Fenomenologia e Existencialismo - PowerPoint PPT Presentation

1 / 49
About This Presentation
Title:

Fenomenologia e Existencialismo

Description:

Title: Fragmenta o da Psicologia Author: Prof. Dr. William B. Gomes Last modified by. Created Date: 7/21/2003 1:28:26 PM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:107
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 50
Provided by: ProfDrW9
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: Fenomenologia e Existencialismo


1
Fenomenologia e Existencialismo
Matrizes Pós-Românticas
  • Aula 29
  • Atenção alunos nossas aulas não contemplaram os
    49 slides (fomos até o slide n16), mas estou de
    qualquer forma os inserindo online como guia de
    leitura para o cap. XI do livro Matrizes...

2
Matrizes Cientificistas Matriz
Matriz Matriz Nomotética Atomicista
Funcionalista e e
e Quantificadora Mecanicista
Organicista
Matrizes Românticas e Pós-Românticas Matriz
Matrizes Matriz Vitalista
Compreensivas Fenomenológica e

e Naturista
Existencialista Bergson
Husserl Historicismo
Estruturalismos Idiográfico
Dilthey Gestalt Antropologia
Linguística
3
Raízes da teoria psicológica contemporânea
(Wolman, cap. X e XI)
  • 1781 Kant
  • Sujeito que percebe / objeto percebido /
  • Conhecimento percepção sensorial formas a
    priori da mente
  • Ciência empírica (psicologia) X ciência da
    verdade absoluta (matemática)
  • Psicologia como referindo-se à moral
  • 1874 Brentano
  • ato
    / conteúdo


  • intencionalidade



    Escola de Marburg Escola de Baden
    (relação com o objeto)
  • 1878 Wundt Cohen /
    Cassirer Windelband e Rickert
  • Psicologia a ciência
    constrói ciências culturais
  • científica a verdade
    ou históricas

  • X

    Dilthey

  • ciências naturais
    mente que percebe
    mente percebida
  • 1894 atos / conteúdos
  • 1900
    Husserl psicologia da
    compreensão ato (experiência mental)
    / conteúdo

  • intencionalidade

  • fenomenologia X psicologia
  • 1924

    Spranger
    Stern

neopositivismo
unidades múltiplas
4
Introdução
  • O problema das ciências da compreensão e da
    interpretação critério de verdade
  • Pergunta Como produzir, identificar, fundamentar
    uma interpretação verdadeira?
  • Fenomenologia e Estruturalismo preocupados com
    RIGOR CIENTÍFICO
  • No estruturalismo o rigor é metodológico
  • Formalização dos conceitos
  • das hipóteses
  • análise
  • Na fenomenologia - preocupação com rigor
    epistemológico
  • Tradição racionalista Descartes, Kant, Dilthey,
    Husserl

5
A fenomenologia e a questão epistemológica
  • Descartes retornou muito rápido do eu penso
    para o mundo natural
  • dúvida metódica - por em suspenso crenças e
    preconceitos
  • evidência - experiência onde as coisas e os fatos
    em questão estão presentes
  • apodítico - ausência de dúvidas (Ziles, 1996. p.
    24)
  • Descartes deixou inexplorado todo o imenso
    continente dos pressupostos transcendentais da
    experiência empírica, cujos aspectos formais
    foram objeto da teoria do conhecimento de Kant
    (Figueiredo p. 173)

6
A fenomenologia e a questão epistemológica
  • Husserl rejeitou as pressuposições de Kant para
    além do pensável, do imaginável e do
    experimentável pela consciência.
  • Ontologia de Husserl evidências para uma ciência
    rigorosa os fenômenos atos da consciência
    intencional, consciência de, e seus respectivos
    objetos imanentes
  • Fenomenologia
  • Ciência descritiva ? dos fenômenos ? através da
    intuição ? por apreensão imediata da coisa mesma

7
Edmund Husserl
  • 1859 Nasce em 8 de abril na Checoslováquia.
  • Estuda matemática em Leipzig, Berlim e
    Viena.
  • 1884 Assiste as aulas de Brentano e interessa- se
    pela filosofia.
  • Vive o restante de sua vida como pensador
    dedicado à fundamentação científica da
    filosofia.
  • 1938 Falece em abril.

