Title: Analisis da Situacao da Producao Local de ARVs:
1- Analisis da Situacao da Producao Local de ARVs
- Precos, Custos, Planejamento de Producao e
Competitividade Internacional - Brasilia 8 Augusto 2006
2Que é e que faz a Fundacao Clinton?
- ONG, financiada a traves de doacoes. Nao cobramos
nem recebemos dinheiro dos paises, as empresas ou
as agencias com as que colaboramos. - Nao doamos dinhero, mas trabalho e experiencia.
- Fundada por William J. Clinton em 2001 tras a sua
presidencia. A Iniciativa HIV/AIDS da Fundacao
for criada em resposta ao pedido de ajuda dos
lideres de paises africanos para controlar a
epidemia de AIDS. - Estrategia trabalhar com a industria de
medicamentos e insumos de laboratorio na reducao
de custos e aumento da concorrencia, como base
sostenivel para a reducao de precos. - Precos negociados ? disponiveis para todos os
paises onde colaboramos - Nao tomamos parte nos procesos de compra
negociamos em forma previa e global, e os paises
seguem comprando como o fazem normalmente (em
forma direta, ou por pregao, ou a traves da OPAS,
IDA, Unicef ou outros) Mas a precos menores - Onde colaboramos?
- 58 paises na Africa, Asia, Caribe, America Latina
e Europa do Este. - Em LAC Guatemala, Honduras, Ecuador, Brasil,
Argentina, Colombia, Republica Dominicana,
Guyana, Surinam, Jamaica, Haiti, Bahamas, OECS,
Trinidad y Tobago, Barbados, e outros. - Iniciativa Pediatrica ? ajudar a poer 50,000
crianzas em tratamento ARV em 2006
3Estrategia da Fundacao para inducir a Reducao
Global de Precos
- Melhorar a informacao e conhecimento das
necesidades e mercados locais (pela colaboracao
direta com ja 58 paises) - Contribuir a previsibilidade do mercado global ?
ajudar a industria a melhorar a planificacao de
producao e decisoes de investimento. - Analisis, melhora e negociacao a traves de tuda a
cadena de valor da producao dos ARVs (Materias
Primas, Intermediarios, Principios Ativos e
Formulacao Final) ? menor custo produtivo, base
sostenivel do menor precio negociado. - Promocao da concorrencia (asistencia em
certificacao de qualidade mais opcoes
elegiveis-, estimulo e asistencia as empresas
para o registro de produtos nos distintos paises,
etc.)
4Paises onde colaboramos conhecendo as
necesidades e os mercados
5Etapas de Producao Intermediario
2-Chloro, 3-Amino Pyridine Production Process
Molasses
SOLD
Carbon Dioxide
Biocompost
SOLD
Alcohol
Formaline
Alcetaldehyde
Pyridine Derivatives
Acetic Acid
Ethenol
Ethyl Acetate
2-Chloro, 3-Amino, Pyridine
Used in Multiple Products
Used in NVP API Production
6Etapas de Producao Principio Activo (APIs)
FOR ILLUSTRATIVE PURPOSES ONLY
- Int. X
- Chem C
- C.S. Lye
- Water
- Int. X
- Chem D, E F
- Chlorform
- Water
- Int. X
- Chem L, M, N, O
- Water
2-amino, 4 methyl pyridine
Step X
Step X
Step X
Step X
Step X
- Reaction
- Nutch Filter
- Wash
- Distill
- Crystallize
- Centrifuge
- Dry
- Reaction
- Cool
- Adjust PH
- Centrifuge
- Dry
- Reaction
- Separate
- Adjust PH
- Centrifuge
- Spin dry
- Dry
- Reaction
- Cool material
- Separate
- Wash
- Distil
- Crystallize
- Centrifuge
- Dry
Key Activities
- Reaction
- Cool material
- Adjust PH
- Separate
- Wash
- Distill
Hours
XX
XX
XX
XX
XX
Reactors
X
X
X
X
X
7Etapas de Producao Formulacao Final
PLANT X EXAMPLE
Equipment Process
Labor Description
Direct Labor
Yield
Run Rate or Cycle Time
Utilization
--------------------------------------------------
---------- 33 -----------------------------------
-------------------------
8Modelo de Custo
- Example Manufacturing Cost Structure For Bulk
Pharmaceuticals Lamivudine - (composite multiple companies)
4-10
100
10-21
Indirect Expenses
2-5
2-5
1-2
60-80
Direct Expenses
Raw Material
Direct Labor
Elec./ Fuel
Indirect Labor
Depreciation Repair Maintenance
Other (lab expenses, consumables, etc.)
