à boa explicação - É necessário teorizar os objetos a serem
explicados para problematizá-los e
racionalizá-los de forma crítica - Há que se trabalhar com modelos teóricos
Dados
Informações
Explicação (conhecimento)
39CursoSaúde Bucal Coletiva
O modelo como ferramenta teórica é confeccionado
com Modelagem uma estratégia reducionista que
implica em reduzir a complexidade que o objeto
real apresenta, selecionando judiciosamente as
variáveis essenciais que permitirão uma descrição
fundamental do objeto. Essa seleção se faz
orientada pelo princípio da parcimônia (ou da
economia, ou Navalha de Ockham) utiliza-se o
mínimo de variáveis possíveis, na forma mais
simples. Objeto que, assim, não é mais
considerado em sua empiria, concreta e real pois
a modelagem se faz contra a complexidade
empírica. O objeto empírico é negado para se
construir abstratamente o objeto teórico. Teoria
contra o empiria (Bachelard).
40CursoSaúde Bucal Coletiva
Assim, modelagem é uma idealização e, o objeto
do modelo é não é o objeto empírico original, mas
sim um objeto teoricamente depurado e
reconstruído um objeto idealizado. O modelo é
capaz de apresentar tipos ideais, tipos
puros. Para que servem os tipos ideais modelados
? Para apresentar um quadro de referências a
partir do qual se pode voltar ao objeto empírico
e sua complexidade. Volta que permite Utilizar
da abstração para transformar o concreto caótico
em concreto pensado. (Marx) Essa é a estratégia
padrão de investigação teórica utilizada pela
Ciência Moderna, desde seus primórdios, i.e,
desde fins da Idade Média até hoje.
41Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- No planejamento, os modelos teóricos são
constituídos considerando - 1 variáveis programáticas (elegíveis na
modelagem segundo a disposição do programador) - 2 variáveis de impacto (elegíveis na modelagem
segundo a disposição do programador) - 3 variáveis contextuais (elegíveis na
modelagem, porém não estão à disposição do
observador, são tão somente observáveis, estão
determinadas e se impõem sobre a vontade do
programador)
VP
VI
VC
42Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- No planejamento, os modelos teóricos
- são utilizados
- 1 ex-ante factum Avaliação para
institucionalização - quando as variáveis programáticas e de impacto
são estimativas parametrizadas - quando as variáveis de impacto são consideradas
como variáveis de eficaciedade eficácia
entendida como potencialidade - 2 ex-post factum Pesquisa avaliativa
- quando as variáveis programáticas e de impacto
são realidades já realizadas - quando as variáveis de impacto são consideradas
como variáveis de eficaciedade eficácia
entendida como impacto
43Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- Na escolha dos modelos, há que se considerar que
do ponto de vista teórico - O planejamento é uma racionalidade que atravessa
e interconecta dois planos - o das liberdades da política, da entropia, da
persuasão e da inovação - o das obrigações da administração, da ordem,
da técnica - E, quando se busca utilizar do planejamento para
fazer justiça - no plano da política o objetivo é a eqüidade,
i.e., diminuir a distância que há entre mais
favorecidos e mais desfavorecidos - A isso se chama justiça como eqüidade
- no plano da administração o objetivo é cumprir
contratos, i.e., observar direitos assegurados ao
cidadão no ordenamento jurídico brasileiro - A isso se chama justiça comutativa
44Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- Considerando que num Estado de direito não se
admite quebra de contratos então, pode-se
considerar a seguinte precedência - Primeiro, as obrigações a administração, a
ordem, a técnica - Primeiro a justiça comutativa
- Depois, as liberdades a política, a entropia,
a persuasão e a inovação - Depois a justiça como eqüidade
45Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- O primeiro direito constitucional em saúde é a
universalidade entendida como garantia universal
do acesso. - Em nossa área, a universalidade não é um desafio
técnico quando se considera o acesso às
atividades preventivas e promocionais. - Por outro lado, a universalidade é um enorme
desafio técnico quando se considera o acesso às
atividades curativas no âmbito da assistência
clínica básica e especializada. Considerando que
a assistência básica é variável fundamental para
a explicação e equacionamento situacional da
assistência especializada e que a reorganização
da atenção básica passa pela estratégia da saúde
da família, então ...
