Title: FLUIDO C
1FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL
- Matéria elementar primitiva,da qual as
- modificações e transformações constituem a
- inumerável variedade de corpos da Natureza.
- No estado de eterização, o fluido cósmico
não é uniforme. - Tem para os Espíritos uma aparência tão
material quanto a dos objetos tangíveis para os
encarnados. - A solidificação da matéria, em realidade, não
é senão um estado transitório do fluido cósmico
universal.
2PRINCÍPIO ELEMENTAR UNIVERSAL DOIS
ESTADOS
- ETERIZAÇÃO
- IMPONDERABILIDADE
- MUNDO INVISÍVEL
- FENOMENOS ESPIRITUAIS
- MATERIALIZAÇÃO
- PONDERABILIDADE
- MUNDO VISÍVEL
- FENOMENOS MATERIAIS
3ATMOSFERA ESPIRITUAL
- Os fluidos mais vizinhos da materialidade (menos
puros) - Quanto menos a vida é material, menos os fluidos
espirituais têm afinidade com a matéria
4FLUÍDOS ESPIRITUAIS
- Um dos estados do fluído cósmico Universal
- Atmosfera dos seres espirituais, veículo do
pensamento, visão e ouvido do Espírito - Envolvem a Terra
- Não são homogêneos, mistura de moléculas
elementares - O Espírito constitui o seu perispírito do fluido
espiritual próprio do mundo onde renascerá,
atraindo para si as moléculas que se assemelham a
sua natureza - O meio está sempre em relação com a natureza dos
seres que devem nele viver - O fluido etéreo é para as necessidades do
Espírito, o que é a atmosfera para as
necessidades dos encarnados
5FLUIDOS ESPIRITUAIS
- A matéria do mundo Espiritual
- Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais
com a ajuda do pensamento e da vontade - O pensamento cria imagens fluídicas que se
refletem no envoltório perispiritual - Os movimentos mais secretos da Alma, repercutem
no envoltório fluídico - A natureza do envoltório fluídico está sempre em
relação com o grau de adiantamento moral do
Espírito.
6QUALIDADES DOS FLUIDOS
- Não têm qualidades suis generis, mas as que
adquirem no meio onde se laboram modificam-se
pelos eflúvios desse meio. - Não Têm denominações especiais, são designados
por suas propriedades, seus efeitos e seu tipo
original. - O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as
paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade,
e das propriedades da matéria correspondendo aos
efeitos que eles produzem.
7PERISPÍRITO
- Traço de união entre a vida corpórea e a vida
espiritual - Por ele o espírito encarnado está em contínua
relação com os Espíritos - Órgão sensitivo do Espírito pelo sentido
espiritual
8PERISPÍRITO / CORPO FLUIDICO
- Produto do Fluido Cósmico
- Alma condensação do Fluido Cósmico ao redor de
um foco de inteligência - Os espíritos haurem o seu perispírito no meio
onde se encontrem (fluídos ambientes) - O perispírito está sempre em relação com o grau
de adiantamento moral do Espírito - Os espíritos inferiores não podem mudá-lo.
- O envoltório perispiritual se modifica com o
progresso - A constituição íntima do perispírito não é
idêntica entre todos os Espíritos encarnados e
desencarnados que povoam a Terra ou o espaço
circundante.
9O Espírito encarnado conserva o seu perispírito
com as qualidades que lhe são próprias, e que,
como se sabe, não está circunscrito pelo corpo,
mas irradia todo ao redor e o envolve como de uma
atmosfera fluídica. Pela sua expansão, coloca o
espírito encarnado em relação mais direta com os
Espíritos livres e também com os espíritos
encarnados.
10O pensamento do Espírito encarnado age sobre os
fluidos espirituais como o dos Espíritos
desencarnados, ele se transmite de Espírito a
Espírito pela mesma via, e, segundo seja bom ou
mau, saneia ou vicia os fluidos circundantes.O
pensamento produz, pois,uma espécie de efeito
físico que reage sobre o moral.
