Perif

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Title: Perif


1
Periféricos e Interfaces
2
  • Dispositivos de Multimídia
  • gravação CD, DVD e BLUE-RAY.
  • visualização CRT e LCD

3
Multimídia
  • Multimídia é a combinação, controlada por
    computador, de pelo menos um tipo de mídia
    estático (texto, fotografia, gráfico), com pelo
    menos um tipo de mídia dinâmico (vídeo, áudio,
    animação)( Chapman Chapman 2000 e Fluckiger
    1995).
  • Mais de um sentido humano está envolvido no
    processo, fato que pode exigir a utilização de
    meios de comunicação que, até há pouco tempo,
    raramente eram empregados de maneira coordenada,
    a saber
  • Som (voz humana, música, efeitos especiais)
  • Fotografia (imagem estática)
  • Vídeo (imagens em pleno movimento )
  • Animação (desenho animado)
  • Gráficos
  • Textos (incluindo números, tabelas, etc.)

4
CDs
  • A primeira geração de discos ópticos foi
    inventada pela Philips, para filmes e tinha 30 cm
    de diâmetro.
  • Em 1980, a Philips junto com a Sony desenvolveu o
    CD (Compact Disc), que substituiu os discos de
    vinil de 33 1/3 rpm de música.
  • Os dados técnicos dos CDs foram publicados no
    Padrão Internacional IS10149, popularmente
    conhecido como Red Book.
  • Todos os CDs tem 120 mm de diâmetro e 1,2 mm de
    espessura, com um orifício de 15 mm no centro.

5
  • Um CD é preparado com a utilização de um laser
    infravermelho de alta potência para queimar
    orifícios de 0,8 micron de diâmetro em um disco
    mestre revestido de vidro.
  • Com base no disco mestre é fabricado um molde,
    com saliências onde estavam os orifícios de
    laser.
  • Então, injeta-se policarbonato fundido nesse
    molde para formar um CD com o mesmo padrão de
    orifícios do disco como no disco mestre revestido
    de vidro.
  • Em seguida é depositada uma fina camada de
    alumínio refletivo sobre o policarbonato, coberta
    por um verniz de proteção e finalmente pela
    etiqueta.
  • As marcas no substrato de policarbonato são
    denominadas depressões (pits) e as áreas entre
    elas são denominadas planos (lands).

6
  • Quando um disco é tocado, um diodo a laser de
    baixa potência emite luz infravermelha de
    comprimento de onda 0,78 micron sobre as
    depressões e planos.
  • O laser está do lado do policarbonato, portanto
    as depressões estão invertidas na direção do
    laser e aparecem como saliências sobre a
    superfície.
  • Como as saliências têm uma altura de um quarto do
    comprimento de onda l da luz do laser, a luz que
    reflete das saliências tem uma defasagem de meio
    comprimento de onda em relação à luz que se
    reflete das superfícies que a circundam.
  • O resultado é que as duas partes interferem uma
    com a outra de modo destrutivo e as saliências
    devolvem menos luz ao fotodetector do que a luz
    que se reflete do plano.

7
  • As depressões e planos são escritos numa única
    espiral que começa perto do orifício central e
    continua por uma distância de 32 mm em direção à
    borda. A espiral faz 22.188 revoluções ao redor
    do disco.
  • Se fosse desenrolada, teria 5,6 km de comprimento.

8
  • Para fazer com que a música seja tocada a uma
    taxa uniforme, é preciso que as depressões e os
    planos passem sob a luz a uma velocidade linear
    constante.
  • Por conseqüência a taxa de rotação do CD deve ser
    continuamente reduzida à medida que o cabeçote de
    leitura se move da parte interna para a parte
    externa do CD.
  • Na parte interna, a taxa é de 530 rpm para
    conseguir a taxa de reprodução de 120 cm/s.
  • Na parte mais externa, deve cair para 200 rpm
    para dar a mesma taxa de reprodução.
  • Um drive de velocidade linear constante é
    diferente de um drive de disco magnético, que
    funciona a uma velocidade de rotação constante.

