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A import

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A import ncia do diagn stico cl nico Autores: Bruno Freitas Lage (Estagi rio do CIAT-BH) D lio Campolina (Coordenador do CIAT-BH) Franciele Antonieta Bianchi ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: A import


1
A importância do diagnóstico clínico
  • Autores
  • Bruno Freitas Lage (Estagiário do CIAT-BH)
  • Délio Campolina (Coordenador do CIAT-BH)
  • Franciele Antonieta Bianchi Leidenz (Monitora do
    CIAT-BH)
  • Luciana Giarolla de Matos (Residente de
    Pediatria da FHEMIG)
  • Mariana Machado Lessa (Plantonista do CIAT-BH)
  • Solange de Lourdes Silva Magalhães (Plantonista
    do CIAT-BH)

2
Identificação
  • H. M. R.
  • Sexo masculino
  • 35 anos
  • Negro
  • Operador de máquinas
  • Casado
  • 3 filhos
  • Natural de Goiás
  • Morador de Perdigão (MG)
  • Sem relato de comorbidades

3
Anamnese
  • 05/09/2010 (evento)
  • Esbarra cotovelo direito em buraco ao passar
    debaixo de cerca
  • Queixa dor local
  • Observa-se edema, hiperemia e escoriações
  • 05/09/2010 (1h após evento)
  • Agravamento da dor e edema locais
  • Surgimento de parestesia em MSD
  • Levado ao PS da cidade A

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Anamnese
  • 05/09/2010 (2h após evento) - PA da cidade A
  • Atendido pela Ortopedia
  • RX cotovelo D Sem alterações - Alta da Ortopedia
  • Piora de parestesias, início de mialgia, rigidez
    de MMSS e MMII e dificuldade para abrir os olhos
  • Procura atendimento no setor de CLM
  • 05/09/2010 (5h após o evento) - PA da cidade
    A
  • Atendido pela CLM, já sem conseguir deambular
  • Foram solicitados exames de sangue e de urina
  • Não tem diurese para colheita do material
  • Prescrição de soroterapia e analgesia observação
  • Piora progressiva dos sintomas

5
Anamnese
  • 06/09/2010 (17h após o evento) - PA da cidade
    A
  • Reavaliação pela CLM
  • Questionado sobre etilismo Confirma ingestão
    leve a moderada no dia anterior
  • Exames revelam problema no rim Sugerido
    acompanhamento ambulatorial
  • Alta hospitalar com diagnóstico de libação
    alcoólica
  • Carregado por familiares até veículo próprio,
    para domicílio
  • 06/09/2010 (18h após o evento) Em casa
  • Taquidispnéia, tremores finos de MMSS e abdome,
    sudorese fria e calor e dor intensa por todo o
    corpo
  • Acionado SAMU, que o leva ao PS da cidade B

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Anamnese
  • 06/09/2010 (19h após evento) PS cidade B
  • Diagnóstico de erisipela MSD Benzetacil
  • Solicitada nova Revisão Laboratorial
  • Dificuldade de puncionar acesso venoso
  • 07/09/2010 (35h após evento) PS cidade B
  • Reavaliação clínica e cobrança de exames
    laboratoriais
  • Agravamento do quadro clínico
  • Mialgia e fraqueza intensas
  • Parestesias
  • Dor, edema e eritema no MSD
  • Desconforto respiratório
  • Oligoanúria, passada SVD drenagem de 200mL urina
    escura
  • Estabilidade hemodinâmica

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Anamnese
  • 07/09/2010 (37h após evento) PS cidade B
  • Realizado contato com CIAT-BH
  • Discussão do caso
  • História do paciente
  • Exame físico Prostrado, dificuldade de abrir os
    olhos, edema e eritema acentuados de MSD,
    equimoses MMSS, crepitações pulmonares bibasais,
    dispnéia, mantém estabilidade hemodinâmica
  • RX tórax evidencia EAP
  • Exames de sangue alterados
  • Orientações
  • Autorizada a transferência para HPSJXXIII

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Discussão
  • Quais as principais HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS?????
  • Quais EXAMES COMPLEMENTARES ajudariam corroborar
    a hipótese diagnóstica?????

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Evolução
  • 07/09/2010 (40h após evento) PS cidade B
  • Novo contato com CIAT-BH e médica informa
    resultados
  • Corroborada hipótese de acidente crotálico grave,
    indicada soroterapia com 20 ampolas e, em
    seguida, transferência para HPSJXXIII.
  • CK gt3000 CKMB 30
  • PCRlt6
  • U 115 Cr 7,7
  • TTPa imensurável RNI gt10 Plaquetas 295000
  • AST gt3600 ALT gt2960 GGT 18 FA 58
    amilase 186
  • Ca2 9,34 Na 125 K 7,6 Cl- 86

EAS pH10, cor âmbar, proteínas ausentes,
glicose , Hb , raros leucócitos, hemácias
3/campo, células epiteliais 3/campo, flora normal.
10
Evolução
  • 07/09/2010 (42h após evento) Transferência
    da cidade B ao HPSJXXIII, que durou cerca de 1
    hora e meia
  • - Paciente inicia quadro de torpor e
    dificuldade respiratória nos últimos vinte
    minutos do percurso
  • - Sirene é ligada e oferta de O2
    aumentada por meio de máscara de Venturi 10L/min
  • - Administrados manitol, furosemida e
    solução polarizante?

