Risco de Cr - PowerPoint PPT Presentation

1 / 67
About This Presentation
Title:

Risco de Cr

Description:

Title: PowerPoint Presentation Author: Jos Valentim Machado Vicente Last modified by: Valentim Created Date: 6/28/2002 5:16:09 PM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:42
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 68
Provided by: Jos517
Category:
Tags: merton | risco | thomas

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: Risco de Cr


1
Risco de Crédito
  • Prof. José Valentim Machado Vicente, D.Sc.
  • jose.valentim_at_gmail.com

2
Conteúdo da Aula
  • Introdução
  • Ratings
  • Credit Scoring
  • Poder discriminatório

3
Introdução
  • O risco de crédito representa a perda em razão de
    mudança na qualidade creditícia da contraparte.
  • Está relacionado com a possibilidade de não
    recebimento devido a inadimplemento da
    contraparte.
  • Exemplo
  • Crédito concedido a um cliente por um banco e não
    honrado segundo os termos previamente pactuados.
  • O risco de crédito pode estar associado a uma
    pessoa física, empresa ou país soberano.

4
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • A primeira fase de qualquer processo de gestão de
    risco de crédito consiste na análise da
    capacidade creditícia de um cliente para
    posterior decisão quanto a concessão ou não do
    crédito.
  • Os modelos de classificação de crédito têm o
    objetivo de discriminar solicitantes de crédito
    de acordo com seu risco (probabilidade) de
    inadimplência. Exemplos desses modelos são os
    Ratings, Credit Scoring e Behaviour Scoring.
  • A idéia consiste em através da análise uma série
    de variáveis (contábeis, mercadológicas,
    comportamentais, etc.) emitir uma opinião sobre a
    capacidade de pagamento de um cliente/contraparte.

5
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • A avaliação da capacidade creditícia de uma
    contraparte pode ser resumida através da análise
    dos chamados 5 Cs do crédito
  • O Caráter indica a intenção do devedor em cumprir
    obrigações assumidas. Aqui se incluem variáveis
    tais como restrição interna, restrição externa,
    pontualidade e referências, tradição como
    cliente.
  • As Condições são fatores externos e
    macroeconômicos que exercem forte influência na
    atividade empresarial. Aqui se incluem variáveis
    tais como situação do mercado e setor de
    atividade.

6
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • A Capacidade está relacionada com a competência
    empresarial das pessoas que integram a empresa.
    Aqui se incluem variáveis tais como problemas
    sucessórios, qualidade da administração e
    tradição na atividade.
  • O Capital refere-se a situação patrimonial e
    financeira do cliente. É avaliada através de
    indicadores contábeis e econômicos.
  • O Colateral refere-se as garantias que o tomador
    pode apresentar.

7
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • Um rating é uma classificação de risco produzida
    por uma agência especializada. É uma opinião de
    um especialista sobre a capacidade creditícia de
    uma empresa ou governo.
  • O rating também pode ser feito para uma emissão
    ou um bônus em particular. Assim podemos ter
    bônus diferentes de uma mesma contraparte com
    classificações diferentes.
  • As agências de rating são organizações que
    fornecem serviços de análise, operando sob os
    princípios de independência, objetividade,
    credibilidade e disclosure.

8
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • A observância desses princípios é fundamental já
    que o reconhecimento de uma agência de rating
    depende exclusivamente da disposição do mercado
    em acreditar e aceitar seu julgamento.
  • Exemplos de tais agências são Moodys, Standard
    Poor's e Fitch IBCA. No Brasil, além dessas
    empresas atuam também com destaque a Serasa, SR
    Rating, Atlantic Rating e a Austin Asis.