8
Edmund Husserl
  • Fenomenologia como estudo puramente descritivo
  • Epochè fenomenológica
  • Fenômenos realidade da consciência essências
    ideiais
  • Intuição eidética meio para alcançar a essênica,
    o universal, em sua natureza absoluta - preenche
    a intenção.
  • Intenção atenção para o simples significado do
    objeto
  • Redução necessária para se chegar à evidência
    apodídica, pois a percepção nunca é uma
    manifestação adequada do objeto espacial.
  • A consciência é intencionalidade.

9
O encontro da fenomenologia com as ciências
humanas
  • A fenomenologia é herdeira da disposição
    iluminista de abolir os preconceitos e as crenças
    mal fundadas.
  • neste sentido é anti-romântica
  • é contrária ao historicismo de Dilthey
  • é contrária a vertente objetivista do iluminismo
    (oposição ao naturalismo)

10
O encontro da fenomenologia com as ciências
humanas
  • Objetivo elucidar estruturas formais (gerais e
    específicas) da experiência
  • A fenomenologia seria a base de todas as ciências
  • Séc. XIX Modelo das ciências naturais
  • Fenomenologia Conhecer o homem
  • Sujeito fonte constitutiva do conhecimento de
    todo objeto de experiência e reflexão

11
As estruturas da consciência transcendental
  • Intencionalidade - (Brentano)

Consciência ATO
Consciência CONTEÚDO
X
Imagem, lembranças, perceptos
Visa a um objeto
  • A consciência não é algo que está dentro de um
    invólucro corporal ou comportamental, é sempre
    consciência de alguma coisa.
  • Mediadora sujeito mundo captação de
    intencionalidade

12
As estruturas da consciência transcendental
  • Temporalidade
  • Consciência é síntese no tempo.
  • Perceber objeto perceber sua identidade ao
    longo de sucessão de imagens.
  • Memória e imaginação
  • Horizonte (as possibilidades)
  • Tarefa da fenomenologia é elucidar significado
    oculto das vivências

13
Os modos da consciência transcendental e as
ontologias regionais
  • Da descrição das estruturas gerais da
    consciência, a fenomenologia deve caminhar para
    estruturas típicas especiais

14
A inflexão romântica na fenomenologia de Max
Scheler (1874-1928)
  • Livro principal é de 1913 Zur Phänomenologie und
    Theorie der Sympathiege Fühle und von Liebe und
    Hass - tradução em inglês A natureza da
    simpatia
  • O tema de interesse de Scheler foi o estudo da
    expressão da emoção. Acreditava que as emoções
    estavam ligadas uma as outras e com os valores de
    seus referentes intencionais.

15
A inflexão romântica na fenomenologia de Max
Scheler (1874-1928)
  • Outros interesses
  • Teoria de ato e pessoa, a pessoa sendo uma
    unidade de atos não sendo portanto objetivável.
  • Filosofia da religião
  • Percepção Toda a percepção de si só se realiza
    quando o que deve ser percebido se transforma em
    tendência expressiva
  • Scheler foi o grande estimulador da fenomenologia
    na psicologia embora não fosse seu melhor
    apresentador. Seu nome aparece mais na literatura
    em psicologia do que o nome de Husserl. Era um
    dos poucos fenomenólogos que acompanhava os
    trabalhos empíricos dos psicólogos.

16
As doutrinas existencialistas
  • Existencialismo tendência ou movimento
    filosófico que enfatiza a existência individual,
    liberdade e escolha, que influenciou diversos
    escritores nos séculos XIX e XX.
  • Conjunto de doutrinas segundo as quais a
    filosofia tem como objetivo a análise e a
    descrição da existência concreta, considerada
    como ato de uma liberdade que se constitui
    afirmando-se e que tem unicamente como gênese ou
    fundamento essa afirmação de si. (Figueiredo, p.
    179)
  • Kierkegaard, Nietzsche, Sartre, Heidegger

17
Soren Aabye Kierkegaard
  • nasceu em 1813 em Copenhague, na Dinamarca.
  • Ficou noivo de Regine Olsen (bela moça de 17
    anos), mas rompeu o noivado para dedicar a vida à
    religiosidade.
  • Morreu em 1855, com 42 anos.
  • Minha vida não será, apesar de tudo, mais do que
    uma existência poética.
  • Poeta, religioso fervoroso, amante das artes,
    especialmente o teatro.
  • Inicialmente segue Hegel, mas não pode aceitar a
    impessoalidade hiper racionalista e a
    religiosidade luterana Hegeliana dos grandes
    sistemas abstratos, distantes da humanidade.