Total
9Resultados Precos Reducidos Atuais - ARVs
10ARV Price Comparison 3TCd4T(40)NVP
October 2003
October 2005
562
562
384
192
140
140
Branded Best Price1
Generic Average Price2
CHAI
Branded Best Price1
Generic Average Price3
CHAI
1 As reported by the manufacturers and by
Médecins Sans Frontières (MSF) in Untangling the
web of price reductions 2 384 was the weighted
average price being offered to CHAI purchasers in
October 2003. Prior to this, MSF, in its May 2003
pricing guide, reported the best prices offered
by Cipla, Hetero and Ranbaxy as 304, 281 and
285, respectively. 3 Average price, per MSFs
June 2005 pricing guide, of three suppliers
currently WHO prequalified (Cipla, Hetero,
Ranbaxy)
11- Colaboracao com o
- Ministerio de Saude do Brasil
12Contexto
- Augusto 2005 Firma do Memorando de Entendemento
entre o Ministerio de Saude do Brasil e a
Iniciativa HIV/AIDS da Fundacao Clinton - Objetivos Principais
- Ajudar ao Brasil a reducir custos de ARVs (tanto
os importados como os de producao nacional) - Ajudar ao Brasil a reducir custos de insumos de
laboratorio (Probas Rapidas, CD4 e Carga Viral) - Ajudar a articular a colaboracao do Programa
Nacional de AIDS de Brasil com outros paises onde
a Fundacao trabalha e que podem aprender da grao
experiencia brasilera. - Uma das linhas de acao avaliar a situacao da
producao local de ARVs (e Principios Ativos) para
entender como a Fundacao pode ajudar a reducir
custos e face-la competitiva internacionalmente. - Janeiro 2006 visitas a Far Manguinhos e LAFEPE
(uma semana em cada uma) - Principal Pergunta a responder Por que a pesar
da caida dos precos dos Principios Ativos
indianos e chineses dos ultimos anos, os precos
dos ARVs no Brasil ficam altos (ao mesmo nivel de
2003) e perdendo competitividade internacional?
13Como se comparam os precos atuais com aqueles
competitivos internacionalmente?
Os precos dos ARVs de producao local sao entre 2
e 4 veces maiores que aqueles dos genericos do
mercado internacional.
14Por que os precos de ARVs de producao local ficam
altos?
- Os precos foram determinados alguns anos atras
(2003), quando o custo do Principio Ativo era bem
maior, e entao reflexaba em maior medida o custo
direto de producao. - Desde entao, o custo das materias primas tem
caido por - a) Reducao Internacional de Precos
- b) Caida do valor do dolar (em relacao ao real)
- Porem, os ARVs tem hoje maiores custos fixos a
absorber por - caida do volume de producao em algumas empresas
publicas (nao especificamente ARVs), por - Redistribuicao (desde o Ministerio) dos volumes
de producao entre empresas - Transferencia de fundos aos estados,e decisoes de
compras locais (para alguns medicamentos nao
ARVs). - en alguns casos, aumento ou nao reducao- dos
custos fixos (infraestrutura ou outros) - Mas qual e maior a queda de precos de materias
primas, ou o aumento relativo (por unidade) dos
custos fixos? - Nao esta claro. Impressao de que esta faltando
um analisis de custo geral (nao so ARVs)
atualizado. - Pelo entanto, os precos de ARVs nao tem trocado
porque - o Programa Nacional de AIDS ate agora tem tido
orcamento pra paga-los - aparentemente nao e possivel aumentar os precos
de outras linhas de produtos pra eles absorber
mais equitativamente os custos fixos
15Caida do Custo do Principio Ativo
16Poderiam os ARVs brasileros ser competitivos
internacionalmente?