DISCO MAGNÉTICO ROTAÇÃO CONSTANTE 15.000 rpm
CD
ROTAÇÃO VARIÁVEL
9
CD-ROMs
  • Em 1984 a Philips e a Sony definiram o padrão
    para os CD-ROMs, e publicaram o Yellow Book com a
    sua descrição.
  • Os CD-ROMs podem armazenar qualquer tipo de
    conteúdo, desde dados genéricos, video e áudio,
    ou mesmo conteúdo misto. Os leitores de áudio
    normais, só podem interpretar um CD-ROM, caso
    este contenha áudio.
  • Os CD-ROMs eram do mesmo tamanho dos CDs de áudio
    e compatíveis na mecânica e óptica, e produzidos
    usando as mesmas máquinas de moldagem por
    injeção.
  • O Yellow Book definiu a formatação dos dados. O
    formato básico de um CD-ROM consiste em codificar
    cada byte em um símbolo de 14 bits.
  • Como visto antes, 14 bits são suficientes para
    codificar com Hamming um byte de 8 bits e ainda
    sobram 2.
  • É usado então um sistema de codificação mais
    poderoso, sendo feito o mapeamento, de 14 para 8,
    por consulta de tabela.

10
Número de bits de redundância para um código de
correção de um erro simples
11
  • Um grupo de 42 símbolos consecutivos forma um
    quadro de 588 bits. Cada quadro contem 192 bits
    de dados (24 bytes). Os restantes 396 bits são
    usados para correção e controle de erro.
  • Cada setor do CD-ROM começa com um preâmbulo de
    16 bytes, sendo os 12 primeiros
    00FFFFFFFFFFFFFFFFFFFF00 (hexadecimal), os 3
    bytes seguintes contêm o número do setor. O
    último byte é o modo.

12

SETOR
Nota-se correção de erro nos três níveis SETOR,
QUADRO e SIMBOLO
13
  • O Yellow Book define dois modos
  • O modo 1 usa o lay-out , com o preâmbulo de 16
    bytes, 2048 bytes de dados e um código de
    correção de erro de 288 bytes ( um código de
    correção de erros múltiplos denominado
    Reed-Solomon).
  • O modo 2 combina os dados e os campos ECC em um
    campo de dados de 2336 bytes para aplicações que
    não precisam de correção de erro como áudio e
    vídeo.
  • Nota-se que são usados 3 esquemas de correção de
    erros dentro de um símbolo, dentro de um quadro
    e dentro de um setor de CD-ROM.
  • O preço pago pela confiabilidade é de 98 quadros
    de 588 bits (7203 bytes) para transportar uma
    carga útil de 2048 bytes, com eficiência de
    apenas 28.

14
  • Drives de CD-ROM de velocidade 1x operam a 75
    setores/s, dando uma taxa de dados de 153.600
    bytes/s no modo 1 e 175.200 bytes/s no modo 2.
  • Drives de velocidade 2x são duas vezes mais
    rápidos e assim por diante.
  • Um CD de áudio tem espaço para 74 minutos de
    música que, se usado para dados do modo 1, dá uma
    capacidade de 681.984.000 bytes. Esse número
    costuma ser informado como 650 MB.
  • Nota-se que um drive de CD-ROM 32x (4.915.200
    bytes/s) não é páreo para o drive de disco
    magnético Fast SCSI-2 a 10 MB/s.
  • O tempo de busca de um CD-ROM é muitas vezes de
    várias centenas de milisegundos, enquanto que
    para discos magnéticos é da ordem de alguns
    milisegundos.

15
(No Transcript)
16
  • Em 1986 a Philips lançou o Green Book
    acrescentando recursos gráficos e a capacidade de
    se intercalar áudio, vídeo e dados no mesmo
    setor, uma característica essencial para CD-ROMs
    multimídia.
  • A última peça do quebra-cabeças do CD-ROM é o
    sistema de arquivos. Para possibilitar o uso do
    mesmo CD-ROM em diferentes computadores, os
    fabricantes de computadores se reuniram em Lake
    Tahoe nas High Sierras da fronteira da
    Califórnia-Nevada e propuseram um sistema de
    arquivos denominado High Sierra (padrão IS 9660).

17
Sistema de arquivos High Sierra
  • Sistema de arquivos High Sierra tem 3 níveis
  • O nível 1 usa nomes de arquivo de até 8
    caracteres seguidos ou não de uma extensão de até
    3 caracteres.
  • Nomes de arquivos só podem conter letras
    maiúsculas, dígitos e o grifo.
  • Diretórios podem ser aninhados até 8, mas nomes
    de diretórios não podem conter extensões.
  • O nível 1 requer que todos os arquivos sejam
    contíguos, o que não é problema para um meio que
    é escrito apenas uma vez.
  • Qualquer CD-ROM que obedeça o IS 9660 nível 1
    pode ser lido por qualquer computador.
  • O IS 9660 nível 2 permite nomes de até 32
    caracteres e o nível 3 arquivos não contíguos.
    Mas, os CD-ROMs que não obedecem ao nível 1 não
    podem ser lidos em todos os computadores.