9
Avaliação da Capacidade Creditícia
  • Um rating pode ser montado usando técnicas
    estatísticas (modelos de regressão). No entanto,
    é mais comum que o rating seja confeccionado
    através de uma análise julgamental.
  • A análise julgamental é um método de escoragem de
    clientes onde o sistema de ponderação das
    variáveis características é baseado na
    experiência do departamento de crédito. O
    mecanismo é bem simples a cada característica de
    um cliente atribui-se uma certa quantidade de
    pontos. A soma dos pontos é o escore do cliente.
    Por exemplo, a variável Impressão dos
    Administradores pode ser Boa, Média ou Ruim. À
    classificação Boa podemos atribuir 20 pontos, à
    Média 10 pontos e à Ruim 0 ponto.

10
Variáveis a serem analisadas
  • Pessoas Jurídicas
  • Porte da empresa
  • Patrimônio Líquido
  • Faturamento
  • Receita Operacional
  • Ativo Total
  • Liquidez
  • Liquidez Corrente
  • Liquidez Seca
  • Liquidez Imediata
  • Liquidez Geral

11
Variáveis a serem analisadas
  • Prazos médios (ciclos operacionais)
  • Prazo Médio de Recebimento
  • Prazo Médio de Estocagem
  • Prazo Médio de Pagamentos
  • Geração de Receitas Financeiras
  • EBITDA/Vendas Líquidas
  • EBITDA/Ativo Total
  • EBITDA
  • Variação EBITDA
  • Vendas Líquidas/Lucro Bruto
  • Vendas Líquidas/Lucro Líquido

12
Variáveis a serem analisadas
  • Outros Índices
  • Proporção da dívida de curto prazo em relação a
    dívida total
  • Dívida Total/Patrimônio Líquido
  • Ativo Permanente/Ativo Total
  • Capacidade Instalada/Capacidade Ociosa
  • Prazo Médio de Atraso em Operações Passadas

13
Variáveis a serem analisadas
  • Variáveis Categóricas
  • Restrições Internas
  • Restrições Externas
  • Referências
  • Problemas Sucessórios
  • Situação do Mercado

14
Variáveis a serem analisadas
  • Impressão dos Administradores
  • Situação do Setor Econômico
  • Tradição na Atividade
  • Relacionamento Anterior com a empresa
  • Risco Ambiental
  • Risco Fiscal e Trabalhista
  • Rating do País onde estão concentradas a maior
    parte das operações da empresa.

15
Variáveis a serem analisadas
  • Pessoas Físicas
  • Restrição Cadastral
  • Idade
  • Estabilidade no Emprego
  • Cargo ou Função
  • Renda Líquida Mensal
  • Patrimônio
  • Leitura interessante A survey of credit and
    behavioural scoring forecasting financial risk
    of lending to consumers.

16
Rating SP
  • As categorias de classificação da Standard
    Poors (em ordem decrescente da qualidade
    creditícia ) são as seguintes (para uma descrição
    mais detalhada da cada categoria veja o site
    http//www.standardandpoors.com)
  • AAA A capacidade do tomador em atender seus
    compromissos é extremamente forte.
  • AA A capacidade do tomador em atender seus
    compromissos é muito forte.
  • A A capacidade do tomador em atender seus
    compromissos é forte.

17
Rating SP
  • BBB Exibe parâmetros adequados de proteção. No
    entanto, condições econômicas desfavoráveis podem
    levar a um enfraquecimento da capacidade do
    tomador em atender seus compromissos.
  • BB Incerteza em atender plenamente as
    obrigações.
  • B A vulnerabilidade do emissor é significativa.
    Pequenas alterações nas condições econômicas
    podem impedir o tomador de atender suas
    obrigações.
  • CCC Alta vulnerabilidade ao não pagamento.
  • CC Máxima vulnerabilidade ao não pagamentos

18
Rating SP
  • C Ocorreu pedido de falência, no entanto o
    tomador mantém os pagamentos de suas obrigações.
  • D Ocorreu um evento de crédito.
  • Já a Moodys usa a seguinte classificação Aaa,
    Aa, A, Baa, Ba, B, Caa, Ca e C.
  • Observe que nenhuma dessas classificações se
    refere diretamente à probabilidade de default em
    um período futuro. No entanto, existem diversos
    estudos que fazem essa relação. Veja, por
    exemplo, Altman Kishore (1997), Carty
    Lieberman (1997) e SP (1997).