11
Evolução
  • Admissão no HPSJXXIII
  • Paciente agônico, torporoso, satO2 52 em uso de
    O2 por máscara facial 10L/min.
  • Esforço respiratório, roncos e crepitações
    difusas mais audíveis HTXE.
  • FC 120bpm.
  • Conduta
  • IOT após sedação com midazolan, fentanil e
    pancurônico.
  • Furosemida 3 ampolas.
  • Gluconato de cálcio e solução polarizante devido
    a arritmia cardíaca compatível com hipercalemia
    ao ECG.
  • Acionado serviço de nefrologia/hemodiálise do
    hospital.
  • Paciente transferido para CTI.

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Evolução
13
Evolução
14
Evolução
15
Evolução
Cotovelo D
Edema e equimose em todo MSD
16
Evolução CTI do HPSJXXIII
  • Internação por 7 dias devido a anúria, realizando
    hemodiálise diária.
  • VM por 3 dias com parâmetros respiratórios modo
    IPPV, VC500, FiO2 40, PEEP 5, FR 18irpm e
    SatO2100. Extubação com sucesso.
  • Apresentou sangramento limitado em gengiva e em
    local do acesso venoso central, além de equimoses
    em MSE no 1dia de IH.
  • Recebeu dieta Standart 30 ml/h por SNE por 3
    dias, depois disso, iniciou dieta via oral com
    aceitação limitada durante toda a internação.
  •  
  • Exames laboratoriais da internação no CTI
  • Glicemia 172
  • CK 121901 CKMB 20999 Tr 0,35
  • U 144 Cr 8,0
  • TTPa 42,8 RNI 2,45 AP 33 Plaq
    285000 AST gt 3600 ALT 2305 GGT 38 FA 98
    Amilase 186
  • Na 129 K 7,8 Cl- 96
  • Ca2 5,0 Mg2 2,4
  • Hm 4,92 Hb 15,7 Ht 44,7
  • GB 31900 (B3/S85/L3/M9)

17
Evolução
  • Alta para enfermaria com 7 dias de internação
    hospitalar no HPSJXXIII
  • Exames laboratoriais da alta do CTI (13/09/2010)
  • Na enfermaria do HPSJXXIII
  • - Diurese espontânea no 8 DIH, progressivo
    aumento com o uso de
  • furosemida
  • - Continuou com hemodiálise ambulatorial a cada
    3/3 dias
  • - Alta hospitalar no 18 dia de IH para
    prosseguir com hemodiálise
  • ambulatorial em sua cidade
  • Glicemia 99 CK 4309
  • U 123 Cr 6,4
  • TTPa 39,3 RNI 1,0 AP 100
  • Plaquetas 198000 AST 366 ALT 605
  • Na 136 K 3,9 Cl- 98 Ca2 5,0
  • Mg2 2,4
  • Hb 7,3 Ht 20,8
  • GB 8400 (B7,5/S33/L12/M4)

18
Evolução
  • Exames laboratoriais da alta hospitalar (25/09)
  • Último contato com o paciente
  • Não estava mais em regime de hemodiálise e
    dosagem de Cr 4,0 (sic).
  • Refere dor intensa em região de veia femoral E,
    local do primeiro acesso venoso para hemodiálise,
    impossibilitando-o de se locomover sem ajuda de
    muletas - Lesão do feixe neuronal??

Glicemia 89 CK 247 U 149 Cr 13 TTPa
39,5 RNI 1,0 AP 83 Plaquetas 379000
AST 26 ALT 113 Na 132 K 3,7 Cl- 96
Ca2 5,0 Mg2 1,9 Hb
6,8 Ht 20,7 GB 6600 (B8/S54/L20/E8/M10)
Proteínas Totais 6,1 Albumina 2,4
Globinas 3,7
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Epidemiologia
  • De acordo com o GlobalSnakebite Initiative
  • Quase 5 milhões de pessoas são vítimas de
    acidentes com serpentes
  • Ferimentos graves em 2,7 milhões
  • Mortalidade 125 mil pessoas/ano
  • Em 2009, no Brasil
  • 27.655 casos registrados de ofidismo
  • Incidência 14,4 casos/100 mil habitantes
  • Letalidade de 0,45
  • Gêneros de serpentes responsáveis pelas maiores
    letalidades foram
  • Crotalus (cascavéis, 1,25)
  • Micrurus (corais-verdadeiras, 1,02)
  • Lachesis (pico-de-jaca,0,7)
  • Bothrops (jararacas, 0,35).

