A bertura do Setor de Astronomia - CDCC - PowerPoint PPT Presentation

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A bertura do Setor de Astronomia - CDCC

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A bertura do Setor de Astronomia - CDCC – PowerPoint PPT presentation

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Title: A bertura do Setor de Astronomia - CDCC


1
A bertura do Setor de Astronomia - CDCC
2
Setor de Astronomia - CDCC
Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de
Divulgação da Astronomia - CDA) Centro de
Divulgação Científica e Cultural -
CDCC Universidade de São Paulo -
USP http//www.cdcc.sc.usp.br/cda Endereço Av.
Trabalhador São-Carlense, n.400 Tel
0-xx-16-273-9191 (Observatório) Tel
0-xx-16-273-9772 (CDCC) e-mail
cda_at_cdcc.sc.usp.br LocalizaçãoLatitude 22 00'
39,5"S Longitude 47 53' 47,5"W
3
Sessão Astronomia
4
O Que é a Sessão Astronomia?
As Sessões Astronomia são palestras proferidas
por monitores do Setor de Astronomia todos os
sábados às 21h00. Iniciadas em 1992, foram
criadas com o objetivo de falar sobre Astronomia
ao nosso público em uma linguagem simples e
acessível a todas as faixas etárias. Estas
palestras se tornaram uma opção de diversão e
informação para a comunidade local e também para
visitantes de nossa cidade. Os temas abordados
são os mais variados possíveis. O material
multimidia contido aqui consiste numa opção
áudiovisual complementar que o proferssor do
Sistema de Ensino pode utilizar como auxílio a
suas aulas. O conteúdo das Sessões Astronomia
podem ser Acessos no seguinte endereço http//edu
car.sc.usp.br/ciencias/astro/cda/sessao-astronomia
/
5
(No Transcript)
6
(No Transcript)
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O Mundo e os átomos
8
Os átomos se unem
moléculas
9
Átomos e luz
luz luz luz luz luz
elétrons
0.00000001 cm
10
Luz e nós
11
(No Transcript)
12
Nosso quintal
13
Nós e o universo
Era pré-telescópio
1609
14
Antes de Galileu

A. Ayiomamitis jan - dec /2002
15
Depois de Galileu
Observatório Yerkes, Wisconsin, 1897
HUBBLE - 1990
Refrator de 1 m diam.
16
Estações
Nossa vizinhança

ISS
17
Lua
Nossa vizinhança

- 3500 Km de diâmetro - 380.000 Km da
Terra - 3.3 Kg/m3 - rotação síncrona -
última missão 1972
18
Lua
19
Lua, nós já fomos lá!
Nossa vizinhança

E. Cernan, dec-72. Apolo 17, a última.
NASA (Image scanned by Kipp Teague)
20
Terra - Lua, vistos da Galileu, a 6 milhões de
Km, em 1992.