19
Rating Serasa
  • A Serasa possui um produto chamado de Credit
    Rating Serasa que fornece uma classificação
    objetiva do risco de crédito empresa consultada.
  • Representado por uma escala numérica de 1 a 17
    (1menor risco e 17maior risco) o Credit Rating
    Serasa agrupa as empresas em classes homogêneas
    de risco, indica o grau de risco da empresa
    analisada e a respectiva probabilidade de
    inadimplência.
  • Para cada classe, a Serasa divulga um
    probabilidade de default nos próximos 12 meses.

20
Rating Interno
  • É possível também que um banco/empresa deseje
    construir seu próprio sistema de classificação de
    risco de crédito.
  • Essa situação é particularmente interessante
    quando se dispõe de uma base de dados interna
    ampla e confiável.

21
Credit Scoring
  • Um credit scoring é uma classificação do risco de
    crédito de um cliente que nos fornece a
    probabilidade de pagamento. O desenvolvimento
    desses modelos depende do volume e da qualidade
    das informações de que se dispõe, da qualificação
    da equipe responsável por esse desenvolvimento,
    das ferramentas estatísticas que serão utilizadas
    e do valor que poderá ser investido para a
    elaboração desses modelos.
  • As técnicas matemáticas mais usadas são as
    regressões logísticas (regressão no qual a
    variável dependente é ln(p/1 p)), redes neurais
    e algoritmos genéticos. O ideal é possuir uma
    base de pelo menos 6 anos de dados (5 anos para
    ajuste e 1 para teste).
  • As regressões são mais usadas para pessoas
    físicas.

22
Credit Scoring
  • No segmento coorporativo, um dos modelos de
    credit scoring mais utilizados é o método
    multivariado de pontuação Z de Altman
  • Onde X1 capital de giro/ativos totais X2
    lucros retidos/ativos totais X3 lucros antes
    do IR e juros/ativos totais X4 valor do
    PL/valor escritural do passivo X5
    vendas/ativos totais.
  • Altman estabelece como valor de corte
    aproximadamente 1,81.

23
Behaviour Scoring
  • O modelo behaviour scoring é um sistema de
    pontuação com base em análise comportamental sua
    elaboração é complexa, na medida em que envolve
    grande quantidade de amostras de variáveis
    particulares vinculadas ao comportamento dos
    indivíduos por sua vez, o comportamento guarda
    relação com variáveis conjunturais. É usado
    preferencialmente na renovação de empréstimo pois
    já inclui o comportamento do cliente em
    transações passadas. Exemplos de variáveis
    comportamentais são hábitos de consumo, hábitos
    de lazer, viagens, tipos de aplicação financeira,
    histórico do cliente, etc.

24
Modelo de Merton/KMV
  • O mercado de ações pode ser visto como um vasto
    mecanismo de avaliação de empresas com ações em
    bolsa. Informações sobre economias, setores e
    empresas viajam a altas velocidades para
    analistas de investimentos e investidores de
    todos os portes, fazendo com que os preços
    flutuem. Na medida em que variações nos preços de
    uma empresa oferecem evidências confiáveis de
    alterações em seu nível de crédito, os credores
    têm a oportunidade de explorar uma ferramenta de
    gestão de risco de crédito de alcance e poder
    enormes.
  • O principal exemplo de medidas de crédito
    baseadas no mercado de ações é o modelo de
    freqüência esperada de inadimplência (EDF) da KMV.