18
CD-Rs (Recordables)
  • Os CD-ROMs são diferentes dos discos magnéticos
    pois, uma vez gravados, não podem ser apagados.
  • Quanto ao aspecto físico, os CD-Rs começaram com
    discos em branco de policarbonato de 120 mm de
    diâmetro que são como CD-ROMs, exceto por
    conterem um sulco de 0,6 mm de largura para guiar
    o laser durante a escrita.
  • O sulco tem um desvio senoidal de 0,3 mm a uma
    freqüência de 22,05 KHz para prover
    realimentação contínua de modo que a rotação
    possa ser monitorada e ajustada com precisão.

19
  • Os primeiros CD-Rs tinham a superfície superior
    dourada ao invés de prateada. A cor dourada vinha
    do uso de ouro em vez de alumínio na camada
    refletiva.
  • Diferente dos CDs prateados que continham
    depressões físicas, nos CD-Rs as diferentes
    refletividades das depressões e planos têm de ser
    simuladas. Isso é feito adicionando uma camada de
    corante entre o policarbonato e a superfície
    refletiva.

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  • Os corantes podem ser cianina, verde e
    ftalocianina, amarelo.
  • Esses corantes são semelhantes aos usados em
    fotografia, o que explica por que a Kodak e a
    Fuji são grandes fabricantes de CD-Rs.
  • Com o tempo, a camada refletiva dourada foi
    substituída por uma camada de alumínio.
  • Em seu estágio inicial, a camada de corante é
    transparente e permite que a luz do laser que a
    atravessa seja refletida pela camada refletiva.

21
Processo de gravação de CD-Rs
  • Para gravar, o laser CD-R é ligado em alta
    potência (8 a 16 mW). Quando o feixe atinge uma
    porção do corante ele o aquece e rompe a ligação
    química. Essa alteração da estrutura molecular
    cria um ponto escuro.
  • Quando o CD-R é lido (a 0,5 mW), o fotodetector
    vê a diferença entre os pontos escuros onde o
    corante foi atingido e as áreas transparentes
    onde o disco está intacto. Essa diferença é
    interpretada como a diferença entre depressões e
    planos.
  • O Orange Book, publicado em 1989, define um CD-R
    e também um novo formato, o CD-ROM XA, que
    permite que os CD-Rs sejam gravados por
    incrementos, alguns setores hoje, outros amanhã.
  • Um grupo de setores consecutivos escritos de uma
    só vez é denominado trilha de CD-ROM.

22
  • A gravação incremental cria um problema!
  • Antes do Orange Book todos os CD-ROMs tinham uma
    única VTOC (Volume Table of Contents tabela de
    conteúdo do volume).
  • Esse esquema não funciona com as escritas
    incrementais.
  • A solução dada pelo Orange Book é dar, a cada
    trilha, a sua própria VTOC.
  • Os arquivos listados na VTOC incluem os arquivos
    de trilhas anteriores. Após a inserção do CD-R no
    drive, o sistema operacional faz uma busca em
    todas as trilhas do CD-ROM para localizar a VTOC
    mais recente, que dá o estado atual do disco.
  • O VTOC corrente pode também incluir alguns, mas
    não todos os arquivos de trilhas anteriores,
    agrupando as trilhas em sessões, resultando em
    CD-ROMs multissessões.
  • Reprodutores de CD normais não podem manipular
    CDs multissessões, uma vez que esperam uma única
    VTOC no início.

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CDs regraváveis (CD-RW)
  • Ao invés de corantes cianina ou ftalocianina, o
    CD-RW usa uma liga de prata, índio, antimônio e
    telúrio para a camada de gravação. Essa liga tem
    dois estados estáveis cristalino e amorfo., com
    diferentes refletividades.
  • Os drives de CD-RW usam lasers com 3 potências
  • Em alta potência o laser funde a liga fazendo-a
    passar do estado cristalino de alta refletividade
    para o estado amorfo de baixa refletividade para
    representar a depressão.
  • Em potência média a liga se funde e volta
    novamente ao seu estado natural cristalino para
    se tornar novamente um plano.
  • Em baixa potência, o estado do material é sondado
    para leitura, mas não ocorre nenhuma transição de
    fase.
  • Uma das razões que o CD-RW não substitui
    completamente o CD-R é que os CD-RW em branco
    custam mais que os CD-R.
  • Existem também aplicações, como de back-up, em
    que o fato do CD não poder ser apagado
    acidentalmente é uma vantagem.