Nossa vizinhança
21
Marte
- dist. 1.5 UA - 0.5 diam. Terra - mass 0.6 -
grav. 0.38 da Terra - temp -140 -gt 20 - atm
CO2, 0.01 atm -
J. Bell (Cornell U.), M. Wolff (SSI) et al.,
STScI, NASA
22
Martememorial Sagan
Sojourner
23
Marte
Água subterrânea aflora e evapora, deixando
marcas (?)
Malin Space Science system MGS, JPL, NASA
24
Vistos de Marte, em 8/maio/2003
25
- Primeira foto da Família do Sol. - Voyager
1, 1999 - 12 bilhões de Km
Voyager 1 Team, NASA
26
Sistema Solar
27
Soccer.mpg
28
Erupção Solar
29
E depois do Sol ?
30
A primeira estrela depois do Sol
A luz
31
Estrelas
PleiadesEstrelas Jovens
32
Nebulosa de Orion - berçário -
C. R. O'Dell and S. K. Wong (Rice U.), WFPC2,
HST, NASA,
33
M17, Nebulosa Omega - Sagitário
- 5500 a.l.
34
Supernova 1987AGrande Nuvem de Magalhães -
170.000 al
Antes
Depois
Antes estrela azul, quente, 15 vezes mais
massiva que o Sol e 50 vezes
maior. Depois estrela de neutrons.
35
Supernova( NGC 7331 )
Depois
Antes
36
Nebulosa do Caranguejo
- Vista em 1054 - 10 a.l. de extensão - pequeno
pulsar no centro - 1 massa solar -
período 1/30 seg.
37
Mas, o que há no interior deuma estrela?
A luz responde
38
Composição química de uma estrela
luz
Prisma
luz
Hidrogênio!
39
Hidrogênio Hélio Oxigênio Carbono Nitrogênio Neôni
o
Raias de Elementos
40
Hidrogênio
41
Onde estão as estrelas ?
Galáxias
Ilhas com trilhões de estrelas
42
Nossa galáxia e as outras
AAndrômeda
Via Láctea
43
ESO 269-57 - Centauro
150.000.000 a.l. de nós 200.000 a.l. extensão
44
Interação entre NGC 5194 e NGC 5195
45
Galáxia roda de carroça
- Colisão de duas galáxias - anel onda de
choque criando estrelas
- 500 mi a.l. de nós - anel de 100.000 a.l.
Kirk Borne (STScI), NASA
46
Muitas galáxias !
- Aglomerado de Virgem - 60 milhões de a.l. de
nós - 2500 galáxias - 12 milhões de a.l. de
diâmetro
47
Muito mais do que se imagina!
48
Lentes
HST, 1994.
49
Universo em larga escala
Cox, Patterson Wesselck, Sanders Carpenter
- Simulação de como o Universo foi um dia -
Grandes estruturas vindas de pequenas flutuações
50
WMAP
51
Radiação de Fundo micro ondas -gt mm corpo
negro -gt -270 C
52
Universo em evolução
53
Cosmo-abertura-r.mpg
54
Conclusões
- Universo em expansão big bang inflação -
5 matéria usual - 25 matéria escura (e
estranha) - 70 energia escura (anti-gravidade)
55
No passado vivíamos nas trevas, na
escuridão, por falta de conhecimento científico
56
Astronomia dos átomos às galáxias
?
57
OBSERVATÓRIO
58
www.cdcc.sc.usp.br/cda
Visitas sextas, sábados e domingos das 20 às 22
horas
59
Hipertexto
60
Física, pela sua abrangência no estudo da
natureza, se destaca entre todas as Ciências. O
impacto de suas idéias mais fundamentais não
tardam a fazer parte de nosso dia-a-dia,
usualmente na forma de desenvolvimento
tecnológico, mas também na forma de conhecimento
básico a respeito do Universo que moramos. Nesse
ponto, a união da Física com a Astronomia tem
dado uma dimensão extraordinária a nossa visão do
Cosmo. Física dos átomos às galáxias, é uma
viagem que começa no mundo subatômico, evolui
pelas escalas de tamanho dos objetos ao nosso
redor e caminha em direção às estrelas. Temos
aprendido com o tempo que a luz (radiação
eletromagnética) é o elo entre o microcosmo dos
átomos e o macrocosmo das galáxias. No entanto,
revelações recentes questionam se a luz seria a
única ponte entre nós e o Universo.
61
Imaginemos um bloco de madeira dividido em
partes cada vez menores. A menor parte que ainda
guarda alguma semelhança com o bloco original se
chama átomo (palavra grega para indivisível).
Todas as substâncias que nos cercam são feitas de
átomos, sejam animais, vegetais ou inanimadas.
Até mesmo nós seres humanos não só somos feitos
de átomos, mas os utilizamos para viver e para
interagir com o meio ao nosso redor. Entre as
primeiras concepções sobre como deveria ser o
átomo, está a desenhada no slide. Elétrons
girariam em torno de um núcleo muito pequeno,
constituído de prótons e neutrons. A concepção
atual é bem mais sofisticada no lugar das
órbitas circulares temos regiões com determinadas
probabilidades de o elétron ser encontrado são
os orbitais atômicos, tão importantes em química.
No entanto, para temos uma imagem em mente, o
desenho que se parece com um sistema planetário é
adequado e serve como símbolo do átomo.

