GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA) - PowerPoint PPT Presentation

1 / 56
About This Presentation
Title:

GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA)

Description:

TOPOROVSKI J; BRESOLIN N.L. Glomerulonefrite difusa aguda p s-estreptoc cica (GNPE). Revista Correios da SBP, Departamento de Nefrologia. 2002;5-8. – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:128
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 57
Provided by: Rebec152
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA)


1
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA)
Universidade Católica de Brasília Internato em
Pediatria
  • Apresentação Rebeca Alevato Donadon

www.paulomargotto.com.br
Brasília,10/8/14
2
Definição
  • Glomerulite um processo inflamatório agudo de
    origem imunológica que acomete todos os
    glomérulos de ambos os rins
  • Independente da causa, a síndrome nefrítica é a
    expressão clínica que surge quando um indivíduo
    tem seus glomérulos acometidos por este processo
    inflamatório agudo.
  • Oligúria
  • Hipertensão
  • Edema
  • Hematúria
  • Proteinúria.

3
Causas
  • Idiopática doença primária dos rins
  • Doença de Berger (nefropatia por IgA)
  • Glomerulonefrite (GN) membranoproliferativa, GN
    por imunocomplexos idiopática, GN pauci-imune,
    etc.
  • Secundária a doenças sistêmicas
  • Infecções
  • Estreptocócica
  • Não-estreptocócica (bacteriana, viral,
    parasitária).
  • Colagenoses
  • LES, Púrpura de Henoch-Schonlein, Doença de
    Goodpasture, granulomatose de Wegener, etc.

4
Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica (GNPE)
  • É a mais comum das glomerulopatias
  • Benigna e autolimitada
  • Ocorre após uma infecção (piodermite ou
    faringoamidalite) por cepas nefritogênicas do
    estreptococo beta-hemolitico do grupo A
  • GNPE pós-impetigo M-tipo 49
  • GNPE pós-faringoamidalite M-tipo 12.
  • Mais comum no sexo masculino 21
  • Piodermite há equivalência entre os sexos.
  • Mais frequente no periodo pré-escolar (2 6
    anos) e escolar (6 15 anos), com pico de
    incidencia ao redor dos 7 anos
  • É rara em menores de dois anos.

5
GNPEFisiopatologia
  • Depósito de imunoglobulinas antigênicas
    ativação de anticorpos na região subendotelial da
    membrana basal glomerular ? ativação do
    complemento ? migração de polimorfonucleares ?
    processo inflamatório na membrana basal
    glomerular.

Glomérulo
Micrografia eletrônica da barreira de filtração
glomerular
6
GNPEFisiopatologia
  • Processo inflamatório do glomérulo ? diminuição
    da TFG ? oligúria ? retenção de sódio e água
    ingestão de água e sódio ? expansão do volume
    extracelular ? edema e hipertensão
  • Hipertensão surge devido ao aumento do volume
    circulante vasoespasmo generalizado
  • Fendas de filtração alteradas ? passagem de
    hemácias para o espaço de Bowman ? hematúria
  • Reação inflamatória ? alteração na permeabilidade
    da membrana ? proteinúria, leucocitúria.

7
GNPEQuadro Clínico
  • Criança com bom estado geral
  • Sintomas clássicos manifestam-se 10
    (faringoamidalite) a 20 dias (piodermite) após a
    infecção estreptocócica
  • Hipertensão surge em 90 dos casos e geralmente é
    de moderada intensidade
  • Oligúria surge em 50 dos casos
  • Edema, geralmente leve, antecede a hematúria
  • Sinais indiretos roupas e sapatos ficaram
    apertadas
  • Edema frio, mole, súbito, matutino e
    gravitacional (periorbital, lombar, MMII,
    genitália)
  • Hematúria micro ou macroscópica (2/3 dos casos)
  • Proteinúria geralmente subnefrótica (5-10 é
    nefrótica).