25
Modelo de Merton/KMV
  • A KMV é uma empresa de análise de crédito que
    atualmente pertence a Moodys.
  • Relembrando, preço de uma call segundo BS

26
KMV
  • Uma forma inteligente de tratar o problema de
    apreçamento de uma empresa consiste em considerar
    que o seu capital próprio é uma opção de compra.
    O modelo KMV está baseado nessa idéia.
  • Paper seminal Merton (1974).
  • Vejamos através de um exemplo muito simples como
    isso funciona.
  • Como exemplo considere uma holding cujo único
    ativo sejam ações da IBM e cujo passivo seja
    representado por um único título com valor de
    face D e prazo de um ano. Logo a empresa deve
    fazer um único pagamento D daqui a um ano. Se se
    tornar inadimplente entregará seus ativos ao
    credor e seu capital deixará de ter valor.

27
KMV
  • Sob que condições a empresa irá inadimplir?
  • Se as ações da IBM valerem mais que D então ela
    paga seus credores e fica com a diferença.
  • Caso as ações da IBM valham menos que D então ela
    irá falência porque preferirá entregar as ações
    aos credores a te que levantar mais dinheiro para
    pagar o empréstimo.
  • Assim o capital próprio tem exatamente o mesmo
    payoff que uma opção de compra do mesmo valor que
    as ações da IBM detidas pela empresa,
    agregando-se o preço de exercício D.

28
KMV
  • O resultado geral é o seguinte o capital próprio
    de uma firma é uma opção de compra sobre seu
    ativo com preço de exercício igual ao passivo.
  • De modo geral, o capital pode ser avaliado como
  • onde E valor de mercado da empresa, A valor
    de seus ativos, B valor da dívida, ? prazo
    para liquidação das dívidas e ?A volatilidade
    dos ativos. Um traço indica valores observados.
  • Vamos supor que o valor dos ativos A siga a
    seguinte EDF

29
KMV
  • Logo podemos usar o modelo BS.
  • Temos duas variáveis e apenas uma equação. Logo
    não podemos extrair os valores não observáveis.
  • Para resolver esse problema a KMV e outros na
    literatura exploraram uma outra relação entre as
    variáveis não observáveis

30
KMV
  • Supondo que E E(A) e usando o lema de Itô
    temos
  • No modelo BS

31
KMV
  • Para KMV B curto prazo (até um ano) ½ da
    dívida de longo prazo ? 1 ano.
  • Suponha que os valores obtidos são A 100 MM e
    sA 10 para B 80 MM, ? 1 ano. Suponha
    também que o crescimento médio dos ativos é nulo,
    usando a log-normalidade de A, temos que a EDF
    (freqüência esperada de inadimplência) é 2,3.
  • A Figura a seguir ilustra o procedimento.

32
KMV
33
KMV
  • A distância até a inadimplência é definida como
  • Distância da inadimplência (E(A) B)/ (s dos
    ativos).

34
KMV
  • Para contornar pressupostos de normalidade, a KMV
    usa uma abordagem no qual um EDF empírico é
    obtido a partir de dados históricos. Isto é,

35
KMV
36
KMV
  • Suponha A 1000, com taxa de crescimento
    esperado de 20, B 800, ? 1 e ?A 10. Logo
    (Passo 1)
  • Passo 2 EDF correspondente 40 bp.

37
KMV
38
KMV
39
KMV
40
KMV
  • A metodologia proposta pela KMV apresenta
    melhores resultados na análise de companhias
    abertas com cotação em bolsa, pois os valores
    esperados dos ativos extraídos das ações são
    determinados pelo mercado e não por informações
    de balanço.
  • Vários estudos demonstram o modelo baseado na
    teoria de opções tem uma capacidade preditiva de
    problemas creditícios superior a diversas outras
    metodologias.
  • A implantação desse modelo no Brasil é
    dificultada uma vez que várias companhias não são
    listadas na Bolsa, ou mesmo se negociadas
    apresentam pouca liquidez.

41
KMV
  • Para a KMV
  • EDFs aumentam rapidamente quando a situação
    financeira da empresa começa a se deteriora.
  • EDFs antecipam em pelo menos 1 ano downgrades
    de outras agências.
  • As transições são mais frequentes.