- Desde o punto de vista do custo direto (custo do
Principio Ativo, outras materias primas e proceso
de producao), SIM, as empresas brasileras
poderiam ja producir a custo competitivo. - Obstaculos inmediatos
- I. Baixo Volume de Producao ? Baixo de
Utilizacao de Capacidade ? Alta contribuicao dos
custos fixos ao custo por unidade. - II. Existencia de sub-eficiencias que determinam
custos indiretos adicionais (o aumento dos custos
diretos por menor rendimento dos recursos). - III. Necesidade e posibilidade das empresas de
cubrir esos custos adicionais (custos fixos
indiretos) com os altos precos dos ARVs - Porque o Programa Nacional de AIDS tem orcamento
necesario e pode pagar. - Porque e facil so e preciso manter os precos
atuais nao precisa trocar nada. - Porque outros produtos e Programas nao podem
absorber uma proporcao mais equitativa dos custos
fixos. - Por ausencia de competencia real ou outro
incentivo real para baixa-los. - IV. Falta de validacao internacional de qualidade
para aumentar volume por exportacao
17Quais sao as sub-eficiencias que geram custos
adicionais?
- Planejamento de Producao Sub-optimo ? producao
menos eficiente (e mais cara) - Producao muito fragmentada alto numero (nao
optimo) de produtores de ARVs e outros
medicamentos esenciais ? perdas de economias de
escala. - Imprevisibilidade (por parte das empresas) dos
volumes de producao futuros - Perda de poder negociador nas compras de materias
primas - Piores decisoes de investimento
- Problemas/Relativa incerteza com os cronogramas
de producao - Compras e partidas de producao de emergencia
(maior custo) - Compra de materia primas a risco (custo
financiero, pior negociacao e posibilidade de
perda/expiracao) - 2) Restricoes nos procesos de compra ? Maior
custo e menor qualidade de materias primas. -
- Lei 8.666 ? Perda da posibilidade de estabelecer
relacoes mais integradas com fornecedores para - Obter melhores precos (por maior volumen / prazo
de compra, planificacao conjunta com fornecedor) - Controlar a consistencia de qualidade
- Maior rendimento de materias primas
- Maior confiabilidade da producao (e os
cronogramas de entrega) - Posibilidade de certificar y gararantizar
bioequivalencia ? exportacao
18 En sintesis, os precos altos dos ARVs sao
consequencia de
- Falta de incentivo real para as empresas baixar
os precos - Falta de competencia real de precos nos ultimos
anos (volumes para cada empresa determinados por
negociacao com o Ministerio) - Caida do volume de producao nas empresas
publicas, e necesidade de absorber nos altos
precios dos ARVs o maior peso dos custos fixos
por unidad producida. - Aparente falta (pelos menos em Janeiro) nas
empresas de estudo atualizado de custos para cada
linha de produto e para o conjunto da empresa. - Posibilidade orcamentaria do Programa Nacional de
AIDS de pagar esos precos elevados ate agora, e
aparente imposibilidade de transferir a carga
equitativamente a outras linhas de produtos de
outros programas de saude. - Custos diretos e indiretos adicionais pela
operacao sub-optima do sistema de producao
nacional por - Planejamento de Producao Sub-optimo
- Restricoes nos procesos de compra de materias
primas - Dificultades no Planejamento Financiero
19Conclusao
- Os precos altos sao debidos a uma combinacao de
muitos fatores. - Sao a manifestacao e sintoma de que o sistema nao
esta funcionando articuladamente (ou tao
eficentemente como poderia).