8
GNPEQuadro Clínico
  • Queixas vagas como indisposição, inapetência,
    cefaleia, edema periorbital
  • Sintomas menos frequentes podem acompanhar o
    quadro colicas abdominais, hipertermia e
    vomitos alimentares
  • Subclínicos apenas edema subclínico, hipertensão
    e diminuição do complemento.

9
GNPEQuadro Laboratorial
  • Hemograma não é necessário anemia por diluição
  • EAS
  • Hematúria (95 dos casos) micro ou macroscópica
    com dismorfismo eritrocitário
  • Proteinúria leve (geralmente até )
  • Cilindros hemáticos, hialinos, granulosos e
    leucocitarios
  • Urina de 24 horas
  • Proteinúria raramente em níveis nefroticos (gt
    50mg/Kg/dia).
  • Ureia e creatinina (elevação transitória em 50
    dos casos)
  • Complemento sérico diminuído (C3, C4, CH50)
  • Hipercalemia, acidose metabólica, etc.

10
GNPEDiagnóstico
  • Afastar outras causas de síndrome nefrítica -
    procurar manifestações extrarrenais
  • Se a síndrome nefrítica for a única manifestação
  • 1) Questionar o paciente sobre faringite ou
    piodermite recente
  • 2) Verificar se o período de incubação é
    compatível
  • 3) Documentar a infecção estreptocócica por
    laboratório
  • ASLO (melhor se via faríngea) ou Anti-DNAse B
    (melhor se via cutânea)
  • Outros anticorpos anti-hialuronidase,
    andiestreptoquinase.
  • 4) Demonstrar queda transitória de C3.

Anticorpos elevam-se 2-5 semanas após a
infecção estreptocócica e decaem no 6º
mês.
11
GNPEIndicações de Biópsia Renal - SBP
  • Está indicada apenas em casos atípicos
  • 1) Anúria ou oligúria importante por mais de 72h
  • 2) Hipocomplementemia que não melhora em até 8
    semanas
  • 3) Proteinúria gt 50 mg/Kg/24h (faixa nefrótica)
    por mais de 4 semanas
  • 4) Hipertensão arterial ou hematúria macroscópica
    por mais de 6 semanas
  • 5) Azotemia acentuada ou prolongada.

12
GNPETratamento Suporte Clínico
  • Repouso recomendado enquanto persistirem edema e
    hipertensão arterial deve ser limitado pelo
    próprio paciente
  • Restrição hídrica na fase de hipervolemia e
    oligúria 20 ml/kg volume da diurese
  • Restrição de sal
  • Restricao de potassio esta indicada apenas
    nos casos de oliguria importante (diurese lt
    240ml/m2SC/dia)
  • Corticoides não estão indicados

13
GNPETratamento Suporte Clínico
  • Diuréticos de alca estão indicados naqueles
    pacientes que apresentarem complicações
  • Congestão circulatória (mais frequente) pode
    levar a insuficiencia cardiaca congestiva e
    edema agudo de pulmao
  • Furosemida de 1 a 5mg/kg/dia restricao
    hidrica assistencia ventilatória
    (oxigenioterapia e/ou ventilacao mecanica) e
    sedacao ? diálise peritoneal nos casos
    refratrários.
  • Encefalopatia hipertensiva cefaleia, vômitos,
    diplopia, confusão mental, agitação, sonolência,
    convulsão.
  • Recomenda-se nifedipina, na dose de 0,25 a
    0,50mg/Kg sublingual, repetida, se necessario,
    em 4 a 6 horas.
  • Insuficiência renal aguda (menos comum).

