Title: Impactos da nova RDC 17 nos Sistemas de
1Impactos da nova RDC 17 nos Sistemas de Água de
Usos Farmacêuticos
- DINIZ A. CEPEDA
- ENCONTRO ABRASP - RJ
- 22 de Outubro de 2010
2OBJETIVO
- Avaliar os impactos da nova RDC 17, quanto aos
Processos de Obtenção e a Validação de Sistemas
de Produção e Distribuição de Água Purificada
para usos farmacêuticos, com ênfase em usos
injetáveis, fazendo uma correlação com os
projetos atuais que atendam plenamente essa
regulamentação.
3RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
TÍTULO VI - ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
- CAPÍTULO I EXIG. GERAIS SIST. ÁGUA USOS
FARMACÊUTICOS - CAPÍTULO II ESPECIFICAÇÕES DA QUALIDADE
- CAPÍTULO III MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO
- CAPÍTULO IV SIST. DE PURIF/ARMAZ/ DISTRIB.
- CAPÍTULO V CONSIDERAÇÕES OPERACIONAIS
- CAPÍTULO VI MANUTENÇÃO DE SISTEMAS
- CAPÍTULO VII REVISÕES DE SISTEMAS DE ÁGUA
4RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO I - Art. 527.
- Os sistemas de produção, armazenamento e
distribuição de água para uso farmacêutico, devem
ser planejados, instalados, validados e mantidos
de forma a garantir a produção de água de
qualidade apropriada.
5RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO II - ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE DA
ÁGUA. - SEÇÃO I ÁGUA POTÁVEL
- SEÇÃO II ÁGUA PURIFICADA
- SEÇÃO III ÁGUA PARA INJETÁVEIS
6RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO II - SEÇÃO I ÁGUA POTÁVEL
- Art. 532. A água potável deve ser fornecida sob
pressão positiva contínua em um sistema de
encanamento sem quaisquer defeitos que possam
levar à contaminação de qualquer produto. - Art. 533. Devem ser realizados testes
periodicamente para confirmar que a água atende
aos padrões exigidos para água potável.
7RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO II - SEÇÃO II ÁGUA PURIFICADA
- Art. 534. A água purificada deve cumprir com as
especificações das farmacopéias aceitas pela
ANVISA. - Art. 535. O sistema de purificação de água deve
ser projetado de forma a evitar a contaminação e
proliferação microbiológicas.
8RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO II - SEÇÃO III ÁGUA PARA INJETÁVEIS
- Art. 536. A água para injetáveis deve cumprir com
as especificações das farmacopéias aceitas pela
ANVISA (USP, EP, FB) - Art. 537. A água para injetáveis deve ser
utilizada em preparações de produtos estéreis. - Parágrafo único. A água para injetáveis também
deve ser utilizada no enxágüe final após limpeza
de equipamentos e componentes que entram em
contato com produtos estéreis.
9RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO III MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA
- Parágrafo único. Os seguintes itens devem ser
considerados ao selecionar o método de tratamento
da água - I - a especificação da qualidade da água
- II - o rendimento ou eficiência do sistema de
purificação - III - a qualidade da água de alimentação e as
alterações sazonais e - IV - a confiabilidade e a robustez dos
equipamentos de tratamento de água em
funcionamento.
10RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO III MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA
- Art. 540. As especificações para os equipamentos
de purificação da água, sistemas de armazenamento
e distribuição devem considerar os seguintes
itens - I - risco de contaminação a partir de lixívias de
materiais de contato - II - impacto adverso de materiais de contato
absorvíveis - III - projeto que permita a sanitização do
sistema, quando exigido - IV - resistência à corrosão
11RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- Art. 540 (cont)
- V - ser livre de vazamentos
- VI - configuração para evitar a proliferação
microbiológica - VII - tolerância a agentes de limpeza e
sanitização (térmicos e/ou químicos) - VIII - capacidade do sistema e exigências de
produção - IX - instalação de todos os instrumentos, pontos
de amostragem necessários, para permitir que
todos os parâmetros críticos do sistema sejam
monitorados.
12RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- Art. 469. A validação deve ser realizada
- I - para instalações, equipamentos, utilidades
(ex água, ar, ar comprimido, vapor), sistemas,
processos e procedimentos - II - em intervalos periódicos
- III - e quando mudanças maiores forem
introduzidas. - Parágrafo único. Requalificações ou revalidações
periódicas podem ser substituídas, quando
apropriado, pela avaliação periódica dos dados e
informações.
13RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- CAPÍTULO IV
- QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO - Art. 17
- A qualificação e a validação devem estabelecer e
fornecer evidências documentadas de que
14RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- I - as instalações, utilidades, sistemas
computadorizados, equipamentos e processos foram
projetados em consonância com as exigências de
BPF (qualificação de projeto ou QP) - II - as instalações, utilidades, sistemas
computadorizados e equipamentos foram construídos
e instalados de acordo com as suas especificações
de projeto (qualificação de instalação ou QI)
15RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- III - as instalações, utilidades, sistemas
computadorizados e equipamentos operam de acordo
com suas especificações planejadas (qualificação
de operação ou QO) e - IV - um processo específico produzirá
consistentemente um produto que atenda suas
especificações e atributos de qualidade
(validação de processo ou VP, também chamada em
alguns casos de qualificação de desempenho ou
QD).
16RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- ESPECIFICAÇÕES OU RUs
- XXII - especificação documento que descreve em
detalhes os requisitos que os materiais
utilizados durante a fabricação, produtos
intermediários ou produtos terminados devem
cumprir. As especificações servem como base para
a avaliação da qualidade
17RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- LI - Protocolo (ou Plano) de Validação (PV)
documento que descreve as atividades a serem
realizadas na validação de um projeto específico,
incluindo o cronograma, responsabilidades e os
critérios de aceitação para a aprovação de um
processo produtivo, procedimento de limpeza,
método analítico, sistema computadorizado ou
parte destes para uso na rotina - LII - qualificação conjunto de ações realizadas
para atestar e documentar que quaisquer
instalações, sistemas e equipamentos estão
propriamente instalados e/ou funcionam
corretamente e levam aos resultados esperados. A
qualificação é freqüentemente uma parte da
validação, mas as etapas individuais de
qualificação não constituem, sozinhas, uma
validação de processo
18RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- LVI - Qualificação de Projeto (QP) evidência
documentada que as instalações, sistemas de
suporte, utilidades, equipamentos e processos
foram desenhados de acordo com os requisitos de
BPF - LIV - Qualificação de Instalação (QI) conjunto
de operações realizadas para assegurar que as
instalações (tais como equipamentos,
infra-estrutura, instrumentos de medição,
utilidades e áreas de fabricação) utilizadas nos
processos produtivos e ou em sistemas
computadorizados estão selecionados
apropriadamente e corretamente instalados de
acordo com as especificações estabelecidas
19RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- LV - Qualificação de Operação (QO) conjunto de
operações que estabelece, sob condições
especificadas, que o sistema ou subsistema opera
conforme previsto, em todas as faixas
operacionais consideradas. Todos os equipamentos
utilizados na execução dos testes devem ser
identificados e calibrados antes de serem usados - LIII - Qualificação de Desempenho (QD)
verificação documentada que o equipamento ou
sistema apresenta desempenho consistente e
reprodutível, de acordo com parâmetros e
especificações definidas, por períodos
prolongados. Em determinados casos, o termo
"validação de processo" também pode ser
utilizado
20RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- LXI - Relatório de Validação (RV) documento no
qual os registros, resultados e avaliação de um
programa de validação são consolidados e
sumarizados. Pode também conter propostas de
melhorias - LXV - revalidação repetição parcial ou total das
validações de processo, de limpeza ou de método
analítico para assegurar que esses continuam
cumprindo com os requisitos estabelecidos
21RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- XLV - Procedimento Operacional Padrão (POP)
procedimento escrito e autorizado que fornece
instruções para a realização de operações não
necessariamente específicas a um dado produto ou
material, mas de natureza geral (por exemplo,
operação, manutenção e limpeza de equipamentos
validação limpeza de instalações e controle
ambiental amostragem e inspeção).
22RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- Art. 227. Procedimentos Operacionais Padrão e
registros associados ...devem estar disponíveis
quanto a - I - montagem e qualificação de equipamentos
- II - aparato analítico e calibração
- III - manutenção, limpeza e sanitização
- IV - pessoal, incluindo qualificação,
treinamento, uniforme e higiene
23RESOLUÇÃO - RDC Nº. 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010
- DEFINIÇÕES
- I - ação corretiva ...eliminar a causa de uma
não conformidade detectada ou outra situação
indesejável - II - ação preventiva ...eliminar a causa de uma
potencial não conformidade ou outra potencial
situação indesejável - III - ajuste operação destinada a fazer com que
um instrumento de medição tenha desempenho
compatível com o seu uso - X - calibração ...relação entre os valores
indicados por um instrumento ou sistema de
medição... e os valores correspondentes das
grandezas estabelecidos por padrões
24FINALIDADES
- API (Ingredientes Farmacêuticos Ativos)
- POTÁVEL , POTÁVEL quimicamente purificada ou
POTÁVEL com endotoxina controlada. - REAGENTES ANALÍTICOS
- PW ou HPW
- FORMULAÇÕES
- PW ou WFI
25CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA POTÁVEL (DW)
- Atender os requerimentos e padrões de
Potabilidade do Órgão competente local - MINISTÉRIO DA SAÚDE
-
- PORTARIA Nº. 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004
-
- D.O.U. 26/03/2004
26Especificações de Água para uso Farmacêutico -
USP 32 (2009)
-
-
PW WFI -
- TOC (Total Organic Carbon) (ppb)
lt 500 lt 500 -
- Condutividade ( Micro Siemens - µS/cm )
lt 1.3 lt 1.3 -
- Bactérias Totais (Colony Forming Units CFU)
100/ml 10/100ml - Pirogênio (Endotoxin Units EU)
------- lt 0.25 EU/ml - Patogênicos (em 100 ml) Ausentes
Ausentes
27TECNOLOGIAS TÍPICAS
- PRETRATAMENTO
- Pre-Filtração
- Abrandamento
- Recloração
- Ultrafiltração
- Decloração
- Ajuste de pH
- TRATAMENTO
- Deionização
- Osmose Reversa
- EDI
- Destilação
- UV
28SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA SISTEMAS PW E WFI
- Levar em conta a qualidade da água de
alimentação, - A tecnologia escolhida para as etapas
subsequentes do processo, - A extensão e complexidade do sistema de
distribuição e - Os requerimentos compendiais apropriados.
29SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA SISTEMAS PW E WFI
- Por exemplo, no projeto de um sistema para WFI, o
processo final, seja destilação ou qualquer outro
processo usado de acordo com a monografia, tem
que ter capacidade efetiva de redução de
endotoxinas bacterianas e deve ser validado
30PROJETOS DE SISTEMAS PW E WFI
- Desenho, Instalação e Operação para produzir PW e
WFI (USP) incluem componentes, controles e
procedimentos similares. - Os atributos de qualidade diferem para a WFI,
somente na presença de endotoxinas e nos métodos
de preparação no estágio final. -
31PROJETOS DE SISTEMAS PW E WFI
- As diferenças críticas são o grau de controle do
sistema e os estágios finais de purificação,
necessários para assegurar a remoção de bactérias
e endotoxinas
32EFICIÊNCIA
- Osmose Reversa de Duplo Passo rejeitará mais de
99,5 dos sólidos dissolvidos, partículas,
material orgânico, colóides, microorganismos,
vírus, pirogênios, produzindo água com qualidade
USP 32 - PW / WFI e EP 5ª. - PW / HPW
33OSMOSE REVERSASANITIZÁVEL À QUENTE
- Vantagens e Desvantagens
- Maior Custo de Investimento
- Baixo custo de operação com menor tempo de