Planificacao, regras e funcionamento do sistema
sub-optimo
O Sistema de Producao Publica (nao as empresas)
esta com Febre
20E realmente significativo isto desde o punto de
vista do custo total?
- Em principio, o custo dos ARVs de Producao
Nacional (US 80 milhoes) em relacao ao custo
total do programa (US 400 milhoes), tem limitado
impacto (20).
21Porem
- Se os precos dos ARVs nacionais fossem iguais aos
precos competitivos internacionais, se
economizaria mais do 50 (ou mas de US 40
milhoes) do orcamento anual atual da producao
nacional (info a Augusto de 2005)
22Mas as Principais Consecuencias Negativas do
Funcionamento Sub-optimo do Sistema nao e
isso, mas
- 1) Enfraquecimento do Sistema de Producao
Nacional - Ao perder o sistema o foco na eficiencia
- ? perda de competitividade internacional das
empresas, e da cultura do funcionamento eficiente
e melhora continua. - ? o sistema se enfraquece
- ? perde confiabilidade
- ? perde o caracter de garantia para responder as
necesidades e interes nacional quando seja
necesario (por exemplo, se o custo da 2da linha
fosse insostenivel, a capacidade das empresas
publicas seria questionada em vistas a
possibilidade de emitir Licencia Compulsoria pra
fazer producao local) - 2) Perdas de oportunidades unicas pro Brasil,
entre elas de melhorar a balanca comercial - Brasil e quasi o unico pais que combina
- Gran demanda interna de ARVs (masa critica), e
compras centralizadas pelo Ministerio de Saude - Capacidade de Producao Nacional, por experiencia,
infraestrutura e recursos humanos - Empresas Publicas que respondem ao interes
nacional, e sem fines de lucro - Reconhecimento internacional na area de
tratamento de HIV/AIDS (poderosa herramenta de
marketing). - Se Brazil aproveita estos fatores, deberia poder
convertirse numo dos principais produtores e
exportadores mundiais de ARVs e Principios
Ativos.
23Uma oportunidade, com 3 bases
- E possivel optimizar o funcionamento atual do
Sistema, para reducir custos e aproveitar estas
oportunidades. As bases destas melhoras debem
ser - Decisao politica de apoiar a industria nacional
de ARVs com um plano estavel e de largo prazo
(alem dos cambios politicos), e planejar a
producao com base exclusivamente no criterio de
eficiencia, que permita face-la competitiva
internacionalmente. - Coordinacao dos multiples aspetos (projecoes de
necesidades, calendario de producao e entregas,
compras de materias primas, transferencia de
fundos) en forma integrada, clara e previsivel. - Decisao de perseguir a posibilidade de exportacao
para incrementar o volumen e reducir custos
(menor impacto dos custos fixos por unidade,
preco das materias primas, economias de escala,
etc.)
24Em resumen
- As empresas podem reduzir custos e ser
competitivas no mercado internacional, mais o
seguinte e necesario - O Ministerio debe planejar e administrar o
Sistema de Producao Nacional com criterio de
eficiencia, a traves de - Distribuicao de volumes de producao entre
empresas que seja custo-efectivo (menos
produtores por medicamento quando nos casos
apropiados) - Compartilhar as informacoes de necesidades anuais
de ARVs com as empresas com maior anticipacao, e
confirmacao de volumes de producao e cronogramas
de entregas, para permitir melhor planejamento de
producao e aprovisonamento de de materias primas
(preco, qualidade e entrega). Necesidade de
planejar transferencia de fundos en forma acorde. - Compartilhar projecoes multi-anuais de
necesidades de ARVs, para permitir planejamento
de largo prazo (capacidade, investimento e
acordos/negociacoes com fornecedores). - E para as empresas Rateio de custos indiretos
nos ARVs mais razoavel. - Optimizacao do aprovisonamento de Principios
Ativos a traves de - Flexibilidades nas atuais restricoes dos procesos
de compra (lei 8.666), para permitir maior
integracao/coordinacao com fornecedores de alta
qualidade e puder assim obter Principios Ativos
de melhor preco e qualidade consistente. - Os volumes de Principios Ativos podem ser
combinados entre as empresas, e os procesos de
compra ou as negociacoes com produtores de
Principios Ativos coordinados en forma conjunta.