14
GNPETratamento Suporte Clínico
  • Antibioticoterapia deve ser feita para erradicar
    cepas nefritogênicas
  • Penicilina benzatina (escolha)
  • Crianças lt 25 Kg 600.000U
  • Crianças gt 25 Kg 1.200.000U.
  • Nos casos sensíveis à penicilina eritromicina na
    dose de 30mg/Kg/ dia por dez dias.
  • Dependendo do nível da azotemia ? diálise

ANTIBIOTICOTERAPIA PRECOCE NÃO PREVINE O
APARECIMENTO DE GNPE!
15
GNPEPrognóstico
  • Em apenas 1 dos casos há evolução para IRA
  • 1 a 2 semanas
  • Aumento da diurese, desaparecimento do edema e
    normalização da PA.
  • 3 a 4 semanas apos o inicio da doenca
    normalização da ureia e creatinina
  • Em até 8 semanas
  • Complemento volta ao normal
  • Hematúria microscópica pode durar 1-2 anos
  • Proteinúria desaparece entre 3 e 6 meses, mas
    pode até 5 anos.

TRÊS A QUATRO SEMANAS APÓS O INÍCIO DOS SINTOMAS
HÁ REESTABELECIMENTO CLÍNICO GERAL DA CRIANÇA.
16
SÍNDROME NEFRÓTICA
Universidade Católica de Brasília Internato em
Pediatria
  • Acadêmica Amanda Martins Rocha

17
Definição
  • Síndrome nefrótica é um conjunto de sinais,
    sintomas e achados laboratoriais que se
    desenvolvem quando, por alguma razão, ocorre um
    aumento patologicamente exagerado da
    permeabilidade dos glomérulos às proteínas,
    levando a uma proteinúria maciça.

Proteinúria na faixa nefrótica
Adultos gt 3-3,5g/24h
Crianças gt 40-50mg/kg/dia
18
Epidemiologia
  • Pode ocorrer em qualquer faixa etária. Porém, é
    essencialmente uma doença pediátrica
  • Crianças Adultos (151).
  • A maioria dos casos ocorre entre 1 a 8 anos, com
    pico de incidência aos 3 anos de idade
  • Os meninos são mais frequentemente afetados que
    as meninas (21).

19
Etiopatogenia
Primárias () Secundárias
Doença por Lesão Mínima Diabetes Mellitus
Glomeruloesclerose segmentar e focal (GEFS) LES
Glomerulonefrite proliferativa mesangial Linfoma
Glomerulonefrite membranoproliferativa Hepatite
Glomerulopatia Membranosa AIDS
Glomerulopatia Membranosa TORCHS
  • A síndrome nefrótica pode ser simplesmente a
    expressão clínica de uma doença renal primária
    (idiopática) ou então ser secundária a fatores ou
    patologias extrarrenais.

() Classificadas de acordo com achados
histopatológicos.
20
Achados clínico-laboratoriais
  • Proteinúria maciça
  • Hipoalbuminemia
  • lt 2,5g/dL
  • Edema
  • Hiperlipidemia
  • Lipidúria

21
Fisiopatologia
Diminuição da Pressão Oncótica
Edema
Alteração da permeabilidade glomerular
Hipercoagulabilidade
Proteinúria Hipoalbuminemia
Filtração anormal de proteínas
Hiperlipidemia
Aumento da síntese hepática de lipoproteínas e
fatores de coagulação
22
A Proteinúria
  • Proteinúria Seletiva
  • Processo lesivo renal acarreta perda predominante
    da barreira de carga ? proteinúria à custa de
    albumina
  • Ex Nefropatia por Lesão Mínima.
  • Proteinúria Não-Seletiva
  • Lesão glomerular determina perda da barreira de
    tamanho ? perda proporcional de macromoléculas
    protéicas do plasma (albumina, globulinas etc)
  • Ex GEFS ou GP membranosa.
  • Permeabilidade glomerular
  • 1) Barreira de tamanho
  • As fendas de filtração impedem a passagem de
    macromoléculas (globulinas).
  • 2) Barreira de carga
  • A MBG possui carga negativa, e portanto, repele
    proteínas de carga semelhante (albumina).
  • Normal 30mg/dia de albumina