11Pelo Perispírito se cumprem fenômenos especiais
no homem que não têm sua causa primeira na
matéria tangível.É nas propriedades e na
irradiação do fluido perispiritual que se deve
procurar a causa da Dupla vista, ou visão
espiritual, também chamada de visão psíquica.Por
ele que o Espírito encarnado tem percepção das
coisas espirituais.
12A INDEPENDÊNCIA OU EMANCIPAÇÃO DA ALMA
- SONO
- SONHO COMUM
- SONHO REFLEXIVO
- SONHO ESPÍRITA
- SONHO DESPERTO
- SONAMBULISMO NATURAL
- SONAMBUISMO MAGNÉTICO
- ESTADO DE VIGILIA
- CATALEPSIA
- LETARGIA
- ÊXTASE.
13- Não é necessário o sono completo para a
emancipação do Espírito. Basta que os sentidos
entrem em torpor para que o Espírito recobre a
sua liberdade. Para se emancipar, ele se
aproveita de todos os instantes de trégua que o
corpo lhe concede. Desde que haja prostração das
forças vitais, o Espírito desprende-se,
tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco
for o corpo. Assim se explica que imagens
idênticas às que vemos, em sonho, vejamos estando
apenas meio dormindo, ou em simples modorra.
14EMANCIPAÇÃO DA ALMA
- Sempre ocorre no sono todas as vezes que o
corpo repousa, e que os sentidos estão inativos,
o Espírito se desliga.O laço fluídico que o
retém ao corpo não está definitivamente
rompido.Nestes momentos o Espírito vive a vida
espiritual.
15SONO
- O sono liberta em parte a alma do corpo.
- Quando se dorme, está-se, momentaneamente, no
estado em que se encontra, de maneira fixa,
depois da morte - Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados
estão sempre em relação com o mundo dos
Espíritos - O sono é a porta que Deus lhes abre para os
amigos do Céu.
16SONHO
- O sonho é a lembrança do que o Espírito viu
durante o sono mas notai que não sonhais sempre,
porque não vos lembrais do que vistes. Não é a
vossa alma em todo o seu desenvolvimento
frequentemente, não é senão a lembrança da
perturbação que acompanha a vossa partida ou a
vossa reentrada, à qual se junta o que fizestes
ou o que vos preocupou no estado de vigília.
17NATUREZA DOS SONHOS
- Previsões, pressentimentos e advertência.
- Criações fluídicas
- Por outros Espíritos com fim benévolo ou malévolo.
18- SONHOS COMUNS
- Repercussão de nossas disposições físicas e
psicológicas. São aqueles que refletem nossas
vivências do dia a dia. - O Espírito desligando-se, parcialmente, do
corpo, absorve as ondas e imagens de sua
própria mente, das que lhe são afins e do mundo
exterior, já que nos movimentamos num turbilhão
de energias e ondas vibrando sem cessar. Nos
sonhos comuns, quase não há exteriorização
perispiritual. São muito freqüentes dada a nossa
condição espiritual.
19- "Puramente cerebral, simples repercussão de
nossas disposições físicas ou de nossas
preocupações morais. É também o reflexo de
impressões e imagens arquivadas no cérebro
durante a vigília. (...)" (3)
20- SONHOS REFLEXIVOS
- Exteriorização de impressões e imagens
arquivadas no cérebro físico e no perispírito. - Há maior exteriorização que nos sonhos comuns.
O Espírito registra acontecimentos, impressões e
imagens, arquivadas no subconsciente, isto é, no
cérebro do corpo fluídico, ou perispírito. -
21- Esses sonhos poderão refletir fatos remotos,
imagens da atual reencarnação. Contudo, é mais
freqüente revivenciar acontecimentos de outras
vidas, cujas lembranças nos tragam
esclarecimentos, lições ou advertências, se
orientados por mentores espirituais. - Poderão os Espíritos inferiores motivarem
estas recordações com finalidade de nos
perseguirem, amedrontar, desanimar ou humilhar,
desviando-nos dos objetivos benéficos da
existência atual. -
22- "Nos sonhos reflexivos, o espírito flutua na
atmosfera sem se afastar muito do corpo
mergulha, por assim dizer, no oceano de
pensamentos e imagens, que de todos os lados
rolam pelo espaço, deles se impregna, e aí colhe
impressões confusas, tem estranhas visões e
inexplicáveis sonhos a isso se mesclam, às
vezes, reminiscências de vidas anteriores (...)"