24
DVD
  • A busca de discos ópticos com capacidade mais
    alta que os CD/CD-ROMs a vontade da Hollywood de
    substituir as fitas magnéticas de video e a
    procura pelas empresas de eletrônica de consumo
    por novos produtos multimídia, resultou no DVD
    (Digital Versatile Disk).
  • Os DVDs usam o mesmo desenho dos CDs, com discos
    de policarbonato de 120 mm moldados por injeção
    que contêm depressões e planos que são iluminados
    por um diodo laser e lidos por um fotodetector. A
    novidade é o uso de
  • Depressões menores ( 0,4 micron em vez de 0,8
    micron em CDs)
  • Uma espiral mais apertada (0,74 micron entre
    trilhas contra 1,6 micron em CDs)
  • Um laser vermelho (0,65 micron versus 0,78 micron
    para CDs)
  • Juntas essas melhorias aumentam 7 vezes a
    capacidade, passando para 4,7 GB. Um drive de DVD
    1x funciona a 1,4 MB/s (versus 150 KB/s para
    CDs).

25
DVD
  • Com a capacidade de 4,7 GB, usando compressão,
    pode conter 133 minutos de vídeo de tela cheia
    com imagens em movimento em resolução de 720x480,
    trilhas sonoras em até 8 idiomas e legendas em
    mais 32.
  • Não obstante, algumas aplicações, como jogos
    multimídia podem precisar de maior capacidade,
    portanto foram definidos
  • Uma face, uma camada (4,7 GB)
  • Uma face, duas camadas (8,5 GB)
  • Duas faces, uma camada (9,4 GB)
  • Duas faces, duas camadas (17 GB)

26
  • A tecnologia de camada dupla tem uma camada
    refletiva embaixo, coberta por uma camada
    semi-refletiva.
  • Dependendo de onde o laser é focalizado, ele se
    reflete de uma camada ou outra.
  • A camada inferior precisa de depressões e planos
    um pouco maiores, para leitura confiável,
    portanto sua capacidade é um pouco menor do que a
    da camada superior.

27
DVD de dupla face e dupla camada
  • Discos de dupla face são fabricados colando dois
    discos de uma face de 0,6 mm.
  • A estrutura do disco de dupla face, dupla camada
    é ilustrada abaixo

28
  • O DVD foi arquitetado por um consórcio de 10
    fabricantes de eletrônicos de consumo, sete deles
    japoneses, em estreita colaboração com os
    principais estúdios da Hollywood.
  • As empresas de computadores e telecomunicações
    não foram convidadas e o foco resultante foi
    utilizar o DVD para locação de filmes e
    apresentações de vendas.
  • Assim, entre as características padrão está a
    capacidade de saltar cenas impróprias em tempo
    real, seis canais de som e suporte para
    pan-and-scan (converter filmes 169 para 43).
  • Um outro item é a incompatibilidade intencional
    entre discos destinados aos Estados Unidos e
    discos destinados à Europa. Assim, filmes novos
    lançados nos USA são despachados para a Europa
    quando os mesmos começam a sair do circuito
    comercial nos USA. A idéia é evitar a redução de
    receita de filmes novos nos cinemas da Europa.

29
BLU-RAY
  • O sucessor de DVD é o Blu-Ray (raio azul), que
    usa um laser azul, ao invés de vermelho como em
    DVDs.
  • Um laser azul tem comprimento de onda mais curto
    do que o laser vermelho, o que permite um foco
    mais preciso e, portanto, depressões e planos
    menores.
  • Discos Blu-Ray de uma face contêm cerca de 25 GB
    de dados os de dupla face, o dobro.
  • A taxa de dados é aproximadamente 4,5 MB/s, o que
    é bom para um disco ótico, mas insignificante em
    comparação com os discos magnéticos.
  • Espera-se que com o tempo o Blu-Ray substitua
    CD-ROMs e DVDs.