62
Um átomo é muito pequeno. Precisamos de cerca de
100 milhões deles enfileirados para perfazer
apenas um centímetro. Sua propriedade mais
marcante é a de se unirem formando as moléculas,
que em número muito grande formam as substâncias.
Por exemplo, a molécula de água (a mais
importantes para a vida) é formada por um átomo
de oxigênio e dois de hidrogênio (o átomo mais
importante do Universo). Com centenas de
diferentes átomos na natureza, estruturas
complexas podem se formar, ou serem formadas com
o uso de técnicas de manipulação atômica bastante
recentes. Consegue-se hoje em dia depositar
átomos de forma controlada em superfícies,
formando estruturas com dimensão da ordem de
dezenas de angstron. Um angstron corresponde a
0.00000001 cm!

63
Podemos ver os átomos em detalhe? Não, eles são
muito pequenos, milhares de vezes menores que o
comprimento de onda da luz visível. No entanto,
podemos ver a luz que emana deles quando seus
elétrons saltam de uma órbita para outra. Também
podemos forçar seus elétrons a saltarem de uma
órbita para outra incidindo luz no átomo. Ou
seja, átomos interagem muito com a luz, não
somente a visível, mas também a infravermelha,
ultravioleta, (também chamadas de luz), etc.
Sendo assim, a luz serve como uma ponte entre
nós, que vivemos num mundo macroscópico, e os
átomos, que são microscópicos. Dependemos dela
para conhecer nosso ambiente, e até a utilizamos
como código (num semáfaro, por exemplo) em nossa
sociedade. Praticamente todo reino animal e
vegetal depende da interação com a luz para a sua
existência. Nosso bem estar pode ser
melhorado conforme aprendemos a dominar o uso da
luz (como onda de rádio), como por exemplo numa
máquina de ressonância magnética capaz de fazer
imagens de órgãos internos.

64

O mundo ao nosso redor, de objetos com tamanhos
de metros ou kilômetros, está intimamente
relacionado ao mundo microscópico dos átomos. Em
todo nosso planeta, com diâmetro de cerca de
12.000 Km, a luz está presente e atuante em todos
os processos vitais. E mais além, como é que
temos noção do próprio Universo, morando aqui num
pequenino planeta? É através da luz que chega das
regiões mais distantes. Um fato histórico
notável aconteceu em 1609, quando Galileu Galilei
utilizou um telescópio para observação
astronômica sistemática. Ele começou a era pós
telescópio na ciência. Antes dele,
fazia-se observações direta do céu, como por
exemplo a trajetória anual do Sol por entre as
estrelas que perfaz uma figura parecida com o
número 8. Depois de Galileu, grandes
telescópios foram construídos, como por exemplo o
do Observatório de Yerkes com um metro de
diâmetro (observe o tamanho de uma pessoa ao lado
desse instrumento).

65
Hoje telescópios espaciais orbitam a Terra, como
o famoso Hubble lançado em 1990. Inúmeros
satélites de comunicação e sensoriamente foram
colocados ao redor da Terra, alguns a cerca de
36.000 Km de altura para serem geo-estacionários
(que rodam junto com a Terra). Estações
espaciais, como a MIR soviética, já desativada,
ou a ISS, Americana, ainda em desenvolvimento,
completam um cenário rico de instrumentos
importantes colocados na vizinhança da Terra que
permitem que exploremos o Cosmos aqui de
casa. Um pouco mais além da nossa vizinhança
está a Lua, em média 380.000 km de nós, e com
cerca de 3500 Km de diâmetro. Ela não possui
atmosfera e por isso qualquer meteoro que a
alcance deixa marcas em sua superfície na forma
de crateras (muitas crateras Lunares são de
origem vulcânica e não de impacto). É o corpo
celeste mais bem conhecido pelos humanos, uma vez
que até já estivemos lá.