23
A Hipoalbuminemia
  • A proteinúria provoca a queda dos níveis
    plasmáticos da albumina (principal proteína
    plasmática)
  • Responsável pela pressão oncótica (mantém o
    líquido no compartimento intravascular)
  • Hipoalbuminemia ? dimiuição pressão oncótica
  • Queda nos níveis de albumina ? estimula síntese
    hepática de albumina ? não é suficiente para
    contrabalancear a hipoalbuminemia
  • Exceção alfa-2-globulina
  • Hipoproteinemia ? síntese hepática de todas as
    proteínas. Contudo, a alfa-2-globulina não
    consegue ser filtrada (macromolécula) ? aumento
    nível plasmático paradoxalmente.

24
Perdas protéicas e Repercussões
Proteína plasmática perdida Repercussão
Albumina Edema
Antitrombina III Hipercoagulabilidade (Trombose venosa)
Transferrina Anemia Hipo-Micro (resistente à reposição de ferro)
Imunoglobulinas Infecções (S. pneumoniae)
  • Outras
  • Globulina de ligação de tiroxina (TBG)
  • Proteína fixadora de vitamina D

25
Edema nefrótico
Perda de líquido para o 3º espaço
Hipoalbuminemia
Redução pressão oncótica
Proteinúria gt 3,5g/24h
Tendência a hipovolemia ? SRAA
TEORIA DE UNDERFILLING
Síndrome Nefrótica
Edema OSMÓTICO
Edema PRESSÓRICO
TEORIA DE OVERFILLING
Tendência a hipervolemia e aumento PA
Retenção Primária de Sódio
26
A Hiperlipidemia
  • Mecanismo
  • Hipoalbuminemia ? queda P oncótica ? estimula
    síntese hepática de lipoproteínas ?
    hipercolesterolemia
  • LDL
  • Mais aterogênica de todas
  • Risco de doença coronariana em portadores de SN é
    5,5x maior
  • Hipertrigliceridemia
  • Menos frequente
  • Redução do catabolismo do VLDL
  • Predomina em pacientes com falência renal
    crônica
  • Lipidúria
  • EAS corpos graxos ovalados e cilindros graxos.

27
Manifestações Clínicas
  • Inapetência
  • Sensação de mal-estar generalizado
  • Palidez cutânea
  • Dor abdominal
  • Perda de massa muscular
  • Urina espumosa
  • Diminuição do débito urinário
  • Ascite
  • Dificuldade respiratória (derrame pleural)
  • Edema
  • Periorbital bilateral, matutino ? generalizado,
    frio, móvel, depressível
  • Pressão arterial geralmente é baixa

28
Investigação laboratorial
  • EAS
  • Proteinúria (3/4)
  • Relação proteína total/creatinina ou albumina
    total/creatinina ? estima proteinúria diária
  • 20 hematúria microscópica
  • Corpos graxos ovalados e cilindros graxos.
  • Proteinúria de 24 horas
  • Hemograma
  • Perfil lipídico
  • Bioquímica
  • Proteínas totais e frações
  • Eletroforese de proteínas urinárias
  • Complemento
  • Sorologias (TORCHS, hepatite, HIV)
  • Função renal uréia e creatinina
  • Eletrólitos (sódio, potássio, cálcio)

29
Complicações
  • Trombose venosa profunda (estado de
    hipercoagulabilidade)
  • Trombose da veia renal
  • Suspeita clínica dor em flancos ou virilha,
    varicocele à esquerda, aumento significativo da
    proteinúria, hematúria macroscópica, redução
    inexplicada do débito urinário, edema renal
    (assimetria do tamanho ou função renal)
  • Principais formas associadas nefropatia
    membranosa, glomerulonefrite membranoproliferativ
    a, amiloidose.
  • Obs. não há indicação de anticoagulação
    profilática. Coagulação plena nos casos de
    eventos tromboembólicos documentados.
  • Infecções
  • Deficiência de IgG ? sujeitos a infecções por
    germes encapsulados
  • Streptococcus pneumoniae
  • PBE (dor abdominal febre vômitos).

