Title: Avalia
1Avaliação de riscos e aspectos comerciais da
comercialização de milho GM
Eduardo Romano MSc Genética PhD Biologia
Molecular
2Cultivo de variedades GM teve uma rápida expansão
no mundo
3Mas basicamente concentrada em poucos países
4A adoção de cultivo GM está relacionada a
importância da agricultura para a economia, e
geração de empregos de cada país
- Brasil - o agronegócio brasileiro é responsável
por mais de um terço do PIB nacional, 37 dos
empregos gerados no país e 41 das exportações
(MAPA 2004). - Em contrapartida a média dos subsídios ao setor
agrícola praticados pelos países da União
Européia corresponde a 34 da receita bruta do
setor enquanto no Brasil é apenas 3 (OECD,
2005). - No Brasil o agronegócio tem um papel importante
no desenvolvimento econômico e inclusão social
financiando o Estado - Na UE o estado financia o setor agrícola através
de subsídios
5A importância econômica e social da agricultura
influencia na adoção de tecnologias agrícolas e
nos processos regulatórios de produtos GM
- Legislação européia Diretiva 2001/18 EC faz
uma distinção entre produtos alimentares GM - Produtos GM agrícolas (EUA, Brasil, Argentina,
Canadá) são mais regulados e devem ser rotulados - Produtos GM (europeus) - queijos, vinhos e
cervejas - (reconhecidamente importantes para a
economia do bloco europeu) são menos regulados e
não necessitam ser rotulados
6Alimentos produzidos com microorganismos GM ou
enzimas recombinantes
- Queijos (quimosina recombinante)
- Iogurtes
- Bactérias GM vivas
- Vinhos
- levedura GM
- Cervejas
- levedura GM
7Enzimas GM produzidas por microorganismos GM para
a indústria de alimentos
8Avaliação de riscos de alimentos GM
- Todos os produtos antes de serem comercializados
passam por rígidas análises de biossegurança que
seguem diretrizes internacionais definidas pela
FAO e a OMS - Desde 1990 a OMS e a FAO organizam workshops de
especialistas onde são definidos os processos de
avaliação de riscos e sistematicamente estes
processos são avaliados - Em 2006 em workshop da FAO/ OMS foram
re-avaliados os processos de avaliação de riscos
adotados comercialmente onde foi utilizado como
estudo de caso o evento de milho MON810 - Conclusão os processos de avaliação de riscos
utilizados são adequados e que o modelo de estudo
(MON810) é tão seguro quanto as variedades
convencionais (OMS, 2006) - Todos os produtos agrícolas GM passaram por
rígidas avaliações de risco e são considerados
tão seguros quanto as variedades equivalentes
convencionais (FAO/OMS, 2002,2003,2004)
9Análises de biossegurança ambiental
- Existem diretrizes ao invés de protocolos
- Para responder a perguntas caso-a-caso que
combinam a característica, cultura e o ambiente - tolerância herbicida - resistência a insetos
- autógoma alógama
- existência de genótipos silvestres sexualmente
compatíveis - Estudos específicos para cada país
- Estudo específico ? estudo em campo
-
10Análises de biossegurança ambiental
- Diretrizes são utilizadas para responder a
perguntas a respeito de - Fluxo gênico
- Impacto sobre organismos não alvo
- os organismos avaliados são definidos por
princípios científicos por exemplo proteína Cry
(inseticida) é avaliada contra insetos não alvo - Aumento de competição e invasibilidade
- São realizados estudos teóricos e/ou
experimentais para determinar se - a variedade GM demonstra estas características
-
11Fluxo gênico milho Introgressão e co-existência
- Fluxo gênico é um fenômeno natural que sempre
ocorreu com milho (polinização cruzada) e
Introgressão gênica pode levar a redução de
variabilidade genética - A questão tem sido muito debatida desde a
publicação de introgressão genética de transgenes
em landraces de milho no México pela revista
Nature (Nature 414, 541543 (2001) - Posteriormente houve artigos, no mesmo periódico,
demonstrando que os dados anteriores eram
artefatos e portanto contestando as conclusões de
que houve introgressão de transgenes em landraces
de milho (Nature 416, 600 (2002). - Os novos artigos levaram a revista Nature à uma
retratação, na qual os editores concluem que não
havia evidências para afirmar que houve
introgressão de transgenes (Editorial Nature 416,
600 (2002).