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Para ir além daqui de casa, enviamos sondas
espaciais, como a Galileu, que em 1992 a cerca de
6 milhões de Km da Terra fotografou pela primeira
vez a Terra e a Lua juntos na mesma foto. É um
fato notável, tecnologicamente falando. Sondas
podem ir muito mais longe que naves tripuladas e
por isso hoje conhecemos tanto sobre o planeta
Marte. Sua distância até nós pode variar de cerca
de 70 a 400 milhões de Km, devio ao movimento
dele e da Terra ao redor do Sol. Seu tamanho e
massa são praticamente 50 dos da Terra e sua
atmosfera, muito rarefeita, é constituída
basicamente de gás carbônico. As missões
Sojourner, Spirit e Opportunity fizeram
grandes revelações, basicamente sobre a
possibilidade de existência de água no planeta.
Em 2003 a Terra e Júpiter foram fotografatos de
Marte, por uma das sondas, outro fato notável
para a tecnologia espacial.

67
Além do planeta Marte, ainda temos, não muito
longe da Terra, por exemplo Júpiter, a 700
milhões de Km, Saturno, a 1.4 bilhões de Km, e lá
no fim do sistema solar, Plutão, 40 vezes mais
distântes do Sol que nós ou cerca de 6 bilhões de
Km daqui. Esses corpos, juntamente com cometas e
asteróides, constituem a família do Sol corpos
que giram ao redor do Sol presos pela sua
gravidade. A nave Voyager 1, em 1999, fotografou
pela primeira vez o Sistema Solar, quando já
estava a cerca de 12 bilhões de Km da Terra. Este
sim representa um grande fato tecnologicamente
falando, e também uma oportunidade única de
vermos o Sistema Solar por cima e apreciar seu
heliocentrismo. Nesse slide você pode comparar
os planetas em diâmetro e ter uma idéia do
tamanho do Sistema Solar, se comparar o tempo que
a luz demora para vir do Sol até nós, oito
minutos, com o tempo que ela demora para ir do
Sol até Plutão, 6 horas! O Sistema Solar é
enorme quando comparado com a nossa vizinhança,
mas é um grande vazio, como ilustra o slide.

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Quão grande é o nosso Sol? Em diâmetro é cerca
de 110 vezes o da Terra (ou 1.391.400 Km), o que
corresponde a mais de 1.2 milhão de vezes o
volume da Terra. No slide podemos ver que uma
erupção solar chega a ser bem maior que o nosso
planeta. Será mesmo que o Sistema Solar é tão
grande? Bem, para responder precisamos compará-lo
com outras estruturas do Universo. O que há além
do Sistema Solar? Uma simples observação do céu
revela as inúmeras estrelas, sóis como nosso Sol.
Mas, onde estaria a estrela mais próxima da
Terra, depois do Sol? Muito longe! Para se ter
uma idéia, em uma maquete em que a Terra estaria
a um metro do Sol, a próxima estrela estaria a
260 Km de distância! Essa estrela, um pouco mais
brilhante que o Sol, chama-se Alfa Centauro e é
facilmente visível aqui ho hemisfério Sul. Sua
luz demora pouco mais de 4 anos para nos alcançar
e lembrando que a luz do Sol demora apenas 8
minutos para chegar até nós e apenas 6 horas para
chegar a Plutão, concluimos que o Sistema Solar é
muito pequeno perante o Cosmo.