23- SONHOS ESPÍRITAS
- Atividade real e efetiva do Espírito, durante o
sono. - Há mais ampla exteriorização do perispírito.
Desprendendo-se do corpo e adquirindo maior
liberdade, a alma terá uma atividade real no
plano espiritual. Léon Denis chama a estes sonhos
de etéreos ou profundos, por suas características
de mais acentuada emancipação da alma. - Nos sonhos espíritas nos liberamos parcialmente
do corpo e gozamos de maior liberdade, são os
retratos de nossa vivência diária e de nosso
posicionamento espiritual. Refletem de nossa
realidade interior, o que somos e o que pensamos.
24- "O Espírito se subtrai à vida física,
desprende-se da matéria, percorre a superfície da
Terra e a imensidade onde procura os seres
amados, seus parentes, seus amigos, seus guias
espirituais ( ... ) Dessas práticas, conserva o
Espírito impressões que raramente afetam o
cérebro físico, em virtude de sua impotência
vibratória. - Nos sonhos espíritas, teremos que considerar a
lei de afinidade. Nossa condição espiritual,
nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade
de nossos sonhos, as companhias espirituais que
iremos procurar, os ambientes nos quais
permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa. -
25- "Quando encarnados na crosta, não temos
bastante consciência dos serviços realizados
durante o sono físico, contudo, esses trabalhos
são inexprimíveis. ( ... ) Infelizmente, porém, a
maioria se vale de repouso noturno para sair à
caça de emoções frívolas ou menos dignas.
Relaxando-se as defesas próprias, e certos
impulsos longamente sopitados durante a vigília,
extravasam-se em todas as direções, por falta de
educação espiritual, verdadeiramente sentida e
vivida."
26EXEMPLOS DE SONHOS
- A literatura espírita é rica em exemplos e
narrativas de sonhos espíritas. Temos nas obras
psicografadas por Chico_Xavier, Divaldo Pereira
Franco e as escritas por Invonne Amaral Pereira,
inúmeras descrições destes sonhos. - Neles, vemos a alma_emancipada sob a
hipnose natural que é o sono, ir a locais e agir
por sugestões, as mais variáveis, atraídas sempre
aos locais e situações onde se lhe vincula o
pensamento. A vontade é direcionada pelo desejo e
este age impulsionando a alma na direção do que
lhe atrai e constitui motivação principal, na
vida íntima. -
27EXEMPLOS DE SONHOS
- Nos sonhos, com emancipação da alma, poderemos
citar alguns exemplos - reflexos de nosso cotidiano, de nossas
preocupações comuns - determinatórios (indicando caminhos, dando avisos
ou nos advertindo) - premonitórios (prevendo fatos próximos)
- proféticos (citados na Bíblia)
- instrutivos (fornecendo-nos lições enobrecedoras
e conhecimentos do plano espiritual) - com experiências negativas
- com perseguições de Espíritos inferiores.
28SONHO DESPERTO
- FACULDADE EMANCIPADORA DA ALMA, NA SUA
MANIFESTAÇÃO MAIS SIMPLES, PRODUZ O QUE SE CHAMA
DE SONHO DESPERTO ELA DÁ, TAMBÉM A CERTAS
PESSOAS, A PRESCIÊNCIA QUE CONSTITUI OS
PRESSENTIMENTOS NUM MAIOR GRAU DE
DESENVOLVIMENTO, PRODUZ O FENÔMENO DESIGNADO SOB
O NOME DE SEGUNDA VISTA, DUPLA VISTA OU
SONAMBULISMO DESPERTO.