CD-ROM 650 MB, DVD 4,7 GB, BLUE-RAY 25 GB
30
Padrão para Multimídia - MPEG
  • Na década de 1980 ficou claro a necessidade de se
    aliar imagem com tecnologia digital. Em 1988 a
    ISO esquematizou o MPEG (Moving Picture Experts
    Group), para desenvolver padrões para o vídeo
    digital. Foram definidos três itens a serem
    desenvolvidos
  • Video e audio associados a uma taxa de 1.5 Mbps
    (mais tarde chamado de MPEG-1)
  • Imagens em movimento e audio associados a uma
    taxa de 10 Mbps (mais tarde chamado de MPEG-2)
  • Imagens em movimento e audio associados a uma
    taxa de 60 Mbps (mais tarde reduzido para 40 Mbps
    e então cancelado).

31
Padrão MP3
  • O MP3 (MPEG-1/2 Audio Layer 3) foi um dos
    primeiros tipos de compressão de áudio com perdas
    quase imperceptíveis ao ouvido humano.
  • A taxa de compressão é medida em Kb/s (kilobits
    por segundo), sendo 128 Kb/s a qualidade padrão,
    na qual a redução do tamanho do arquivo é de
    cerca de 90, ou seja, uma razão de 101.
  • Essa taxa de compressão atualmente pode chegar
    até 320 Kb/s, a qualidade máxima, na qual a
    redução do tamanho do arquivo é de cerca de 25,
    ou seja, uma razão de 41, passando antes por 192
    Kb/s, 256 Kb/s, ou seja, o máximo de qualidade
    que pode ser tirado em MP3.

32
MPEG-4
  • MPEG-4 é um padrão usado principalmente para
    comprimir dados digitais de áudio e vídeo (AV).
  • Introduzido em 1998, os usos do padrão MPEG-4
    são web ( streaming media), distribuição de CD,
    conversação (videofone) e transmissão de TV,
    todos eles beneficiando-se da compressão de AV.
  • MPEG-4 absorve muitos fatores do MPEG-1 e MPEG-2
    e outros padrões relacionados, adicionando novos
    fatores como suporte VRML para rendering 3D,
    arquivos orientados a objetos (objetos áudio,
    vídeo e VRML) e suporte para vários tipos de
    interatividade especificados externamente.
  • MPEG-4 é um padrão ainda em desenvolvimento.

33
Multiprocessadores heterogêneos num chip
  • Usado em sistemas embutidos, em especial em
    equipamentos eletrônicos audiovisuais de consumo,
    como aparelhos de TV, reprodutores de DVD,
    camcorders, consoles de jogos e telefones
    celulares.
  • Ex. um aparelho de DVD deve manipular as
    seguintes funções
  • Controle de um servomecanismo, para
    posicionamento do cabeçote
  • Conversão analógico para digital
  • Correção de erros
  • Decriptação e gerenciamento de direitos autorais
  • Descompressão de vídeo MPEG-2
  • Descompressão de áudio
  • Codificação da saída para aparelhos de televisão
    NTSC, PAL ou SECAM.

34
  • O cabeçote de leitura deve percorrer a espiral
    com precisão à medida que o disco gira.
  • O sinal que sai do cabeçote é um sinal analógico
    que deve ser convertido em sinal digital.
  • Após digitalização, é preciso uma extensa
    correção de erros por software.
  • O vídeo é comprimido usando o padrão MPEG-2, que
    requer cálculos complexos para descompressão.
  • O áudio é comprimido usando um modelo
    psicoacústico que também requer cálculos
    sofisticados.
  • Por fim, áudio e vídeo devem ser entregues para
    reprodução em aparelhos de televisão NTSC, PAL ou
    SECAM, dependendo do país.

35
  • Nesse caso necessita-se de um multiprocessador
    heterogêneo que contenha múltiplos núcleos, cada
    um especializado para uma tarefa particular.
  • O vídeo DVD é comprimido usando o esquema MPEG-2
    (Motion Picture Experts Group).
  • O sistema consiste em dividir cada quadro em
    blocos de pixels e fazer uma complexa
    transformação em cada um.
  • Um quadro pode consistir inteiramente em blocos
    transformados ou pode especificar que um certo
    bloco é igual a um outro já encontrado no quadro
    anterior, exceto por um par de pixels que foram
    alterados, porém localizado com um afastamento de
    (delta x, delta y).
  • Fazer esse cálculo em software é lento, mas é
    possível construir uma máquina de decodificação
    que possa efetuar esse cálculo rapidamente por
    hardware.