18
Soren Aabye Kierkegaard O homem é sujeito que
escolhe viver...
  • A verdade está na subjetividade e nas escolhas
    éticas do sujeito.
  • O homem é livre. Seu comportamento não é
    determinado.
  • Crucial conhecer as motivações da existência.
  • Conhecimento depende de interpretação, que
    depende de um ato de vontade, que por sua vez, é
    ato decisório de existir.
  • Kierkegaard coloca o homem em evidência.
  • Nasce aqui uma angústia existencial do homem,
    órfão dos grandes sistemas dogmáticos, com a
    possibilidade do vazio.

19
Soren Aabye Kierkegaard Existir é tornar-se
consciente de si (como ser total).
  • Ser total indissolúvel razão, emoções e
    imaginação.
  • Imaginação como criação de valores.
  • Sentimento tão importante quanto o intelecto.
  • Duas existências
  • 1. Estética (auto-satisfação física)
  • 2. Ética (nível das escolhas)
  • Religião superação dos dilemas éticos pela
    entrega da existência a Deus, como fonte da vida
    singular.

20
Soren Aabye Kierkegaard Influências
  • Foi influenciado por Sócrates, Schelling, Eduard
    Von Hartmann, Pascal e Hegel, por oposição.
  • Influenciou o pensamento e a teologia alemã, e
    pensadores como Jaspers.
  • Publicou inúmeras obras, sob vários pseudônimos
    Victor Eremita, Johannes de Silentio, Hilarius
    Bogbinder e Anti-climacus, entre outros.

21
Soren Aabye Kierkegaard
  • Filosofia da existência x racionalismo.
  • Conduta estética x conduta ética - solução
    conduta religiosa.
  • Antecedentes Hegel, Schelling, Marx
  • A idéia da existência - existir é tornar-se
    consciente de si mesmo
  • - o conteúdo da subjetividade é o
    aspecto ético
  • - conhecimento acidental x
    conhecimento essencial
  • Imaginação - capacidade psicológica de produzir
    imagens / fantasia modo criador do homem
  • - liberta o homem das restrições
    impostas pelo ambiente
  • Dialética kierkegaardiana (ruptura) x dialética
    mediadora hegeliana (síntese e sistema)

22
A Psicopatologia de K. Jaspers
  • Método fenomenológico para descrição do
    existente
  • Polêmica entre doença mental como funcional ou
    como orgânica
  • Psicopatologia como doença orgânica foi
    inicialmente defendida por
  • Wilhelm Greisinger (1817-1868) um professor de
    psiquiatria e neurologia na Universidade de
    Berlin. (Hilgard, 1987 e Spiegelberg (1972)
  • Seu principal livro foi de 1845 - Mental
    pathology and therapeutics

23
A Psicopatologia de K. Jaspers
  • A posição de Greisinger foi seguida e expandida
    por Emil Kräpelin (1865-1927) e seu trabalho
    caracterizou-se por uma extensíssima
    classificação de doenças mentais, trabalho
    primeiro publicado em 1883 com 2.500 páginas.
    Preocupado com descrição e diagnose.
  • A perspectiva fundamental de sua classificação é
    somática.
  • Sai Husserl Logische Untersuchungen, 1901
    (Investigações lógicas)
  • O primeira tentativa organizada de apresentar a
    psicopatologia numa linha de psicologia
    descritiva foi em 1912 através da Revista
    Zeitschrift für Pathopsychologie por um grupo em
    torno do psiquiatra de Munique Wilhelm Specht.
  • Karl Jaspers publica Allgemeine Psychopathologie
    em 1913 (Psicopatologia geral)
  • (Vide Spiegelberg, 1972, p. 95)

24
A Psicopatologia de K. Jaspers
  • Destaques
  • a) descrição sistemática do método fenomenológico
  • b) mostrar que a psicopatologia é uma ciência
    natural e uma ciência do espírito
  • Limites da compreensão
  • a) limitado pelo extraconsciente, pelas relações
    causais, impessoais e não vivenciadas que exigem
    leis e teorias explicativas
  • b) limitada pela existência humana, este é um
    limite não só para a compreensão mas também para
    a explicação, vale dizer, para toda a ciência.
  • Figueiredo, Matrizes 180