42
KMV
43
CreditMetrics
  • Estimar o risco de crédito não é uma tarefa fácil
    tanto do ponto de vista analítico quanto do ponto
    de vista prático.
  • Existem basicamente dois problemas de modelagem
    de risco de crédito quando comparada com a
    modelagem do risco de mercado.
  • Primeiramente, a distribuição dos retornos de
    crédito são não simétricos e leptocúrticos
    (caudas grossas).
  • Em segundo lugar, a falta de dados dificulta a
    estimação das correlações de crédito.

44
CreditMetrics
45
CreditMetrics
  • Modelo desenvolvido pelo JP Morgan e seus
    co-patrocionadores (Bank of America, KMV, UBS e
    outros) como estrutura de Value-at-Risk (VaR) a
    ser aplicada a valoração do risco de empréstimos
    e bonds.
  • Ele está baseado na abordagem de migração da
    qualidade de crédito concedido. Esse modelo
    procura definir probabilidades de mudanças de
    qualidade do crédito, inclusive para falência,
    dentro de um horizonte temporal. A partir das
    probabilidades e do intervalo de tempo ele
    consegue estimar o valor da perda potencial da
    carteira dado um determinado nível de
    significância.

46
CreditMetrics
  • Vejamos um exemplo de uso do CreditMetrics.
  • Considere um título com maturidade de 5 anos que
    paga cupons anuais de 6 a.a. e o seu emissor
    está classificado na categoria BBB. O valor de
    face do título é de 100,00. O VaR de crédito
    para esse título pode ser calculado a partir dos
    seguintes passos
  • Primeiramente define-se o horizonte temporal de
    análise, por exemplo 1 ano.
  • Em seguida devemos escolher uma matriz de
    transição de ratings.

47
CreditMetrics
48
CreditMetrics
49
CreditMetrics
  • O terceiro passo consiste em avaliar o título em
    questão nas diversas categorias de ratings. Isso
    é feito estabelecendo-se estruturas temporais de
    taxa de juros futuras nas diversas categorias de
    ratings.
  • O valor do título ao final do primeiro ano é
  • onde rn é taxa forward no final de 1 ano para n
    anos a frente. Essa taxa depende do rating do
    cliente no final do ano.

50
CreditMetrics
51
CreditMetrics
  • Suponha também que a taxa de recuperação para
    esse tipo de crédito, em caso de inadimplência, é
    estimada em 51,13 do valor de face.
  • Por exemplo, se o título sofre um upgrade na sua
    classificação para A no final de uma ano então
    seu valor será

52
CreditMetrics
53
CreditMetrics
54
CreditMetrics
55
CreditMetrics
  • O VaR de crédito pode ser calculado com base em
    duas abordagens
  • Baseado na distribuição normal dos valores do
    empréstimo.
  • Baseado na distribuição efetiva dos valores do
    empréstimo.
  • Com base nos dados anteriores, o VaR normal de
    crédito pode ser calculado como sendo o produto
    entre o desvio padrão do valor do título e o
    quantil correspondente ao nível de confiança
    adotado (z). Se o nível de confiança é 99 então
    z 2,33. O desvio padrão do valor do título é
    2,99. Logo o VaR é igual 6,97 (2,33 x 2,99).
    Isso significa que há 1 de chance de perdermos
    mais de 6,97 em função de mudanças na qualidade
    creditícia do emissor do título.

56
CreditMetrics
  • Se o nível de confiança é de 95 (z 1,65) então
    o VaR é igual a 4,93.
  • O valor esperado do empréstimo ao final de 1 ano
    é 107,09. Utilizando a distribuição efetiva dos
    valores do empréstimo, podemos ver que há uma
    probabilidade de 6,77 do valor do empréstimo
    cair para menos de 102,02, implicando em um VaR
    5 aproximado de 5,07 (107,09 - 102,02) e há
    um probabilidade de 1,47 do valor do empréstimo
    cair para menos de 98,10, implicando uma VaR 1
    de aproximadamente 8,99 (107,90 - 98,10).