paradas. - Ideal para atender tanto USP-32 PW e WFI, quanto
EP 5ª. PW e HPW
34SANITIZAÇÃO A QUENTE
- A Sanitização depende da temperatura e do
tempo, por exemplo - Sanitizar por 60 min. a 80-90 ºC, ou
- Sanitizar por 240 min. a 65 ºC
35TANQUE E LOOP
- Tanques para PW e WFI
- Objetivo atender a otimização da capacidade de
geração - Considerações de Projeto e Operação para previnir
ou minimizar o biofilme e a corrosão, permitindo
o uso de sanitizações térmicas e/ou químicas. - Cuidados Contínua recirculação (min 0,6 a 0,7
m/seg) - Vent Filter, Spray Ball, Disco de
Ruptura, Contrôle de Nível - - CRÍTICO Programa Validado de Sanitizações
-
36TANQUE E LOOP
- Distribuição (Loop) para PW e WFI
- Objetivo atender em fluxo contínuo a demanda nos
POUs - Considerações de Projeto e Operação para previnir
ou minimizar o biofilme e a corrosão, permitindo
o uso de sanitizações térmicas e/ou químicas. - Cuidados Evitar pontos mortos ou alimentação
direta - Enxagues e monitoramento frequentes nos
pontos de pouco uso ou fora do loop. - CRÍTICO Programa Validado de Sanitizações
-
37Estocagem e Distribuição
- Filtro Vent de 0,22 hidrofóbico (aquecido se
sanitização a quente) - Renovação (turnover) do tanque 1 a 5 vezes por
hora - A estocagem é menos crítica se mantida a quente
(80 a 85o C) ou a frio (15 a 20oC ).
38Estocagem e Distribuição
- Sistemas esterilizados por vapor puro devem ser
totalmente drenáveis - Menos importante quando a sanitização é por
outros meios em que não necessita esvaziar todo o
sistema - Não devem existir pontos mortos (dead legs).
39- Estocagem e Distribuição
- Não devem existir dead legs
D
As setas de direção do fluxo nos tubos é muito
importante.
Deadleg section
X
lt2D
Se D25mm e distancia X formaior que 50mm,
teremos um dead leg que é muito longo.
Válvula Sanitária
Percurso da água no dead leg
40Estocagem e Distribuição
- Válvulas de esfera são inaceitáveis
- Bactérias podem crescer com a válvula fechada
3. A água será contaminada a medida que passar
pela válvula
Água estagnada interno válvula
41Estocagem e distribuição
- Pressão positiva no sistema isto evita formação
de vácuo nos pontos e impede entrada de elementos
estranhos ao sistema - Velocidade no anel, a prática comum é ter
velocidade de retorno de 1 m/s no retorno do
loop (min 0,6 m/s) para manter-se fluxo
turbulento.
42SANITIZAÇÃO
- TÉRMICA
- Mínimo 80ºC com frequencia definida no protocolo
de validação e monitoramento inicial da
temperatura em todos os pontos críticos - Auto-Sanitizável recirculação contínua a no
mínimo 65ºC em todos os pontos
43CONCLUSÃO I
- Não encontramos na RDC 17 nem na USP 32,
restrições ao uso de métodos de obtenção e
distribuição a frio para águas compendiais de
processo PW e WFI. - A EP 5ª. exige Destilação na produção de WFI
- As recomendações com os aspectos biológicos,
bactérias e endotoxinas, são marcantes,
freqüentes e enfáticas na exigência de - PROCESSOS VALIDADOS
44CONCLUSÃO II
- Compete ao fabricante de produtos
farmacêuticos a responsabilidade de
estabelecer internamente e com seus
fornecedores, os critérios de projeto,
instalação, operação, monitoramento,
documentação e controle do seu sistema de
água..... - PW, HPW ou WFI.
45PERGUNTAS ?
46- DINIZ AUGUSTO CEPEDA
- Coordenador da Idenor no Brasil
- Consultor
- Aquasses Assessoria em Sistemas de Água
Ltda - dinizaugusto_at_terra.com.br
- Cel 11-9658-3083
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