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Mas, o que são estrelas? Posso responder a essa
pergunta mesmo sem poder ir até uma delas? Sim,
analisando a luz que vem delas. Hoje sabemos que
as estrelas são constituídas de gás ionizado e é
de grandes nuvens de gás que elas nascem.
Exatamente, estrelas nascem! Nascem, vivem e
morrem. Um exemplo de berçário de estrelas é a
nebulosa de Órion o nosso Sol é um exemplo de
estrela já na meia idade. As Pleiades são
exemplos de estrelas jovens, 100 milhões de anos.
A nebulosa planetária do anel é uma entre muitos
exemplos de estrelas que morreram. Quando morrem
as estrelas em geral espulsão as camadas
exteriores de gás e daí a envoltória esférica (e
não circular como aparenta) da nebulosa do
anel. As nuvens que dão origem às estrelas são
imensas. Órion, por exemplo, tem cerca de 15 a
25 anos-luz (o Sistema Solar tem 6 horas-luz) e
dista 1500 anos-luz de nós (o Sol dista 8
minutos-luz de nós). É da compressão dessas
nuvens que em determinados pontos surgem as
estrelas, como pode ser apreciado no slide.

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Outro exemplo de berçário estelar é a nebulosas
M17 na constelação de Sagitário, a cerca de 5000
anos-luz de nós, e com extensão ao redor de 100
anos-luz. Estrelas normalmente vivem centenas de
milhões de anos ou até alguns bilhões de anos,
mas acabam consumindo seu próprio gás ao
brilharem tanto. Uma estrela de grande massa
(mais massiva que o nosso Sol) durante os últimos
estágios de vida brilha por milhares de sóis em
intervalos curtos de meses. Muitas vezes uma
estrela não visível passa a ser visível durante
essa explosão mortal, daí o nome de supernova
para o evento. Foi o caso da supernova de
Shelton, uma estrela da Nuvem de Magalhães, não
visível da Terra, mas que em 1987 recebemos a luz
de sua explosão, que havia acontecido cerca de
170.000 anos antes (a distância entre a Terra e a
Nebulosa é de 170.000 anos-luz). Outro
exemplo de supernova é NGC-7331, cujo brilho se
comparou a da própria galáxia. Os chineses
reportaram, em 1054, que a supernova do
Caranguejo brilhava tanto que era visível durante
o dia.

71
Mas, o que há no interior das estrelas? A luz
responde tudo o que sabemos de qualquer estrela
foi descoberto pela análise da luz que vem dela,
ou do seu espectro, que é o conjunto de todas as
radiações eletromagnéticas que a estrela emite
(por exemplo, ondas de rádio, infravermelho, luz
visível, ultravioleta, etc). A luz visível vinda
de um corpo aquecido ao atravessar um prisma se
decompor em cores, e de forma diferente para cada
elemento químico é uma impressão digital
desse elemento. Assim, sabemos que no
interior das estrelas reina o gás hidrogênio
(cerca de 75), o segundo mais abundante é o gás
hélio (20), e cada elemento tem um conjunto de
cores (ou linha espectral) particular. Como
essas cores (ou linhas) são geradas? Pela
transição dos elétrons entre as camadas atômicas.
Veja como o microcosmo está intimamente ligado ao
macrocosmo que conhecemos! Para esses gases
brilharem eles precisam estar aquecidos. O que os
aquece são reações termonucleares, essencialmente
choques de núcleos de átomos de hidrogênio (ou
prótons).