30
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Epidemiologia
  • Responsável por 80-90 de todas as causas de
    Síndrome Nefrótica em crianças
  • Adultos 10-15
  • Predomina em crianças e 1-8 anos.
  • Patogenia
  • Linfócitos T autorreativos (sensíveis a
    corticoide) secretam uma citocina (ainda
    desconhecida) ? age sobre os podócitos inibindo a
    síntese de poliânions (conferem a carga negativa
    a MBG) ? barreira de carga neutralizada ?
    albuminúria.

31
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Achados Histopatológicos
  • MO pobreza ou ausência de achados
  • Ausência de alterações morfológicas glomerulares
  • Acúmulo de lipídios nas células dos túbulos
    proximais
  • ME fusão e apagamento dos processos
    podocitários
  • Discreta esclerose focal e segmentar, e
    proliferação mesangial.

Figura 5. Fusão e apagamento dos processos
podocitários
32
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Manifestações Clínicas
  • Abrem o quadro com síndrome nefrótica clássica,
    principalmente após infecções virais ou reações a
    picadas de inseto
  • Períodos de atividade (proteinúria intensa) e
    remissão espontânea
  • Instabilidade hemodinâmica ? choque hipovolêmico
  • Ocorre principalmente na fase de formação do
    edema.
  • Dor abdominal febre vômitos ? investigar PBE
    (Streptococcus pneumoniae).

33
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Condições Associadas
  • Fenômenos atópicos (asma e eczema)
  • Manifestações alérgicas podem acompanhar
    recidivas do quadro.
  • Linfoma de Hodgkin
  • Principal doença sistêmica associada à DLM
  • A síndrome nefrótica pode ser o primeiro sinal de
    um linfoma oculto ? investigar!
  • Drogas
  • AINE (fenoprofeno, ibuprofeno, naxopreno,
    cetoprofeno)
  • Ampicilina, rifampicina, alfainterferon.

34
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Achados Laboratoriais
  • Revelam alterações comuns da síndrome nefrótica
  • EAS proteinúria 3 a 4/4
  • Pode haver hematúria microscópica (20)
  • Eletroforese de proteínas urinárias albuminúria
    (proteinúria seletiva).
  • Função renal não costuma ficar alterada
  • Exceto hipovolemia grave com hipotensão e
    hipoperfusão renal.
  • Hipoalbuminemia sérica
  • Não há consumo do complemento
  • Redução dos níveis de IgG, embora IgM possa estar
    aumentado.

35
Nefropatia por Lesão Mínima
  • Curso clínico
  • Períodos de remissão e atividade
  • Resposta dramática à corticoterapia
  • Evolução favorável
  • lt 5 evolui para rins em estado terminal.
  • 85-95 das crianças com DLM há melhora da
    proteinúria nas 1ºs semanas da corticoterapia.

36
Tratamento Inespecífico
  • Medidas gerais
  • Dieta hipossódica (1g/dia), normoprotéica e com
    ingesta hídrica normal
  • Repouso autorregulado pelo paciente
  • Orientação aos familiares quanto a etiologia,
    evolução, tratamento e complicações
  • Sintomáticos
  • Diuréticos
  • Furosemida 2 a 4mg/Kg/dia, 2 a 4x VO
  • Espironolactona 2 a 5mg/Kg/dia.
  • Albumina 0,5 a 1g/Kg/dose, EV, infusão em 1-2h
    (ao final ou na metade da infusão fazer
    furosemida EV)
  • Casos de edemas volumosos e persistentes.