20
Epidemiologia
Distribuição dos casos e óbitos por ofidismo,
segundo município de ocorrência. Brasi, 2008
  • Fonte Sinan/SVS/MS

21
Epidemiologia
22
Fisiopatologia
  • Veneno possui componentes complexos, enzimas,
    toxinas, peptídeos.
  • Identificadas algumas toxinas, como
  • Crotamina
  • Crotoxina (participa em 50 na composição
    protéica do veneno )
  • Giroxina
  • Convulsina
  • Crotapotina
  • Fosfolipase A2

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Fisiopatologia
  • A ação da peçonha é multifatorial, sendo dividida
    em três principais
  • Neurotóxica
  • Crotoxina ? junções pré-sinápticas ? inibe
    liberação de acetilcolina ? bloqueio
    neuromuscular ? paralisia motora e/ou
    respiratória.
  • Convulsina e Giroxina ? convulsões, alterações
    circulatórias e respiratórias.
  • Ação miotóxica
  • Crotamina e Crotoxina ? lesões fibras musculares
    esqueléticas do tipo I ? rabdomiólise intensa ?
    mioglobinúria ? IRA (também por ação local do
    veneno no rim e por hipoperfusão renal)
  • Ação coagulante
  • Trombina- símile ? fibrinogênio ? fibrina

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Manifestações clínicas
  • Sem alterações locais
  • Parestesia
  • Fácies neurotóxica
  • Hepatite reacional
  • Urina escura, oligúria, anúria
  • Insuficiência respiratória
  • Mialgia intensa
  • Diminuição do nível de
  • consciência
  • Convulsões

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Hepatotoxicidade do veneno crotálico
  • Alta afinidade pelo tecido hepático
  • Extensão variável das lesões
  • Infiltrado inflamatório, congestão, espessamento
    dos capilares sinusóides, necrose tecidual e
    esteatose não-alcoólica
  • Dano direto ou ação de citocinas
  • Aumento de TGO, TGP e FA
  • Sem alterações de bilirrubinas
  • BARTOLIN (2005) demonstrou que o soro
    anticrotálico não impede a instalação da
    hepatotoxicidade nem promove a regressão do
    processo lesivo hepático

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Conclusão
  • A morbimortalidade dos acidentes crotálicos é a
    maior dentre os acidentes ofídicos, sendo o
    diagnóstico e a terapêutica imediatos de extrema
    importância para a boa evolução das vítimas.
  • No caso apresentado, constata-se que houve atraso
    diagnóstico devido à ausência de relato de
    contato com o animal, evidenciando o despreparo
    médico no reconhecimento da sintomatologia
    crotálica.

27
Referências bibliográficas
  • David A Warrell, A D Williams, D. Global Snake
    bite Initiative - A Project of the International
    Society on Toxinology. Disponível em
    www.snakebiteinitiative.org
  • ANDRADE FILHO, Adebal de CAMPOLINA, Délio DIAS,
    Mariana Borges. Toxicologia na prática clínica.
    Belo Horizonte Folium, 2001. 351 p.
  • TEIXEIRA, Gustavo Neves. Caracterização da
    hepatotoxicidade produzida pelo veneno da
    cascavel na região do Vale do Paraíba em fígado
    de ratos Wistar / Gustavo Neves Teixeira. São
    José dos Campos UniVap, 2003. 58p.
  • BARTOLIN, Karina. Estudo da atividade do soro
    anticrotálico na hepatotoxicidade produzida pelo
    veneno de Crotalus Dirussis terrificus / Karina
    Bartolin. São José dos Campos UniVap, 2005.
    123p.
  • FLORIANO, Rafael Stuani. Estudo clínico e
    laboratorial da intoxicação experimental pelo
    veneno de serpente Crotalus Dirussis terrificus
    em ratos Wistar tratados com soro antiofídico e
    Mikania Glomerata / Rafael Stuani Floriano.
    Presidente Prudente s.n., 2008. 43f.
  • ELKHOURY, A N S M Romano, A P Dantas, A P C
    et. al. Boletim Eletrônico Epidemiológico
    SVS/MS, Ano 10, n 2. Abril 2010. Disponível em
    www.saude.gov.br/svs.
  • PARDAL, Pedro Pereira de Oliveira et al .
    Acidente por cascavel (Crotalus sp) em Ponta de
    Pedras, Ilha do Marajó, Pará - Relato de caso.
    Rev. Para. Med.,  Belém,  v. 21,  n. 3, set. 
    2007 . Disponível em lthttp//scielo.iec.pa.gov.br/
    scielo.php?scriptsci_arttextpidS0101-5907200700
    0300012lngptnrmisogt. acessos em  04  nov. 
    2010.

28
OBRIGADA!
0800-722-6001 (31) 3224-4000 (31) 3224-4400
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