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Observando o céu percebemos facilmente que as
estrelas não estão igualmente espalhadas por todo
o firmamento. Há uma faixa cobrindo todo o céu
onde há uma concentração maior de estrelas é a
Via Lactea. O nosso Sol é apenas uma estrela
entre cerca de 1 trilhão delas, que formam um
grande aglomerado estelar, denominado de galáxia.
Entre as galáxias há um grande vazio, mas cada
uma em geral tem centenas de milhões ou até
trilhões de estrelas. Galáxias são como ilhas de
estrelas espalhadas pelo Universo. Qual o
tamanho da nossa Galáxia? Quão longe está a
próxima galáxia? A luz demora cerca de 100 mil
anos para ir de um extremo ao outro de nossa
Galáxia, ou seja, sua extensão é de 100.000
anos-luz. A galáxia de Andrômeda, a espiral mais
próxima, dista de nós mais de 2 milhões de
anos-luz nós a vemos como ela era há mais de 2
milhões de anos! Centauro é outro
exemplo de uma bela galáxia. Existem até exemplos
de colisão entre galáxias.

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Sendo tão grandes pensaríamos que não hovessem
muitas galáxias. Ao contrário, existem milhões
delas. Elas também não se espalham ao acaso, mas
tal qual as estrelas, também se juntam em
aglomerados com centenas ou milhares de galáxias.
Por exempo, o algomerado de Virgem com cerca de
2500 galáxias é o mais próximo de nós e dista
cerca de 60 milhões de anos-luz daqui tem a
extensão gigantesca de 12 milhões de
anos-luz! Em 1996 o telescópio espacial Hubble
analisando a débil luz que vinha de uma região
muito distante revelou que o Universo era ainda
mais populoso em galáxias do que se pensava. Note
que no slide cada pequeno objeto é uma
galáxia! Aglomerados de galáxias muito densos
provocam um efeito extraordinário, a lente
gravitacional a enorme massa desses aglomerados
encurva a luz vinda de objetos ainda mais
distantes e que estão atrás do aglomerado,
produzindo um efeito análogo ao de uma lente de
vidro. Observe as quatro imagens produzidas pela
lente gravitacional são imagens do mesmo
objeto.
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A existência de aglomerados de galáxias, com
dezenas ou centenas delas, e de superaglomerados
(aglomerados feitos de outros aglomerados)
contendo milhares de galáxias tem suscitado a
pergunta como se formaram esses aglomerados?
Será que uma gigantesca massa inicial foi se
partindo dando origem aos aglomerados, ou
pequenas regiões foram se aglutinando e com o
tempo ficaram tão grandes como os aglomerados?
Não há uma resposta definitiva a essa pergunta e
pode ser até que no início dos tempos não havia
distinção entre esses dois cenários. Simulações
em computadores mostram que pequenas perturbações
numa massa gigantesca podem levar, com o passar
de longo tempo, à estruturas gigantescas. Para
dar uma luz a essa questão, precisamos estudar o
Universo como ele era em seu início e perguntar
se ele era homogêneo (igual em todas as partes),
isotrópico (igual em todas as direções) ou havia
perturbações e de que forma elas eram. Nessa hora
Ciência e Tecnologia se unem e um satélite fez
recentemente revelações muito importantes o
WMAP.
75
A história começou em 1965 com dois
engenheiros, Arno Penzias e Robert Wilson, ao
detectarem uma radiação de micro-ondas que vinha
de todas as direções do céu era bem homogênea e
como se um corpo aquecido a cerca de 3 graus
kelvin estivesse emitindo-a. Rapidamente
inferiu-se que era uma radiação remanescente do
nascimento do Universo, ou seja, de uma grande
explosão acontecida há muito tempo, conhecida
como Big Bang. Essa explosão não aconteceu num
ponto específico do Universo, mas sim nele todo
que naquela época era muito pequeno, praticamente
um ponto. Assim , a explosão se deu no Universo
inteiro, daí a radiação remanescente hoje chegar
de todas as direções. Os instrumentos de
Penzias e Wilson não eram capazes de discernir
pequenas flutuações na temperatura dessa
radiação, daí a ilustração correspondente no
slide ser de uma única cor .
Parecia, então, que o Universo era homogênio e
isotrópico em seu nascimento. Mas como, então,
poderia ele ter evoluido para um estado tão
inomogênio como é hoje?