37
Tratamento específico - DLM
  • Prednisona 1-2mg/kg/dia (máximo de 80mg/dia) por
    4-6 semanas
  • Respondedores dose é diminuída para
    0,7-1mg/kg/dia em dias alternados, por 4 semanas
  • Desmame nos 1-2 meses subsequentes.
  • Se a proteinúria persistir por gt 8 semanas ?
    resistente a corticoides
  • Indicado biópsia renal GEFS ou proliferação
    mesangial.

38
Tratamento específico - DLM
  • Forma recidivante frequente
  • 50 dos respondedores, terão remissão completa ou
    apenas mais 1 episódio
  • 50 desenvolverão a forma recidivante frequente
    ( 4 recidivas/ ano) ? associação com
    imunossupressores
  • Ciclofosfamida (2mg/kg/dia)
  • Ciclosporina
  • Tracolimus
  • Micofenolato
  • Levamisol

Prologam o período de remissão e permitem reduzir
a dose de corticoide (menos efeitos colaterais).
39
Biópsia Renal - Indicações
  • Pelo fato da DLM ser responsável por 85 dos
    casos de síndrome nefrótica em crianças entre 1-8
    anos, não há necessidade de biópsia renal de
    rotina.
  • Deve-se iniciar a corticoterapia e observar a
    resposta, que, nestes casos, costuma ser
    dramática.

Indicações de Biópsia Renal
Proteinúria persistente por gt 8 semanas (casos não responsivos)
Recidivas muito frequentes
Menores de 1 ano Maiores de 8 anos de idade
Casos atípicos Hematúria macroscópica Hipocomplementemia Hipertensão Arterial Insuficiência renal progressiva
40
Glomerulonefrite Proliferativa Mesangial
Características
Presença de proliferação celular no mesângio glomerular, associada à depósitos esparsos de IgM (forma primária) e C3 Obs. depósitos de IgG (forma secundária)
5 a 10 das causas de síndrome nefrótica
Normocomplementenemia Presença de hematúria (lesão do mesângio)
Função renal normal ou discretamente alterada
Pode ser secundária a LES Vasculites Endocardite infecciosa HIV
41
Glomeruloesclerose Focal e Segmentar
Características
A lesão glomerular caracteriza-se pelo surgimento de esclerose com colapso capilar em menos de 50 dos glomérulos (lesão focal) e em parte das alças de cada glomérulo (lesão segmentar)
Idiopática Linfócito T ? citocina ? lesa podócitos de forma mais grave que DLM ? altera a barreira de tamanho ? proteinúria não seletiva Secundária 1. Sequela direta de uma doença glomerular focal necrosante. LES, Vasculite necrosante, Nefropatia por IgA. 2. Hiperfluxo Vasodilatação renal crônica ? aumento da pressão glomerular ? morte glomerular ? sobrecarga sobre os glomérulos remanescentes ? rim terminal. HAS, DM, anemia falciforme 3. Sobrecarga por perda de tecido renal Anemia falciforme (isquemia glomerular)
Proteinúria não-seletiva
42
Nefropatia Membranosa
Características
Ocorre um espessamento da membrana basal glomerular, na ausência de proliferação celular. Apresenta comprometimento uniforme dos glomérulos (padrão difuso e homogêneo).
Segunda forma mais comum de Sd Nefrótica primária em adultos no Brasil
Existem depósitos subepiteliais de IgG e C3 que interagem com a matriz da MBG espessando-a. A degradação da matriz leva a perda da barreira de tamanho.
Complicações Tromboembólicas ? Trombose de veia renal Glomerulonefrite rapidamente progressiva, pela eventual superposição de nefrite por anti-MBG, com formação de crescentes.
Associa-se hepatite B, neoplasia oculta, LES
Normocomplementenemia
43
Glomerulonefrite Membranoproliferativa
Características
Ocorre um grande aumento da celularidade mesangial (proliferação mesangial), com intensa proeminência destas células por entre as alças capilares e o epitélio visceral (podócitos) ? dificulta filtração glomerular ? oligúria
Principal diagnóstico diferencial GNPE
Supeita-se Hipocomplementemia gt 8 semanas Proteinúria na faixa nefrótica
Está claramente associada a doenças crônicas sistêmicas por imunocomplexo, tais como LES, Hepatite C, crioglobulinemia.
MO espessamento em duplo-contorno da parede capilar glomerular
44
Tipos histológicos - Resumo
45
Caso Clínico
  • Identificação
  • M.V.A.S., sexo masculino, pardo, 12 anos, natural
    de Brasília, reside em Planaltina de Goiás,
    estudante cursando a 5ª série.
  • Queixa principal
  • Olhos inchados há 5 dias.