25
A Psicopatologia de K. Jaspers
  • Jaspers não fundou uma escola. Depois de escrever
    o livro abandonou a psicopatologia e
    concentrou-se na psicologia, que considerava uma
    estação na direção da psicologia foi quando
    tornou-se um defensor do existencialismo
    (Spiegelberg, 1972, p. 97).
  • O homem é possibilidade aberta incompleta e
    incompletável Jaspers citado por Figueredo

26
Analítica e psicanálise existencial
  • Spiegelberg
  • Nos fins da década de 20 a fenomenologia tomou
    novo rumo.
  • Em filosofia este novo rumo veio com o
    lançamento do livro Sein und Zeit (1927) de
    Martin Heidegger.
  • Em psicopatologia o novo rumo veio com o
    lançamento da revista Der Nervenarzt em 1930 com
    o objetivo de divulgar uma antropologia
    fenomenológica. Envolvidos neste empreendimento
    estavam Ludwing Binswanger, Viktor von Gebsattel,
    Erwin Straus.

27
Analítica e psicanálise existencial
  • O papel decisivo de Binswanger foi romper com os
    limites estreitos da fenomenologia de Jaspers,
    que estava confinada a descrição dos fenômenos
    subjetivos isolados característicos dos pacientes
    psicóticos, deixando as conexões entre eles para
    duas diferentes abordagens a compreensão na
    maneira de Dilthey na qual inteligibilidade
    substituia a explanação científica. Binswanger
    não reconhecia estes limites. Para ele não havia
    uma boa razão para proibir a fenomenologia de ir
    além do fenômeno isolado, cujo isolamento era na
    verdade o resultado de fatores artificiais.
    Sugere-se então que se estude a história de vida.
  • Binswanger, influenciado pela filosofia de
    Heidegger, vai dirigir sua antropologia para o
    estudo do Dasein do ser-no-mundo o estudo do ser
    humano em sua inteiridade normal ou anormal. Esta
    foi a nova tarefa da psicopatologia fenomenológica

28
Analítica e psicanálise existencial
  • Critica a psicanálise por simplificar a realidade
    humana. Modifica a ontologia de Heidegger para
    incluir um ser existencial concreto
  • a) num mundo biológico (Unwelt)
  • b) num mundo social (Mitwelt)
  • c) num mundo existencial (Eigenwelt)

29
A Daseinanalyse
  • 1) A história do paciente não é o preenchimento
    de qualquer teoria a priori, mas a descrição de
    um modo de existir
  • 2) A intervenção terapêutica não é a aplicação de
    determinadas técnicas, mas uma trajetória comum
    entre dois seres humanos, que reconstroem juntos
    o processo de afastamento e volta a um mundo
    comum
  • 3) Os sonhos não são tratados como um
    manifestação simbólica do desejo mas como uma
    expressão do ser-no-mundo
  • 4) A prática terapêutica está aberta para
    recursos complementares vindos de diferentes
    orientações.

30
O problema da compreensão nas doutrinas
existencialistas
  • Hermenêutica
  • Sarte metodologia progressivo-regressivo ou
    analítico-sintética ilustrada em análises
    concretas de personalidades históricas e autores
    literários
  • Que é para Sartre compreensão é simplesmente
    um movimento dialético que explica o ato por sua
    significação terminal a partir de suas condições
    de início
  • Problemas visto por Sartre
  • 1) Nas limitações da expressão do projeto
  • 2) Na nossa maneira de compreender o outro
  • Heidegger compreender não é um modo de
    comportamento de comportamento do sujeito entre
    outros, mas um o modo de ser do próprio dasein

31
Se Deus é imortal, o que fazer com a finitude
humana?
  • Husserl resgata a filosofia do meio da aridez dos
    céticos solipsistas e do devaneio dos
    racionalistas afirmação da essência do
    conhecimento.
  • Panorama do início do séc. IX
  • Pensamento natural
  • Resgate da religiosidade
  • Idealismo alemão (Fichte, Schelling e Hegel)
  • Hegel domina a filosofia como o maior dos
    idealistas.