12Fluxo gênico milho Introgressão e co-existência
- Até o momento não existem evidências científicas
de introgressão de transgenes de milho em plantas
silvestres (Nature Reviews Genetics 4, 806-817
(2003). - Uma série de estudos posteriores avaliando a
mesma região estudada demonstra que não ocorreu
introgressão de transgenes em landraces de milho
e nem ao menos hibridação (presença de
transgenes) foi detectada (PNAS, 2005)
13Introgressão fenômeno barreiras naturais
- Indivíduos devem ser sexualmente compatíveis
- haver sobreposição dos períodos de floração
- híbridos devem ser férteis
- transgene conferir vantagem seletiva superior as
desvantagens conferidas pelos alelos que estão
geneticamente ligados ao transgene - Vantagem adaptativa do híbrido deve ser superior
ao genótipo silvestre (Nature Reviews Genetics 4,
806-817 (2003). - Não é esperado que o cultivo de milho GM aumente
a introgressão que já vem ocorrendo a partir de
milho convencional - Conclusão não é esperado que a adoção de milho
GM no Brasil traga novos riscos relacionados ao
fluxo gênico além dos já existentes pela adoção
do milho cultivado convencional.
14Fluxo gênico co-existência
- Co-existência direito dos agricultores de optar
por cultivos possuem de cultivar GM,
convencionais ou orgânicos (European Commission,
2006). - não é uma questão de biossegurança mas sim de
ordem comercial - Questão equacionada
- Força tarefa organizada pela comissão européia em
2006 reuniu grupos de especialistas que avaliaram
estudos conduzidos durante 8 anos e os dados
foram compilados no relatório Technical Report
EUR 22102 EN. New case studies on the coexistence
of GM and non-GM crops in European agriculture. - Estudos baseados em campos de milho GM e
convencionais plantados em campos adjacentes na
Europa - Foi utilizado PCR em tempo real para determinação
da freqüência de polinização cruzada
15Fluxo gênico co-existência (European
Commission, 2006)
- O estudo fornece uma tabela de decisão que
funciona como uma ferramenta para selecionar
medidas de co-existência em milho - combina várias possibilidades de distanciamento e
diferença na época de plantio para manutenção de
presença adventícia em diferentes percentagens - Conclusão a co-existência de milho GM e
convencional é perfeitamente possível com poucas
ou nenhumas mudanças nas práticas agrícolas
(European Commission, 2006).
16Impacto sobre organismos não alvo (algodão Bt nos
EUA)
Fonte FAO 2004
17Avaliação de riscos milho GM - conclusões
- Biosegurança alimentar
- os eventos apreciados foram sujeitos a avaliação
de riscos por metodologias reconhecidas pela
FAO/OMS e são considerados tão seguros quanto as
variedades equivalentes convencionais - Biosegurança ambiental
- Introgresão a literatura demonstra que o risco
de ocorrência de introgressão não é superior ao
já causado pelo cultivo de variedades
convencionais - Co-existência co-existência de milho GM e
convencional é perfeitamente possível com medidas
agrícolas de distanciamento e época de plantio - Impacto a insetos não alvo uma série de estudos
tem demonstrado que as plantas Bt (milho algodão,
etc.) tem um impacto significativamente reduzido
a organismos não alvo em relação as culturas
convencionais
18Avaliação de riscos milho GM - conclusões
- FAO
- OMS
- EPA
- Royal Society
- Academia de Ciências do Brasil
- Academia de Ciências do terceiro mundo
- Academia de Ciências do México
- Academia de Ciências dos EUA
- Academia de Ciências da Itália
- Academia de Ciências do Canadá
19Avaliações de risco - FAO 2004
- De acordo com o FAO análises de biossegurança
são essenciais mas não devem ser excessivas ou
duplicativas. Caso contrário somente grandes
empresas particulares desenvolverão OGMs,
excluindo a participação do setor público deste
processo. (FAO, 2004). - Portanto as análises de biossegurança devem se
restringir aquelas que são essenciais para
determinar se uma variedade GM é segura ou não.
20Obrigado pela atenção
Eduardo Romano romano_at_cenargen.embrapa.br