57
CreditMetrics
  • Esses VaRs poderiam tornar-se menos aproximados
    através do uso de interpolação linear. Por
    exemplo, o percentil 1,47 é igual a 98,10 e o
    percentil 0,3 é igual a 83,64, logo, por
    interpolação linear, o percentil de 1 é
    aproximadamente igual a 92,29. Isto sugere um
    VaR 1 de 107,09 - 92,29 14,80.
  • Obs. Uma perspectiva alternativa para o cálculo
    do VaR consiste em considerar a mudança do valor
    do empréstimo se continuasse a ser classificado
    como BBB (107,55) ao invés da variação em
    relação ao seu valor esperado (107,09).

58
CreditMetrics
  • Questões e problemas técnicos do CreditMetrics
  • Migração de classificação
  • As probabilidades de migração podem não obedecer
    a um processo de Markov. Por exemplo, um bônus
    que tenha seu rating reduzido em um período
    anterior tem uma probabilidade maior (em relação
    a um empréstimo que manteve o seu rating) de ter
    o seu rating rebaixado no período corrente.
  • Estabilidade da matriz de transição. A utilização
    de uma única matriz de transição supõe que
    alterações não diferem entre tipos distintos de
    tomadores (empresas industriais versus bancos,
    empresas americanas versus japonesas).
  • Diferenças no cálculo da matriz de classificação
    dependendo dos bônus usados (novos ou antigos).

59
CreditMetrics
  • Na avaliação dos bônus o mais correto seria
    considerar que as taxa de juros são estocásticas.
    Isso implicaria num aumento do VaR.
  • Além disso, a metodologia CreditMetrics requer a
    existência de mercados secundários para
    empréstimos e de um provedor (público ou privado)
    de classificações de crédito (ratings). No
    Brasil, essas duas exigências limitam o uso desse
    modelo.

60
CreditMetrics
  • Vamos agora ilustrar o cálculo do VaR de crédito
    quando um novo título é acrescentado a carteira.
    Considere um título SP A, com prazo de 3 anos,
    que paga cupons anuais de 5. Queremos determinar
    a distribuição conjunta do valor desses dois
    títulos em 1 ano.
  • Nós já sabemos os possíveis valores do título BBB
    daqui a 1 ano. A tabela a seguir mostra os
    possíveis valores do título A daqui a 1 ano.

61
CreditMetrics
62
CreditMetrics
  • Em seguida, nós combinamos os valores dos dois
    títulos para obter o valor da carteira.

63
CreditMetrics
  • Agora nós temos de obter as probabilidades de
    obter esses valores. As tabelas a seguir mostram
    as probabilidades de transição de um título A e a
    conjunta de um título A e um BBB.

64
CreditMetrics
65
CreditMetrics
  • A distribuição do valor da carteira é ilustrada
    abaixo

66
CreditMetrics
  • O VaR de crédito pode ser obtida usando a
    aproximação normal ou a distribuição efetiva.
  • Para a aproximação normal temos que a média do
    valor da carteira é 213,63 e a volatilidade é
    3,35. Logo o VaR 1 é 2,33 x 3,35 7,81.
  • Utilizando a distribuição efetiva temos que o 1
    percentil do valor do empréstimo é 204,40. Assim
    o VaR 1 (perda inesperada) é 213,63 - 204,40
    9,23.
  • Como última observação, vale dizer que o método
    anterior se torna impraticável quando o número de
    títulos cresce. A solução nesse caso é usar
    técnicas de simulação.

67
Leitura
  • Thomas, L. (2000) - A survey of credit and
    behavioural scoring forecasting financial risk
    of lending to consumers, International Journal of
    Forecasting.
  • Michel Crouhy, Dan Gala, Robert Mark (2000) A
    comparative analysis of current credit risk
    models, Journal of Banking and Finance.
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com