- Requerimentos do Mercado Internacional
- Precos competitivos (necesidade de oferecer
precos 50-75 menores para exportacao pelo menos)
? o custo direto de producao permite estas
reducoes - Certificacao Internacional da Qualidade (as
empresas precisam comecar este proceso) - Acoes de Marketing (precisam asginar pessoal para
desenvolver mercados extrangeiros)
25Como pode ajudar a Fundacao Clinton
- Pomos dar asistencia nas seguintes areas, para
ajudar a reducir os custos e desenvovler uma
estrategia de exportacao - Asesoria em coordinacao/integracao do
planejamento de producao entre as empresas (de
Principios Ativos e de Formulacoes) e com o
MInisterio de Saude. - Asesoria em estrategias de aprovisonamento
conjunto (Principio Ativo, Intermediarios) para
reducir custo e para obter melhor e mais
consistente qualidade, e facilitar relacionamento
com fornecedores estrageiros (materias primas). - Fornecer informacoes estrategica de mercados
estrangeiros meta para as exportacoes brasileras
(quantidades anuais por produto baseado nos
pacentes em tratamento e nos protocoloes
terapeuticos), requerimentos de registro
sanitario e qualidade, procesos de compra,
calendario de pregaos, e outras, para 58 paises ?
informacao importante para desenvolver um plano
de trabalho solido como base da iniciativa de
exportacao. - Asesoria em estandares e procesos de certificacao
internacional de qualidade para produtos e
empresas, e ajudar aos produtores brasileros a
alcanzar esses estandares - Se for necesario, ajuda para identificar e
detalhar possiveis modificacoes necesarias em
certas regulacoes ou procedimentos, acordes com
as recomendacoes de acima, e sugerir possiveis
revisoes de politicas.
26- Reflecoes Finais
- Capacidade Local e Dependencia
27Amenaza e necesidade
- Existe uma clara amenaza a sostenibilidade do
Programa de Aids, a cobertura universal e a saude
dos pacentes
28Aumento do Custo por paso a 2da linha
29Dependencia?
- Brazil precisa ter uma industria local (publica e
privada) forte e competente, pois se nao entrega
o seu futuro (nao so o dos seus ARVs) as decisoes
dos outros. - O que vai fazer Brasil daqui a pouco se nao tem a
opcao da producao local? - Va deixar a sua saude enteramente nas maos das
prioridades dos accionistas das empresas
inovadoras multinacionais e suas politicas de
precos? - Ou vai depender da decisao da India de emitir
licencias compulsorias para salvar ao Brasil?
30Capacidade Local Una situacao de privilegio
- Brasil esta numa situacao competitiva unica
- Demanda
- Controla publicamente a demanda (entao pode
organizar o mercado de forma de fazer a producao
mais eficiente) - Tem volumen interno e cautivo suficente para
permitir producir a custos razonaveis (175,000
pacentes e um volume que ninguma empresa privada
no mundo tem garantizado) - Producao
- Tem infraestrutura
- Tem experiencia
- Tem capital intelectual e profisionais suficentes
- Nao e uma industria de mano de obra intensiva ? o
custo da mano de obra nao e significativo no
custo total de producao.
31Capacidade Local Industria de Capital
Intelectual
- Esta é uma industria cerebro-dependente.