29- Sonambulismo do latim somnus sono e ambulare
marchar, passear - Estado de emancipação_da_alma
mais completo do que no sonho. O sonho é um
sonambulismo imperfeito. - No sonambulismo, a lucidez da alma, isto é, a
faculdade de ver, que é um dos atributos de sua
natureza, é mais desenvolvida. Ela vê as coisas
com mais precisão e nitidez, o corpo pode agir
sob o impulso da vontade da alma. O esquecimento
absoluto no momento do despertar é um dos sinais
característicos do verdadeiro sonambulismo, visto
que a independência da alma e do corpo é mais
completa do que no sonhos.
30SONAMBULISMO
- É uma independência da alma, mais completa que
no sonho, e nesse caso suas faculdades estão mais
desenvolvidas. Ela tem percepções que não tem no
sonho. No sonambulismo o Espírito é inteiramente
ele mesmo. - Quando os fatos do sonambulismo ocorrem, o
Espírito preocupado por alguma coisa, se entrega
a uma ação qualquer que necessita do corpo, do
qual se serve como a um objeto qualquer.
31SONAMBULISMO
- A lucidez sonambúlica não é outra senão a
faculdade que a alma possui de ver e de sentir
sem o socorro dos órgãos materiais, essa
faculdade é um de seus atributos ela reside em
todo seu ser os órgãos do corpo são os canais
restritos por onde lhe chegam certas percepções. - Visão à distância provém do deslocamento da
alma, que vê o que se passa nos lugares para onde
se transporta
Os fenômenos do
32SONAMBULISMO NATURAL E MAGNÉTICO
- Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem
espontaneamente e são independentes de toda causa
exterior. Mas em algumas pessoas dotadas de uma
organização especial, podem ser provocados pela
ação de um agente magnético. Para o Espiritismo o
sonambulismo é mais um fenômeno psicológico.
33- O Sonho, o sonambulismo e dupla vista, é uma só
coisa. - O que se chama dupla vista é ainda resultado
da libertação_do_Espírito, sem que o corpo seja
adormecido. - A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.
34SEGUNDA VISTA
- A emancipação da alma se dá, às vezes, no estado
de vigília e produz o fenômeno designado Segunda
Vista, que dá àqueles que deles são dotados a
faculdade de ver, de ouvir e de sentir além dos
limites dos nossos sentidos. Eles percebem as
coisas ausentes, por todas as partes onde a alma
estende sua ação as vêem por assim dizer,
através da vista ordinária e como por uma espécie
de miragem.
35- No momento em que o fenômeno da segunda
vista se produz, o estado físico do indivíduo se
acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta
alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a
sua fisionomia reflete uma como exaltação.
Nota-se que os órgãos visuais se conservam
alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão
persistir, mau grado à oclusão dos olhos. - Aos dotados desta faculdade ela se afigura
tão natural, como a que todos temos de ver.
Consideram-na um atributo de seus próprios seres,
que em nada lhes parecem excepcionais. De
ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez
passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez
mais vaga, acaba por desaparecer, como a de
um sonho. -
36- O poder da vista dupla varia, indo desde a
sensação confusa até a percepção clara e nítida
das coisas presentes ou ausentes. - Quando rudimentar, confere a certas pessoas o
tato, a perspicácia, uma certa segurança nos
atos, a que se pode dar o qualificativo de
precisão de golpe de vista moral. - Um pouco desenvolvida, desperta
os pressentimentos. - Mais desenvolvida mostra os acontecimentos
que deram ou estão para dar-se.