46
Caso Clínico
  • História da Doença Atual
  • Pai relata que há 15 dias a criança iniciou
    quadro de adinamia, sonolência (dormia durante
    toda a tarde), edema bipalpebral 3/4 e edema de
    MMII 2/4, que eram mais intensos pela manhã.
    Refere que a criança queixou-se também de dor
    para urinar (disúria) e pouca urina (oligúria)
    associada a urina concentrada e espumosa. Refere
    ainda que 2 dias antes do início dos sintomas a
    garganta da criança inflamou (SIC). Apresentou 2
    episódios de febre não aferida neste período.
  • Procurou o hospital de Planaltina onde foi
    diagnosticado com infecção nos rins" (SIC),
    sendo iniciado cefalexina. Fez uso da medicação
    por 2 dias, sem melhora dos sintomas.
  • Então, deu entrada no PS-HRAS apresentando piora
    do edema e início de quadro de vômitos (3
    episódios com restos alimentares) e de diarreia
    líquida (4 episódios, sem muco ou sangue). Sendo
    internado para investigação diagnóstica.

47
Caso Clínico
  • Antecedentes pessoais
  • Mãe G2Pc2A0, nasceu de parto cesárea por DCP,
    gestação a termo e sem intercorrências
  • Refere desenvolvimento neuropsicomotor adequado
    para idade e sexo.
  • Antecedentes patológicos
  • Refere varicela aos 4 anos, nega outras
    patologias prévias como PNM, ITU, Asma
  • Nega internações prévias, cirurgias e transfusão
    sanguínea
  • Vacinação atualizada.

48
Caso Clínico
  • Hábitos de vida
  • Reside com a família em casa de alvenaria, com 7
    cômodos, 7 moradores, com água tratada e fossa
    séptica
  • Refere alimentação com carnes, frutas e verdura
  • Nega tabagismo e etilismo na família
  • Nega prática de atividade física.
  • Antecedentes familiares
  • Avó paterna com DM
  • Nega casos de HAS, neoplasias, TB, doenças
    cardíacas e renais na família.

49
Caso Clínico
  • Exame Físico
  • BEG, corado, hidratado, eupnéico, afebril,
    acianótico, anictérico, eutrófico
  • AR MVF sem RA FR 16 rpm
  • ACV RCR 2T BNF, sopro sistólico 2/6
  • Abdome plano, flácido, indolor a palpação, RHA,
    sem VMG
  • Extremidades. edema de face 2/4 e de MMII
    /4, sem sinais de artrite.

50
Hipóteses Diagnósticas
  • Síndrome nefrótica
  • Síndrome nefrítica
  • Hipoproteinemia grave
  • Insuficiência cardíaca.