- Asumir que Brasil, com a necesidade real e tudas
estas condicoes favoraveis que tem, nao pode
producir, é asumir que no Brasil nao ha
capacidade intelectual suficente - Entao, se aceitamos isso, necesariamente temos
tambem de aceitar que - Os politicos do Brasil nao sao tao boms como
aqueles da India, China, Sudafrica, etc - Os activistas nao sao tao boms como os dos outros
lugares - Porem, Brasil tem o Programa de Aids modelo do
mundo, por decisao politica, por participacao da
Sociedade Civil, e por a capacidade da industria
local de producir genericos e reduzir o custo nos
anos 90 para permitir o acceso universal.
32Capacidade Local
- Por qué se as empresas do Brasil foram capaces de
desenvolver e producir ARVs de 1ra linha nao vao
poder producir aqueles de 2da (quando ademas ja
producem aquelas que nao estao patenteadas)? - Isso é como asumir que os medicos do Brasil que
aprenderam a tratar o HIV/AIDS nao serao capaces
de tratar novas mutacoes do virus.
33Capacidade Local - Qualidade
- O fato que os ARVs locais ainda nao tenham
aprobacao internacional (FDA ou OMS, porque ainda
nao a procuraram), nao significa que eles nao tem
a seguridade, eficacia o qualidade suficente (tem
o respaldo dos anos de uso no Brasil). - Isso é como asumir que um medico do Brasil sem
mestrado internacional nao pode tratar o HIV/AIDS
(quando faz muitos anos que o faz com suceso) - E se esse for o caso, o que fariamos?
- Incentivariamos aos medicos a se capacitar mais?
- Ou fechariamos a Facultade de Medicina (e
contratariamos e dependeriamos de medicos
extrangeiros)?
34Conclusao
- Brasil pode e precisa ter producao nacional de
ARVs, para garantizar a sua sostenibilidade e nao
ficar em maos de decisoes politicas ou comerciais
de outros. - So e preciso melhorar o planejamento publico e
fazer as politicas e criterios de producao e
compras mais claros e previsiveis, para a
industria poder - planejar com visao de largo prazo
- de acordo as necesidades nacionais
- e producir eficientemente.
35 36EXPORTATION HORIZON An opportunity for
increased volumes and economies of scale
- These companies can competitively approach the
international market, but the following would be
required - Prices to be aligned with international rates
(reductions of 50-80 from current prices).
POSSIBLE, if overheads are allocated based on a
more rational criteria. - Companies will need to achieve international
quality standards, for sales to many countries
using funds for procurement from the Global Fund,
PEPFAR and others. - Companies will need to further engage with API
suppliers, to ensure consistent low prices, high
quality production efficiency. Need of control
of procurement decisions by Brazilian
formulators. - Active efforts to market the products abroad will
need to be undertaken. - An integrated, consistent, long-term plan, with
the involvement and commitment of the Ministry of
Health to help overcome regulatory obstacles is
critical, as well as political consensus to
ensure continuity over time.
37Quais sao as sub-eficiencias que geram custos
adicionais?
- Em 3 areas principais
- 1) Planejamento de Producao Sub-optimo ? producao
menos eficiente (e mais cara) - Producao muito fragmentada (grande numero de
empresas) - Imprevisibilidade (por parte das empresas) dos
volumens de producao futuros - Problemas e relativa incerteza com os cronogramas
de producao - 2) Restricoes nos procesos de compra ? Maior
custo y menor consistencia na qualidade das
materias primas. -
- Lei 8.666 - Dificultades para estabelecer
relacoes mais integradas com fornecedores para - Obter melhores precos
- Controlar a consistencia de qualidade
- 3) Dificultades no planejamento financiero ?
maior custo financiero. -
- Problemas com a previsibilidade dos fluxos de
fundos
38Quais sao as sub-eficiencias que geram custos
adicionais?
- Em 3 areas principais
- 1) Planejamento de Producao Sub-optimo ? Producao
menos eficiente (e mais cara) - 2) Restricoes nos procesos de compra ?
