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HISTORIA ORAL E MEM

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HISTORIA ORAL E MEM RIA JOS MIGUEL ARIAS NETO DH/CDPH - UEL AULA II ENTREVISTA, TRANSCRI O E ARQUIVO Tudo come a com o Projeto de Pesquisa Pesquisa: quest o ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: HISTORIA ORAL E MEM


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HISTORIA ORAL E MEMÓRIA
  • JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO
  • DH/CDPH - UEL

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AULA II ENTREVISTA, TRANSCRIÇÃO E ARQUIVO
  • Tudo começa com o
  • Projeto de Pesquisa
  • Pesquisa questão que nos propomos a responder.
    Individual. Coletivo. Reflexão crítica e ação
    organizada. Esforço mental e material.
  • Projeto ordem das intenções.Objetivo a alcançar.

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  • Tempo verbal condicional
  • Formular o problema
  • Como investigar? Como responder às questões
    levantadas
  • - Fundamentos Teóricos- Metodológicos
  • - Técnicas de pesquisa

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  • Exemplos
  • A memória da escravidão foi preservada nas várias
    gerações de famílias negras? Como o foi?
  • Os vários grupos sociais partilham das
    representações e ideologias das elites na
    narrativa da historia da cidade?
  • Qual o impacto da política de industrialização
    desenvolvido pelo estado nas cidades de formação
    recente?
  • A velhice na sociedade capitalista é vivenciada
    do mesmo modo pelos vários grupos sociais?

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  • Como responder a estas questões?
  • Documentação escrita e visual cartas, jornais,
    relatórios, legislação, revistas etc.
  • Fontes orais provocar/ produzir

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  • Como produzir uma fonte oral?
  • Que tipo de entrevista?
  • Como selecionar os entrevistados?
  • O que fazer com estas após sua realização?
  • Como constituir um arquivo?

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  • Produção de fontes orais
  • Aspectos teórico-metodológicos e técnicos
  • Tipo de entrevista adequado aos objetivos da
    pesquisa
  • História de Vida?
  • Depoimentos pessoais?

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  • Construção da entrevista
  • Demanda pesquisa inicial para saber o que se
    deseja investigar.
  • História de vida normalmente esperamos que o
    depoente narre a sua historia de vida num
    processo não diretivo.
  • Se eu desejo conhecer, a Visão de Mundo de
    determinada categoria social ( operários da
    construção civil ferroviários ou políticos da
    ARENA), então posso recorrer à História de Vida.
    Preciso ter em mente
  • - Como se define uma categoria, grupo social
  • - O que caracteriza esta categoria
  • - Uma noção do tipo de linguagem que posso
    encontrar
  • - Informações bastante precisas/ Dossiê sobre
    meu depoente
  • - Meu objetivo visão de mundo vai implicar
    posteriormente na construção de uma
    Interpretação, o que por sua vez demanda análise

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  • Depoimentos pessoais Entrevistas
    semi-estruturadas de acordo com o que eu desejo
    saber, mas de modo a não tolher o fluxo da
    memória do depoente.
  • Isto implica em uma pesquisa anterior que me
    permita formular as questões.
  • Estas questões devem ser construídas de maneira
    neutra. Neutro aqui significa tentar ao máximo
    eliminar juízos pré-concebidos de modo a
    direcionar a resposta do depoente

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  • Ex
  • Sei que o prefeito era uma pessoa muito
    generosa e judiciosa. Você achava isto dele?
  • Ouvi dizer que o prefeito era um homem de
    difícil trato para quem trabalhava com ele.

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  • Londrina era o Eldorado por causa do café. O sr.
    concorda com isto?
  • Eu li em alguns lugares que Londrina era o
    Eldorado, a Nova Canaã, a Terra da Promissão. O
    sr já ouviu falar disto? O que o sr pensa que
    isto quer dizer?

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  • Problema a historiografia recente sobre o norte
    do Paraná afirma que a Companhia de Terras era um
    mito. Segundo a própria narrativa da companhia
    ela teria feito uma reforma agrária no norte do
    Paraná. ( Isto numa obra de 1975).
  • Eu queria saber se as pessoas haviam incorporado
    esta narrativa, isto é, se as pessoas tomavam
    esta narrativa como realidade histórica.

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  • Comecei a pesquisar a historia da cidade e
    percebi que havia, ao longo do tempo uma série de
    adjetivos
  • - Terra da Promissão
  • - Nova Canaã
  • - Eldorado
  • - Pioneirismo/ pioneiro

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  • Estas fontes conferiam significados a estas
    expressões.
  • Portanto, para saber, se estas representações
    haviam sido incorporadas à uma memória coletiva
    local eu precisava saber

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  • A) Se as pessoas haviam ouvido estas expressões
  • B) Qual o significado que atribuíam a elas? Se
    este significado atribuído era idêntico àqueles
    veiculados pelos veículos de propaganda,
    imprensa, discursos do poder.