32
Martin Heidegger(1889 1976)
  • O mais independente e sólido pensador da condição
    humana no mundo contemporâneo.
  • Estudou fenomenologia com Husserl
  • 1927 Ser e o Tempo O problema do ser
  • 1933 Primeiro reitor nacional-socialista da
    Universidade de Freiburg
  • 1934 Demite-se por discordar do regime nazista
  • 1976 morre em Freiburg

33
Martin Heidegger Fenomenólogo existencial,
rejeitava o rótulo de existencial e desautorizado
por Husserl como fenomenólogo
  • Quer responder qual a natureza do ser humano?
  • É o ser-no-mundo, como ser que existe no mundo,
    indissolúvel deste.
  • Três dimensões
  • A natureza (existência cotidiana)
  • Os níveis de experiência (consciência de
    motivações para existir)
  • O estado de cuidado do Ser (preocupação ou
    angústia com o nada que leva o ser à
    transcendência das condições que limitam a
    existência)

34
Martin Heidegger As categorias filosóficas são
inúteis
  • Pois se referem às coisas e não ao homem.
  • O homem é sujeito no mundo.
  • E o mundo é experiência do homem.
  • Existência afetividade, compreensão e expressão.
  • A idéia criadora deve ser descoberta e será
    revelada nas condições de abertura do ser para o
    mundo real ou imaginário.

35
Martin Heidegger A imaginação (como
Kierkegaard)...
  • É a propriedade do humano por excelência
  • Que permite ao homem transcender as condições da
    existência cotidiana
  • E desvelar o Ser que livremente escolhe como
    existir.
  • Existência autêntica abertura às possibilidades
    no mundo.
  • Fenomenólogo existencial, assim, descreve os
    diferentes modos de ser no mundo.

36
Martin HeideggerMas o homem não existe só...
  • Ele existe para si (Eigenwelt) consciência de si
  • Ele existe para os outros (Mitwelt) consciência
    das consciências dos outros
  • Ele existe para as entidades que rodeiam os
    indivíduos (Umwelt).
  • Existência se dá no interjogo dessas existências.
  • Mas o Ser deve cuidar-se para não ser tragado
    pelo mundo-dos-outros e isentar-se da
    responsabilidade individual de escolher seu
    existir.

37
A Existência Primitiva
  • Descartes é razão
  • Kierkegaard é existência
  • Martin Buber é o homem na sua totalidade
  • Husserl é o mundo-vida-do-humano
  • Heidegger é o ser-no-mundo

38
Martin HeideggerRefaz a pergunta do filósofo
  • Não é como o ser vive no mundo?
  • Mas sim como o ser experiencia o mundo?
  • O homem vive no mundo tanto quanto os animais,
    plantas e objetos, porém, somente ele experiencia
    o devir, se angustia com os limites do mundo e
    pode responder à pergunta quem sou eu?
  • E, ao responder, ele escolhe existir e forma
    diversas possibilidades, ao contrário dos
    animais, condicionados pelo instinto.

39
Assim, o ser-no-mundo vive numa ambivalência
  • É existência condicionada pelo mundo
  • E também é existência da liberdade absoluta de
    escolha e transcendência (dentro de e junto com o
    mundo).
  • Em Heidegger, dilui-se definitivamente o Eu
    absoluto e abstrato de Hegel, em um Eu que, em
    essência, é ato de existência.
  • Abrem-se perspectivas para a radicalização da
    liberdade (no existencialismo de Sartre), para
    os construcionismos (pensamento social) e
    construtivismos (Piaget, Bronfenbrenner e
    Vygotszky).
  • Essência existência linguagem.

40
Martin Heidegger
  • Não se diz existencialista procura o
    desvendamento do ser em si mesmo
  • Existência humana via de acesso à descoberta do
    ser
  • Aspectos da existência inautêntica do homem
  • - facticidade existencialidade ruína
  • Angústia pode reconduzir o homem ao encontro de
    sua totalidade
  • Transcender atribuir um sentido ao ser
  • Fenomenologia existencial
  • Como o Ser experiencia o mundo
  • - Eigenwelt (mundo pessoal) Mitwelt (mundo das
    pessoas ao redor) Umwelt (mundo das entidades
    que rodeiam os indivíduos)

41
Maurice Merleau-PontyA fenomenologia da
existência torna-se linguagem
  • 1908 Nasce em 4 de março em Rochefort-sur-Mer,
    França
  • 1945 Doutora-se em filosofia com Fenomenologia da
    Percepção
  • Junto com Satre, funda a revista Temps Modernes
  • 1961 Falece em Paris, com 53 anos, vítima de
    embolia.
  • Formou, junto com Sartre, S. de Bouvoir e Paul
    Nizan, a geração existencialista dos anos 40 e
    50.
  • Crítico radical do humanismo, que definia como o
    subjetivismo filosófico (reduz o mundo às idéias
    do eu) e o objetivismo científico (reduz a
    consciência a percepções estéreis).
  • Nesse sentido, propõe a conexão indissolúvel de
    eu e mundo, de sujeito e objeto.