- Maior custo y menor consistencia na qualidade
das materias primas. -
- 3) Dificultades no planejamento financiero ?
maior custo financiero. -
39Operacao sub-optima / Maior Custo 1)
Planejamento de Producao Sub-optimo
- Producao muito fragmentada grande numero de
produtores de ARVs e outros medicamentos basicos
(probavelmente nao e o optimo). - Imprevisibilidade (por parte das empresas) dos
volumes de producao futuros - Causa
- As empresas nao tem acceso regular as projecoes
de necesidades mutilanuais de ARVs
disponibilizadas pelo Programa Nacional. - Aparentemente nao ha um criterio claro (ou
previsivel) de como, ano tras ano, o Ministerio
distribuira os volumes de producao entre as
empresas. -
- Consecuencia as empresas nao tem um panorama
minimo dos volumes que o Ministerio podera
demandar de cada uma nos proximos anos. Entao - Dificultades nas decisoes de investimento e
planejamento de capacidade - Perda de poder negociador nas compras de materias
primas - Problemas e relativa incerteza com os cronogramas
de producao - Compras e partidas de producao de emergencia
(maior custo da materia prima e o shipping menor
selectividade das materias primas) - Em algum casos, compra de materia primas
anticipada e a risco (peor negociacao por menor
quantidade-, posibilidade de perda/expiracao, e
custo financiero de capital inmovilizado)
40Operacao sub-optima / Maior Custo 2)
Restricoes nas compras de Materias Primas
- Restricoes nos procesos de compra ? Maior custo y
menor qualidade das materias primas. - A Lei 8666 estabelece restricoes nos procesos de
compra das empresas publicas - Pregao de duracao maxima de 1 ano
- Compra a ser realizada da empresa com menor preco
(dificultades em poder especificar suficentemente
caracteristicas de qualidade pra restringir as
ofertas aos produtores cualificados) - Consecuencia as empresas publicas perdem a
possibilidade de profundizar o seu relacionamento
e coordinacao com os fornecedores, e entao
obtener - Melhor preco
- Por trabalho e planejamento coordenado com o
fornecedor que resulta em menores custos - Pela possibilidade de fazer contratos de maior
duracao e obter assim uma melhor oferta. - Melhor qualidade
- As empresas podem ser mais selectivas quanto ao
fornecedor - Melhor rendimento do proceso produtivo ? menor
custo - Maior consistencia da qualidade
- Possibilidade de trabalhar com o fornecedor nos
puntos criticos da materia prima que garantice os
resultados esperados na hora de formular ? Menor
custo e maior confiabilidade da producao (e dos
cronogramas de entrega). - Permite certificar e garantizar bioequivalencia
(um dos requisitos pra obtener validacao
internacional de qualidade) - Melhor coordinacao das entregas ? melhor
cumprimento do cronograma de producao.
41Operacao sub-optima / Maior Custo
3) Problemas no Planejamento Financiero
- Dificultades no planejamento financiero ? maior
custo financiero. - As vezes existem inconsistencias entre os
cronogramas de producao e aqueles de
transferencia de fundos, que sao principalmente
geradas por - Necesidades esporadicas de fazer partidas de
producao de emergencia, ou - Demoras na transferencia de fundos do comprador
ao produtor. - As consecuencias disto sao
- Mais capital de giro necesario pra compensar
incerteza respeito do fluxo de fundos (pagos de
clientes e a fornecedores) ? maior custo
financiero. - Maiores precos das materias primas quando se
oferecem piores condicoes de pago aos
fornecedores - As demoras nos pagos geram tambem desconfianca
nos fornecedores de API, que compensam tambem o
risco com maior preco. - Fazer as necesidades de producao e a
transferencia de fundos mais previsivel e
coordinadas permitiria as empresas comprar melhor
(oferecendo melhores garantias e condicoes de
pago) e reducir custo financiero das operacoes.