51
Caso Clínico
  • Exames Solicitados
  • Hemograma
  • Eletrólitos
  • EAS
  • Função Renal
  • VHS e PCR
  • Complemento
  • Proteínas totais e frações
  • Colesterol total e frações
  • Proteinúria de 24 horas
  • Clearence de creatinina
  • US de rins e vias urinárias

52
Resultados
Datas 19/03/10 22/03/10 23/03/10 24/03/10
Leucócitos 6.140 8.670 - 20.700
Neutrófilos 70 70 - 84
Bastões 1 0 - 2
Linfócitos 22 20 - 10
Monócitos 7 7 - 4
Eosinófilos 0 - 0
Hemoglobina 12,5 11,8 - 11,5
Hematócrito 38,3 36,1 - 35,8
Plaquetas 331.000 351.000 - 354.000
VHS 30 36 - -
Uréia 148 184 188 185
Creatinina 5,6 6,3 5,4 5,2
Sódio 125 131 132 136
Potássio 5,7 4,9 5,1 4,7
Cloro 101 104 106 109
53
Resultados
EAS 19/03/10 22/03/10
Densidade 1020 1020
PH 6,0 6,0
Proteínas
CED 10 a 15 p/c 8 p/c
Hemoglobina -
Leucócitos 6 a 8 p/c 6 p/c
Hemácias 1 a 2 p/c -
Flora Escassa
Muco
Outros Cilindros granulosos e leucocitários raros Cilindros granulosos e hialinos raros
54
Resultados
  • Proteínas totais e frações
  • Proteínas totais 4,6
  • Albumina 2,4
  • Colesterol total e frações
  • Colesterol 235
  • HDL 39
  • LDL 144
  • VLDL 53
  • Triglicerídeos 263
  • Sorologias negativas
  • Complemento
  • C3 95,90 (VR 85 185 mg/dl)
  • C4 23,50 (VR 20 a 58 mg/dl)
  • Clearence de creatinina
  • 11,3 ml/mim
  • Proteinúria de 24h
  • 163,18 mg/Kg/dia
  • PCR 2,52
  • US de rins e vias urinárias Rins tópicos, de
    tamanho aumentados e ecogênicos.

55
Síndrome Nefrítica X Síndrome Nefrótica
  • Síndrome Nefrítica
  • Hematúria
  • Oligúria
  • Hipertensão arterial
  • Edema
  • Os glomérulos são acometidos por um infiltrado
    inflamatório com neutrófilos e células
    mononucleares invadindo e destruindo a
    arquitetura glomerular.
  • Síndrome Nefrótica
  • Proteinúria
  • Hipoalbuminemia
  • Edema
  • Hiperlipidemia
  • Há alteração da permeabilidade glomerular e
    consequente filtração anormal de proteínas,
    acarretando em proteinúria intensa.

56
Referências Bibliográficas
  • Goldman L, Ausiello D. Cecil Tratado de Medicina
    Interna. 23aEdicao. Rio de Janeiro ELSEVIER,
    2009.
  • Iza de Castro Oliveira Vera Maria Santoro
    Belangero. Crescimento e composição corporal em
    crianças e adolescentes com síndrome nefrótica
    córtico-dependente. J. Bras. Nefrol. vol.31 no.4 S
    ão Paulo Oct./Dec. 2009
  • Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna,
    v.2. 17a. Edicao. Rio de Janeiro McGrawHill,
    2011
  • KLIEGMAN, Robert et al. Nelson Tratado de
    Pediatria. 18ed. Editora Elsevier.2009.
  • Kumar,V Abbas, A. K Fausto, N. Robbins
    CotranPatologia - Bases Patológicas
    das Doenças. 7ª Ed. Rio de Janeiro Elsevier,
    2004
  • Sociedade Brasileira De Pediatria. Fábio Ancona
    Lopez E Dioclécio C. Junior. Tratado De
    Pediatria. 2ª Edição. Manole, 2009.
  • Souto, M. F. O Teixeira, M. M Simôes e Silva,
    A. C. Fisiopatologia da síndrome nefrótica em
    crianças e adolescentes. Arch. Latinoam. Nefrol.
    Pedi tr 7(3) 112-121, 2007.
  • TOPOROVSKI J BRESOLIN N.L. Glomerulonefrite
    difusa aguda pos-estreptococica (GNPE). Revista
    Correios da SBP, Departamento de Nefrologia.
    20025-8.
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com