42
Maurice Merleau-Ponty
  • Inicialmente vinculado à fenomenologia
    husserliana - dirige-se à relação corpo
    sensível-mundo sensível
  • Crítica radical do humanismo o subjetivismo
    filosófico e o objetivismo científico
  • Fenomenologia da Percepção - problema da
    separação consciência-mundo
  • idealismo e empirismo científico / empirismo e
    idealismo filosófico
  • Ciência e filosofia devem se questionar
    (sujeito-objeto, fato-essência, real-aparência)
  • Consciência perceptiva / consciência
    representativa
  • corpo/carne reflexividade e visibilidade
  • A linguagem como ato de significar - dimensão
    expressiva

43
Maurice Merleau-PontyO substrato comum de ser e
mundo
  • É a linguagem!
  • O ser não atribui sentido às percepções
  • Mas as percepções só são possíveis
  • Porque o sentido está dado previamente.
  • Não no mundo, mas na linguagem e na atribuição
    que a linguagem reserva ao homem e ao mundo
  • Permitir ao sujeito ultrapassar o significado e
    ser ente significador (significante).
  • Eu significante e eu significado, pelo sentido,
    ultrapassam-se mutuamente, num interjogo que cria
    novos significados.

44
Maurice Merleau-Ponty Corpo, mundo, linguagem e
intersubjetividade encarnada
  • O real transborda sempre a percepção e seus
    sentidos ultrapassam os dados e os conceitos.
  • M.M.Ponty conecta definitivamente o ser e o
    mundo, a essência e a existência, o corpo e a
    mente.
  • Ele estabelece a empiria para as compreensão
    fenomenal humana a linguagem.

45
Fenomenologia existencial o percurso se
completa
  • Husserl junta objetividade e subjetividade na
    idéia da fenomenologia perceber é pensar
    perceber essências.
  • Kierkegaard enfatiza a liberdade, transformando
    essências em existências.
  • Heidegger coloca as existências no mundo.
  • Merleau-Ponty transforma existências em
    linguagem.

46
O problema da compreensão nas doutrinas
existencialistas (Figueiredo, cap. XI)
Início do Romantismo séc. XIX
expressão e interpretação das formas
expressivas

Séc. XX Sartre
Heidegger antropologia existencialista
fundamentação ontológica da

compreensão o homem como
o dasein e o
um criador de signos
círculo hermenêutico
compreender a
conduta compreender é tomar
consciência humana é explicitar
dos preconceitos pessoais que
sua significação
guiam a compreensão

47
Alguns psiquiatras
  • Começam a elaborar a postura fenomenológica para
    proporem uma prática clínica.
  • Entre eles, destacam-se Karl Jaspers (1883-1969)
    e Ludwig Binswanger 1881-1966).
  • Jaspers propõe uma descrição fenomenológica da
    psicopatologia, como distorção perceptiva e
    preocupa-se com a falta de cientificidade na
    psiquiatria.

48
Binswanger
  • Faz pontes com as fenomenologias de Husserl e de
    Heidegger com Freud.
  • Propõe a daseinsanalyse, cujo objetivo é
    incentivar uma postura de abertura do indivíduo
    para o mundo, ajudar na busca de sentidos através
    do ser-no-mundo.
  • Apesar de haver núcleos de terapeutas trabalhando
    com a daseinsanalyse, especialmente com a
    perspectativa heideggeriana, ambas fracassam.
  • Nenhuma das terapias fenomenológicas se impõe
    como prática clínica estabelecida.

49
Influência da pensamento fenomenológico
  • Várias psicoterapias
  • Psicanálise freudiana descrição de processos
    psicológicos e associação destes com circuitos
    neuroquímicos (Freud assistiu aulas de Brentano).
  • Gestalt-terapia com base na teoria da Gestalt,
    trabalha a percepção de si e do mundo.
  • Terapias humanistasLogoterapia de Viktor Frankl
    e A.C.P. de Carl Rogers.
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com