46Momento do Planejamento
Explicativo
Diagnóstico Situacional (Problematização)
- Considera-se a assistência básica odontológica na
estratégia da saúde da família como a boa
problematização, a problematização fundamental
para garantia do direito universal de acesso à
saúde bucal. Ou seja, para se fazer justiça
quanto ao cumprimento do contrato constitucional
brasileiro. E, a partir dele, para se fazer
justiça como eqüidade. - O modelo para tal explicação pode ser assim
montado
47FIGURA MODELO DE VALIDAÇÃO (MODELO LÓGICO)
MEIO ORDENAMENTO Variáveis Manipuláveis
(Programáticas) ? Xn1 adstrição ? Xn2
modalidade ? Xn3 transferência ? X4 ? X5 ?
X6 ? Xn AMBIENTE Variáveis
observáveis (Contextuais) ? C1 ? C2 ? C3 ?
Cn
INÍCIO CONTRATAÇÃO Princípios
constitucionais P1 universalidade P2
eqüidade
FIM BEM PÚBLICO Realização dos princípios
constitucionais Variáveis de impacto ? Y1 ?
Y2 ? Y3 ? Yn
CONDIÇÕES INICIAIS
Eficazes (potentes) para
48 Aplicando os princípios e variáveis do modelo ao
objeto, tem-se QUADRO Princípios e
variáveis, aos limites, para validação da
sustentabilidade da Equipe de Saúde Bucal em um
sistema local de saúde bucal.
49ANÁLISE
Exemplo de aplicação do modelo de validação para
a condição de CPOD 3 na idade índice de 12
anos, distribuição demográfica média brasileira e
população adstrita por equipe de 6.900
habitantes. ... (hyperlink para excel)
50ANÁLISE
No exercício analítico os procedimentos de
representação e a sintaxe das equações podem ser
resumidos Demanda Dpop (X4) Xn1 x C1 x C2 x
C3 x (X51) x X7 (hxhm/aa) (1)
_________________________________
_______. X6 Dn ? Dpop X4 (hxhm/aa)
(2) Oferta Eficácia O
(hxhm/aa) 100 O i x Xn2 x X8 x (4 x
11) (hxhm/aa) (3) D
(hxhm/aa) _________________________.
1 aa
51ResultadosJULGAMENTO - Universalidade
Sob quais arranjos de condições alocativas
fundamentais se valida o princípio da
universalidade. Dos oito arranjos possíveis,
em quatro há eficacidade para todas as condições
locais de demanda restauradora.
52JULGAMENTO - Universalidade (210)
53ResultadosJULGAMENTO - Universalidade
Trabalhando com dados secundários fornecidos
pelo Ministério da Saúde, pode-se calcular quanto
da população atualmente coberta por assistência
em saúde bucal no Saúde da Família encontra-se
nominalmente sob tais arranjos eficazes.
54JULGAMENTO - Universalidade (210)
55ResultadosJULGAMENTO - Eqüidade
Sob quais arranjos de condições alocativas
fundamentais se valida o princípio da eqüidade
? Antes de se discutir justiça, há que se
perguntar dos oito arranjos possíveis tratados
como Paretos (arranjos de eficiência), quais são
eficazes (capazes de garantir a universalidade) e
quais são eficientes (capazes de maximizar
utilidades) ?