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Recorte Temporal anos 50 Londrina Capital
Mundial do Café

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  • Conjunto de questões
  • Por que veio para Londrina
  • Já tinha ouvido falar de Londrina? Do Norte do
    Paraná quando veio?
  • Eu li em alguns lugares que Londrina era o
    Eldorado, a Nova Canaã, a Terra da Promissão. O
    sr já ouviu falar disto? O que o sr pensa que
    isto quer dizer?
  • Jogo e Prostituição
  • Atuação comunista/ Partido Comunista
  • Quem são os pioneiros? O que é ser pioneiro na
    sua opinião?
  • O sr já ouviu dizer que a Cia de Terras fez uma
    Reforma Agrária em Londrina e no Norte do Paraná?

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  • Constituída a entrevista, ou seja, definido o que
    eu queria saber, precisava definir a quem
    perguntar.

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  • CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS ENTREVISTADOS
  • - Pessoas que chegaram a Londrina entre o
    final dos anos vinte e final dos anos 50 /
    Recorte da minha pesquisa produção das
    representações sobre a cidade.
  • - Penetração do discurso nos múltiplos universos
    sociais/ níveis diferenciados do espectro social

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  • AMOSTRAGEM
  • - Elite Dirigente (prefeitos, políticos, etc)
  • - Fazendeiros e comerciantes de café
  • - Comerciantes
  • - Professores
  • - Donas de Casa
  • - Artífices operários
  • - Carroceiros

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  • REDE
  • Um grupo social se referencia mutuamente,
    portanto, um colega/amigo/familiar/ depoente, se
    entusiasmado com o projeto, indica outras pessoas
    para realização de novas entrevistas.
  • Total de 17 entrevistas, mais de 20 horas de
    gravação e mais de quinhentas páginas
    datilografadas de transcrição, com fichas de
    identificação do depoente, informações
    complementares e caderno de campo. - CDPH

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  • Quando parar de fazer entrevistas?
  • Usei o critério de saturação elaborado pelo
    sociólogo Daniel Bertaux.

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  • A saturação é o fenômeno pelo quela passado um
    certo número de entrevistas, o pesquisador ou a
    equipe tem a impressão de nada mais aprender de
    novo no que se refere ao objeto. O pesquisador só
    pode estar certo que atingiu o ponto de saturação
    quando ele conscientemente buscou diversificar ao
    máximo seus informantes.

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  • Aspectos metodológicos e técnicos
  • Informações sobre o depoente onde for possível
    encontrar ( ler tudo, conversar com as pessoas)

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(No Transcript)
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(No Transcript)
27
(No Transcript)
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  • Realização da Entrevista
  • Contato inicial
  • Gravação
  • - Local, dia,hora depoente
  • - Relação de confiança,confortabilidade
    intimidade fluxo das memórias

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  • Explicitar claramente o projeto/ sua intenção/
    destinação do depoimento - depoente controle
    da pesquisa pelo público acadêmico
  • Entrevista 1 a 1,5 horas no máximo
  • Evitar cansaço e distração
  • Questões neutras/ não indutivas
  • Sensibilidade para o ritmo do depoente

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  • Tensão flutuante ( Michel Thiollent) relação
    tensa entre o que o depoente e o entrevistador (
    intenções)
  • - Pessoas humildes expectativas
  • - Pessoas públicas expectativas

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  • Aspectos técnicos
  • - verificar gravador, baterias, conectores de
    tomadas ( estes somente em emergência levar
    reservas fitas, baterias, etc)
  • - máquina fotográfica ( baterias, filme,
    etc.)

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  • Gravador pode intimidar
  • local discreto
  • depoente confortável ( Cadeira favorita)
  • um único depoente ( preferencial)
  • Auxilio de materiais para familiarizar
    depoente artigos de jornais,panfletos, fotos,
    etc.
  • Identificar entrevista
  • Anotações no caderno de campo

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  • Entrevista Luiz Juliani
  • Data 21 de novembro de 1992

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  • Transcrição fidedigna
  • Arquivo todo o material produzido constitui um
    arquivo que deve ser disponibilizado
    publicamente, garantindo-se a possíveis
    confidencialidades estipuladas pelo depoente.

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  • BIBLIOGRAFIA
  • BERTAUX, D. Lapproche biographique sa validité
    méthodologique, ses potentialités. Cahiers
    Internationaux de Sociologie. LXIX. Paris PUF,
    1980.
  • QUEIROZ, Maria Isaura P. de. Variações sobre a
    técnica de gravador no registro da informação
    viva. São Paulo T.A.Queiroz, 1991.
  • TOURTIER-BONAZZI, Chantal de. Arquivos propostas
    metodológicas. In FERREIRA, Marieta de M.
    AMADO, Janaina. Usos e abusos da História Oral. 2
    ed. Rio de Janeiro Editora da FGV, 1998.
  • THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica,
    investigação social e enquete operária. São
    Paulo Pólis, 1981
  • THOMPSON, Paul. A voz do Passado. Rio de Janeiro
    Paz e Terra, 1992.
  • FONTES
  • ARIAS NETO, José Miguel. Coleção O Eldorado.
    Centro de Documentação e Pesquisa Histórica.
    Universidade Estadual de Londrina.
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