76
Já o satélite COBE, de Cosmic Background
Explorer, em 1972 com instrumentos mais refinados
conseguiu medir que a radiação não era
isotrópica, mas tinha pequenas variações com a
posição no céu. Foi uma descoberta muito
importante, pois, variações de temperatura
significavam variações na concentração de
matéria essas pequenas variações, então, deram
origem às grandes variações que observamos hoje.
Em 2003 o satélite WMAP, de Wilkinson Microwave
Anisotropy Probe, consegue mapear o céu com ainda
maior resolução e medir variações de temperatura
da ordem de 0.000001 Kelvin entre dois pontos da
esfera celeste. Sua equipe faz uma comparação
entre seus dados e aqueles do COBE é como se
fôssemos comparar as fotos no slide, enquanto na
do COBE não temos noção da imagem, na do WMAP
identificamos que é um bebê, tamanha é a
resolução desse último satélite. E mais
ainda, os dados são tão bons que se pode
determinar com precisão quando a radiação medida
foi emitida e daí saber a idade do Universo 14.7
bilhões de anos!

77
Então o cenário que se tem hoje do Universo é o
seguinte ele surgiu de uma grande explosão, o
Big Bang, a cerca de 14.7 bilhões de anos. Após
uma rapidíssima e enorme expansão de suas
fronteiras (era da inflação) o Universo era opaco
à radiação, ou seja, nenhuma onda eletromagnética
(luz, etc) era capaz de viajar sem logo ser
absorvida pela matéria (essencialmente prótons e
elétrons). Ao alcançar cerca de 379.000 anos de
idade ele havia se esfriado suficiente para
elétrons e prótons se juntarem, formarem os
átomos e permitir que a radiação eletromagnética
não fosse toda ela absorvida por essa matéria. É
justamente essa radiação que hoje nos alcança na
forma de micro-onda. As pequenas flutuações de
temperatura, ou flutuações de matéria, teriam
evoluído até as presentes estruturas, como os
aglomerados de galáxias e/ou superaglomerados.

78
Uma conseqüência estonteante desse cenário é
que o Universo deva conter apenas 5 de matéria
tal qual a conhecemos, ou seja, feita de átomos
ou moléculas. Cerca de 25 seria feita de matéria
estranha, não luminosa. E mais, uns 70 seria de
algo não bem definido, denominado de energia
negativa, que ao contrário da matéria usual,
estaria expandindo o Universo a uma taxa
crescente no tempo, uma espécie de
anti-gravidade. Esse cenário, então, nos deixa
sem uma luz em nossa trajetória de entender o
Cosmo. Parece que estamos perdendo o elo entre o
microcosmo dos átomos e o macrocosmo dos
aglomerados de galáxias. No passado já perdemos a
posição de centro do Sistema Solar, ou de centro
da nossa Galáxia nem nossa Galáxia é o centro de
qualquer aglomerado. Hoje estamos descobrindo que
a matéria que somos feito sequer é maioria no
Universo. Se no passado já estivemos na idade das
trevas ou da escuridão por falta de conhecimentos
científicos, hoje caminhamos para um futuro sem
luz por conhecer tanto sobre o Universo.

79
Astronomia dos átomos às galáxias, procura
mostrar as diferentes escalas de tamanho que nos
cercam, desde o átomo até às galáxias. Coloca em
dúvida se a luz (ou qualquer radiação
eletromagnética) é a única ponte entre nós, o
microcosmo e o macrocosmo. Essa luz que tanto nos
tem orientado no caminho de conhecer nossa
vizinhança, e também o espaço mais distante, dará
lugar a algo ainda por se definir e que permitirá
que novas fronteiras do conhecimento sejam
alcançadas? A curiosidade, a criatividade e o
nosso empenho em desvendar o Cosmo é que irá
responder, juntamente com fundamentos sólidos de
nossas Ciências, em particular a Física.
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