36
Processador heterogêneo num chip
37
  • Semelhantemente, a decodificação de áudio e a
    recodificação de sinal de áudio-vídeo composto
    compatibilizado com os padrões mundiais de
    televisão podem ser executadas por processadores
    dedicados em hardware.
  • Essas necessidades geraram chips
    multiprocessadores, heterogêneos que contêm
    múltiplos núcleos projetados especificamente para
    aplicações audiovisuais.
  • Contudo, como o processador de controle é uma CPU
    programável de uso geral, o chip multiprocessador
    pode ser usado para outras aplicações como
    gravador de DVD.

38
  • OUTRAS APLICAÇÕES DE MULTIPROCESSADORES
    HETEROGÊNEOS
  • Um outro dispositivo que requer um
    multiprocessador heterogêneo é a máquina interna
    ao telefone celular avançado.
  • Os atuais têm máquinas fotográficas,
    videocâmeras, máquinas de jogos, browsers Web,
    leitores de e-mail e receptores de rádio por
    satélite, que usam a tecnologia de telefonia
    celular (CDMA ou GSM) ou Internet sem fio (IEEE
    802.11, também chamada WiFi).
  • À medida que os dispositivos adquirem cada vez
    mais funcionalidade, como relógios que se
    transformam em mapas baseados em GPS e óculos que
    se transforma em rádios, a necessidade de
    multiprocessadores heterogêneos cresce.

39
Monitores de CRT
  • O CRT (Cathode Ray Tube) contem um canhão que
    pode emitir um feixe de elétrons contra uma tela
    fosforescente na parte frontal.

A grade serve para repelir o feixe de elétrons,
ao ser aplicada uma tensão negativa, e para
acelerá-lo ao ser aplicada uma tensão positiva e
fazer brilhar um ponto na tela, por um curto
espaço de tempo.
40
CRTs com deflexão eletrostática
  • - Usa campo elétrico para a deflexão do feixe de
    elétrons. A varredura
  • pode ser em qualquer direção.
  • Útil em aplicações que necessitam de
    velocidade no traçado gráfico,
  • porém que não precise preencher toda a tela,
    como em osciloscópios,
  • aparelhos de eletrocardiograma e terminais
    gráficos vetoriais.

41
Terminal de vídeo gráfico vetorial
Um comando contido no refresh buffer é usado para
movimentar o feixe de elétrons conforme o
gráfico a ser traçado. No exemplo, MOVE desloca
o feixe para a posição (10,15) sem fazer o
traçado, e LINE traça uma linha até a posição
(400,300), a partir da posição (10,15).
42
CRTs com deflexão magnética
  • Usado em TVs e na maioria dos monitores
    atualmente.
  • Usa o campo magnético para as deflexões
    horizontais e verticais.
  • Durante a varredura horizontal o feixe varre a
    tela da esquerda para a direita em
    aproximadamente 50 ms, traçando uma linha quase
    horizontal, seguida de uma varredura de retorno
    até a extremidade esquerda, para iniciar uma nova
    varredura.
  • Após completar todas as linhas horizontais de
    cima para baixo, o feixe de elétrons faz um
    retorno para o canto esquerdo superior da tela (
    retorno vertical).
  • Um dispositivo com essa forma de produção de
    imagem linha por linha, é denominado de
    dispositivo de varredura por rastreamento (raster
    scan).

43
Varredura entrelaçada
No modo entrelaçado, uma varredura completa é
composta de campo par e campo ímpar. O campo par
é composto de linhas pares e o campo ímpar, de
linhas ímpares.
44
Varredura não-entrelaçada
No modo de varredura não-entrelaçada, as linhas
são desenhadas seqüencialmente.
45
  • A definição de características dos terminais
    gráficos deve ser baseada nas propriedades do
    olho humano, dado que ele é o dispositivo que irá
    transmitir uma imagem para o cérebro, onde será
    interpretada.
  • A retina do olho humano, que é uma membrana que
    reveste a parte interna do olho é o local de
    formação da imagem. Ela é formada basicamente por
    2 classes de receptores de imagens
  • cones - 6 a 7 milhões - muito sensíveis a
  • níveis altos de luminosidade e a cores