37A VISÃO ESPIRITUAL
- Pode se dar através do sono ou do estado de
vigília. - Se manifesta em diferentes graus nos Espíritos
encarnados. - O estado de alma interfere nas percepções
38ESTADO DE VIGILIA
- O CORPO NÃO GOZA JAMAIS COMPLETAMENTE DE SUA
ATIVIDADE NORMAL HÁ SEMPRE UMA CERTA ABSORÇÃO,
UM DESLIGAMENTO MAIS OU MENOS COMPLETO DAS COISAS
TERRESTRES O CORPO NÃO DORME, ELE CAMINHA, AGE,
MAS OS OLHOS OLHAM SEM VER COMPREENDE-SE QUE A
ALMA ESTÁ ALHURES. - VÊ AS COISAS AUSENTES TEM PERCEPÇÕES E SENSAÇÕES
QUE NOS SÃO DESCONHECIDAS ÀS VEZES TEM A
PRECIÊNCIA DE CERTOS ACONTECIMENTOS FUTUROS, VÊ
OS ESPÍRITOS.
39LETARGIA E CATALEPCIA
- A letargia e a catalepcia têm o mesmo
princípio, que é a perda momentânea da
sensibilidade e do movimento por uma causa
fisiológica, ainda inexplicada. Elas diferem em
que, na letargia, a suspensão das forças vitais é
geral e dá ao corpo todas as aparências da morte,
e, na catalepcia ela é localizada e pode afetar
uma parte mais ou menos extensa do corpo, de
maneira a deixar a inteligência livre para se
manifestar, o que não permite confundi-la com a
morte. A letargia é sempre natural a catalepsia
é, algumas vezes, espontânea, mas pode ser
provocada e desfeita artificialmente pela ação
magnética.
40- Letargia, em O Livro dos Espíritos significa em
estado de perda temporária da sensibilidade e do
movimento, em que o corpo parece morto, no qual
os sinais vitais se tornam quase imperceptíveis,
a respiração reduz-se bastante e a pessoa pode
ser tomada como morta.Catalepsia em Kardec é
uma espécie de letargia parcial, que atinge
apenas alguns órgãos do corpo e que pode não
prejudicar a comunicação com o seu portador, que
poderia ter este estado induzido pelo magnetismo
animal (passes, como dizemos hoje).
41ÊXTASE
- 1. Psicol. Estado de alma em que os sentidos se
desprendem das coisas materiais, absorvendo-se no
enlevo e contemplação interior. - 2. No culto grego de Dioniso, estado de
inspiração e entusiasmo religioso.
42ÊXTASE
- Neste estado, todos os pensamentos terrestres
desaparecem para dar lugar ao sentimento
purificado que é a essência mesma de nosso ser
imaterial.Inteiramente nesta contemplação
sublime, o extático não considera a vida senão
uma paragem momentânea.Para ele, os bens e os
males, os prazeres grosseiros e as misérias deste
mundo, não são mais que os incidentes fúteis de
uma viagem da qual está feliz de ver o termo. - É O GRAU MÁXIMO DE EMANCIPAÇÃO DA ALMA.
43- No êxtase, penetra em um mundo
desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os
quais entra em comunicação, sem que, todavia, lhe
seja lícito ultrapassar certos limites, porque,
se os transpusesse, totalmente se partiriam os
laços que o prendem ao corpo. - Cerca-o então resplendente e desusado fulgor,
inebriam-no harmonias que na Terra se
desconhecem, indefinível bem-estar o invade goza
antecipadamente da beatitude celeste e bem se
pode dizer que pousa um pé no limiar da
eternidade. -
44- No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é
quase completo. Fica-lhe somente, pode-se dizer,
a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha
presa unicamente por um fio, que mais um
pequenino esforço quebraria sem remissão. - Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos
terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado,
que constitui a essência mesma do nosso ser
imaterial. Inteiramente entregue a tão sublime
contemplação, o extático encara a vida apenas
como paragem momentânea. - Considera os bens e os males, as alegrias
grosseiras e as misérias deste mundo quais
incidentes fúteis de uma viagem, cujo termo tem a
dita de avistar.
45O sonambulismo, natural ou artificial, o êxtase e
a segunda vista são modificações de uma mesma
causa. Esses fenômenos, da mesma forma que os
sonhos, estão na Natureza e, por isso, existiram
em todos os tempos