56(No Transcript)
57ResultadosJULGAMENTO - Eqüidade
Dos oito arranjos possíveis tratados como
Paretos (arranjos de eficiência), nos quais
apenas quatro são eficazes, nos quais apenas um é
eficaz e eficiente (Pareto superior) para todas
as condições locais de demanda restauradora. Esse
Pareto superior eficaz é também o arranjo
alocativo mais distante da reta da igualdade a
45o. Dessa forma, ele representa eficácia e
eficiência ótima para os indivíduos
representantes daqueles mais favorecidos (MAG)
mas representa uma posição injusta e conflitiva
para como os mais desfavorecidos. Dos três
arranjos eficazes restantes, dois são falsos-LAG
(falsos desfavorecidos que teriam condições
programáticas de migrar para o Pareto
superior) Resta apenas um arranjo eficaz para
representar os verdadeiros-LAG (verdadeiros
desfavorecidos)
58ResultadosJULGAMENTO - Eqüidade (910)
59(No Transcript)
60ResultadosJULGAMENTO Universalidade Eqüidade
Trabalhando com dados secundários fornecidos
pelo Ministério da Saúde, pode-se calcular quanto
da população atualmente coberta por assistência
em saúde bucal no Saúde da Família encontra-se
nominalmente sob tais arranjos eficazes,
eficientes e justos. Resumo dos principais
resultados Os principais resultados são que
(i) apenas 20,36 dos municípios que aderiram às
regras federais têm potência nominal (eficácia)
para assegurar acesso universal (ii) apenas
6,88 apresentam eficácia em condições
favorecidas para eficiência (iii) que somente
0,2 apresentam eficácia em condições
desfavorecidas para eficiência e justificáveis
por razões de justiça.
61CONCLUSÃO
- As principais conclusões são que
- Em condições locais de oferta verdadeiramente
favoráveis (com THD e trabalhando em rede) é
justo e útil exigir adstrição média por equipe de
6.900 hab. (relação 1 ESF 2 ESB) já que há
condições utilitárias para com a metade do volume
de recursos ser eficaz (garantir acesso
universal) e eficiente (a um menor custo) - Em condições locais de oferta verdadeiramente
desfavoráveis (trabalhando sem estabelecer rede)
é justo e útil exigir adstrição média por equipe
de 3.450 hab. (relação 1 ESF 1 ESB) já que não
há condições de alcançar a eficiência superior.
Assim, para ser eficaz, é justo se dobrar o
volume de recursos - Em condições locais de oferta verdadeiramente
desfavoráveis (trabalhando sem estabelecer rede),
onde não se viabiliza a presença de THD na ESB,
mesmo com adstrição média por equipe de 3.450
hab. (relação 1 ESF 1 ESB) na há condições de
eficacidade já que a ineficiência é extrema. Não
há justiça que compense !
62CursoSaúde Bucal Coletiva
- TEORIA x PRÁTICA
- Premissa teórica
- A capacidade de realização das obrigações
jurídicas de um sistema local de saúde no PSF - depende das escolhas que pautam a instituição do
sistema como um instrumento útil sob legitimidade
legal-racional - Esquema geral das principais escolhas
(árvore/estrutura de escolhas) que validam um
sistema local - Modelo que valida as escolhas programáticas de
cada ESB - Disposição das unidades em rede (case-mix das
unidades)
63Case-mix padrão, sem estabelecer rede
U/E LD
U/E LD
U/E LD
U/E LD
U/E LD
U/E LD
P
P
P
P
P
P
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Cobertura TOTAL 10.350 hab (méd.) 13.500 hab
(max.)
Cobertura TOTAL 3.450 hab (méd.) 4.500 hab (max.)
Cobertura TOTAL 6.900 hab (méd.) 9.000 hab (max.)
Case-mix diferenciado, com estabelecimento de
rede
U/E LD
U/E LD
U/E LD
P
P
P
P
P
P
P
P
P
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 3450 497 TC/aa TC 120,68 Cobertura
max. 4.500 hab
Xn1 6900 1.243 TC/aa TC 48,27 Cobertura
max. 9.000 hab
Xn1 6900 1.243 TC/aa TC 48,27 Cobertura
max. 9.000 hab
Xn1 6900 1.243 TC/aa TC 48,27 Cobertura
max. 9.000 hab
Cobertura TOTAL 16.950 hab (méd.) 22.500 hab
(max.)
Cobertura TOTAL 3.450 hab (méd.) 4.500 hab (max.)
Cobertura TOTAL 10. 050 hab (méd.) 13.500 hab
(max.)
64- Organização da assistência de cada ESB
- Programa (alternar Excel)
- Fluxograma (analogia) (alternar Word)
65MUITO OBRIGADO !
FIM Prof. Carlo Henrique Goretti
ZanettiOdontologia - UnB (61) 9975-7849
zanetti_at_unb.brhttp//www.saudebucalcoletiva.unb.b
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