  • 2 ) bastonetes - 75 a 150 milhões -
    sensíveis a

  • baixos níveis de luminosidade

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Olho humano
3 bastonetes excitando duas células
horizontais e uma bípolar, que por sua vez
excita uma célula ganglionar.
47
  • A fóvea é a parte central da retina. Ela é
    formada principalmente de cones e é responsável
    pela distinção de detalhes finos de uma imagem.
  • O olho humano distingue melhor cores em ambientes
    bem iluminados que são adequados a ação dos
    cones.
  • Ao contrário, em ambientes de pouca luz, onde os
    bastonetes atuam, o nível de distinção de cores é
    menor.
  • Em termos da resolução de uma imagem, os olhos
    também ditam os parâmetros adequados. Por
    exemplo, a resolução de uma imagem de TV é de 512
    x 512, que é um valor relativamente baixo e
    origina imagens de qualidade média.
  • A resolução dos terminais gráficos da ordem de
    1280 x 1024, o que permite a exibição de imagens
    com boa qualidade e, por isto, é adotada como
    resolução das TVs digitais.
  • Resoluções maiores do que esta esbarram no limite
    da capacidade do olho humano em distinguir
    detalhes, ou seja, o efeito visual de resoluções
    muito maiores do que 1280 x 1024 podem ser
    imperceptíveis para o olho humano.

48
  • As características dos olhos também influenciam
    em termos de níveis de cores.
  • Por exemplo, na exibição de uma faixa de degradê
    de tons de cinza variando do branco até o preto,
    quantos tons são necessários para que se observe
    a faixa com uma transição suave de tons, ou seja,
    sem a distinção das linhas de mudança de tons? A
    resposta é um valor de no mínimo 100 tons.
  • Em função de dados deste tipo, bem como do número
    mínimo de cores necessárias para se compor uma
    imagem de boa qualidade, os terminais modernos
    permitem a exibição simultânea de 128 ou 256
    cores.

49
  • A visão humana é capaz de detectar mudanças na
    tela na freqüência em torno de 24 Hz, ou seja,
    para a visualização de animação com continuidade
    de movimento, na tela de TV, a freqüência de
    varredura completa deve ser no mínimo de 24 Hz.
    Isso explica a freqüência de quadros em filmes de
    24 Hz.
  • Um outro aspecto é que apesar da continuidade de
    movimento, a freqüência de 24 Hz não é suficiente
    para a eliminação do efeito de vibração ou
    tremulação da luz (flicker).
  • Para resolver esse efeito de flicker, nos filmes,
    cada quadro recebe dois flashes de luz, dando um
    efeito de varredura na freqüência de 48 Hz.

50
  • Nas TVs brasileiras, e na maioria de outros
    países, a freqüência de varredura completa é de
    30 Hz, porém, como é usado o entrelaçamento, a
    varredura de um campo (par ou impar) ocorre a 60
    Hz, satisfazendo os problemas de animação e
    tremulação.
  • Nas TVs européias a varredura completa é feita na
    freqüência de 25 Hz, e a varredura de campo a 50
    Hz.

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LCD (Liquid Crystal Display)
  • Cristais líquidos são moléculas orgânicas
    viscosas que fluem como líquido, mas têm
    estrutura espacial como um cristal.
  • Foram descobertos por um botânico austríaco
    (Rheinitzer) em 1888 e aplicados pela primeira
    vez em visores (por exemplo, calculadoras e
    relógios) na década de 1960.
  • Quando todas as moléculas estão alinhadas na
    mesma direção, as propriedades ópticas do cristal
    dependem da direção e polarização da luz
    incidente.
  • Usando um campo elétrico, o alinhamento molecular
    e, por conseguinte, as propriedades ópticas podem
    ser mudadas.
  • Em particular, fazendo passar luz através de um
    cristal líquido, a intensidade da luz que sai
    dele pode ser controlada por meios elétricos.
  • Essa propriedade pode ser explorada para
    construir visores de tela plana.

52
  • Uma tela de monitor de LCD consiste de duas
    placas de vidro paralelas entre as quais há um
    volume selado que contem um cristal líquido.
  • Eletrodos transparentes são ligados a ambas as
    placas.
  • Uma luz atrás da placa traseira, natural ou
    artificial, ilumina a tela por trás.
  • Os eletrodos transparentes ligados a cada placa
    são usados para criar campos elétricos no cristal
    líquido.
  • Diferentes partes da tela recebem tensões
    elétricas diferentes para controlar a imagem
    apresentada.
  • Existem polaróides colados às partes frontal e
    traseira da tela pois a tecnologia exige luz
    polarizada.

53
Notebook com tela de LCD
54
  • Embora existam muitos tipos de visores de LCD,
    considera-se aqui o TN (Twisted Nematic).
  • Nesse visor, a placa traseira contem minúsculos
    sulcos horizontais , e a placa frontal,
    minúsculos sulcos verticais.
  • Na ausência de um campo elétrico, as moléculas
    de LCD tendem a se alinhar com os sulcos.
  • Uma vez que os alinhamentos frontal e traseiro
    estão a 90 graus de diferença, a estrutura
    cristalina fica torcida.
  • Na parte de trás do visor há um polaróide
    horizontal que permite somente a passagem de luz
    polarizada horizontalmente. Na parte da frente do
    visor há um polaróide vertical que permite
    somente a passagem de luz polarizada
    verticalmente.
  • Se não existisse nenhum líquido entre as placas,
    a luz polarizada horizontalmente que atravessa o
    polaróide traseiro seria bloqueada pelo polaróide
    frontal produzindo uma tela uniformemente escura.

55
Polarização vertical e horizontal
vertical
horizontal
56
  • Contudo, a estrutura cristalina torcida das
    moléculas do LCD guia a luz na passagem e gira a
    sua polarização fazendo com que ela saia da
    vertical.
  • Portanto, na ausência de um campo elétrico, a
    tela LCD é uniformemente brilhante.
  • Aplicando a tensão elétrica em partes
    selecionadas da placa, a estrutura torcida pode
    ser destruída, bloqueando a luz nessas posições.

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Efeitos de polaróides cruzados e a presença do
cristal líquido
Polaróide cruzado (não transmite luz)
Efeito do cristal líquido
58
  • Há dois esquemas que podem ser usados para se
    aplicar a tensão elétrica.
  • Em um monitor de matriz passiva, ambos os
    eletrodos contêm fios paralelos. Em um visor de
    640x480, o eletrodo traseiro poderia ter 640 fios
    verticais e o frontal 480 fios horizontais.
  • Aplicando uma tensão elétrica a um dos fios
    verticais e então fazendo pulsar um dos
    horizontais, a tensão em uma posição de pixel
    selecionada pode ser mudada, fazendo com que o
    pixel escureça por um curto espaço de tempo.
  • Repetindo esse pulso para o próximo pixel e então
    para o seguinte, pode-se pintar uma linha escura
    de varredura, análogo a um CRT.
  • Normalmente a tela inteira é pintada 60 vezes por
    segundo.

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  • Outro esquema de ampla utilização é o monitor de
    matriz ativa.
  • É mais caro, mas produz melhor imagem.
  • Em vez de ter apenas dois conjuntos de fios
    perpendiculares, ele tem um minúsculo elemento
    comutador em cada posição de pixel em um dos
    eletrodos.
  • Desligando e ligando esses elementos pode-se
    criar um padrão de tensão elétrica arbitrário na
    tela, o que permite um padrão de bits também
    arbitrário.
  • Os elementos comutadores são chamados
    transistores de película fina (TFT Thin film
    transistors) e os monitores de tela plana que os
    utilizam costumam ser chamados monitores TFT.
  • A maioria dos notebooks e monitores de LCD usam a
    tecnologia TFT.

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Monitores coloridos
  • Os monitores coloridos usam os mesmos princípios
    gerais dos monocromáticos, porém manipulando 3
    cores vermelha, verde e azul em cada posição de
    pixel.

61
RAM de vídeo
  • Ambos os monitores, CRTs e TFTs são renovados de
    60 a 100 vezes por segundo por uma memória
    especial denominada RAM de vídeo.
  • Essa memória tem um ou mais mapas de bits que
    representam a tela.
  • Em uma tela, p. ex., com 1600x1200 elementos de
    imagem (pixels) uma RAM de vídeo teria 1600x1200
    valores, um em cada pixel.
  • Na verdade, pode conter muitos desses mapas de
    bits para permitir a passagem rápida de uma
    imagem de tela para outra.
  • Geralmente em um monitor tem em cada pixel três
    bytes, um para cada intensidade dos componentes
    vermelho, verde e azul da cor do pixel.

62
  • Uma RAM de vídeo de 1600x1200 pixels a 3
    bytes/pixel requer quase 5,5 MB para armazenar a
    imagem e uma boa quantidade de tempo de CPU para
    fazer qualquer processamento.
  • Por essa razão, alguns computadores adotam uma
    solução de conciliação usando um número de 8 bits
    para indicar a cor desejada.
  • Então esse número é usado como um índice para uma
    tabela denominada paleta de cores, que contem 256
    entradas, cada uma com um valor de 24 bits.
  • Esse esquema permite reduzir o tamanho da
    memória, porém permite somente 256 cores na tela
    num determinado instante.
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