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1ÁfricaReligião
- Grupo Leonardo, Pedro Paulo, Mansur, Caio e Tiago
2África
- A África é um continente muito grande, com um
território muito extenso, dentro desse
território, existem diferentes tribos e
sociedades que cultuam deuses diferentes com
ritos diferentes. - Levando esse fato em consideração seria muito
difícil botar em uma única apresentação todas as
religiões e cultos africanos, que como já se pode
imaginar são muitos. Para não tornar essa
apresentação longa e cansativa vamos aqui falar
apenas sobre algumas das principais religiões
africanas.
3Egito
- A civilização egípcia ficou caracterizada por
sua originalidade nos aspectospolíticos e
sociais. No entanto a produção mais foi singular
foi a religião criada ao redor de deuses
fantásticos e seres sobrenaturais. Ela também
inclui atradicional prática de mumificar os
animais e humanos mortos. O Egito, emtodos os
seus aspectos, girava em torno da fé. Até mesmo a
economia do paísestava relacionada a esse culto.
Era extremamente importante que os templos
fossem erigidos e mantidos para a glória dos
deuses, e que oferendas fossem feitas
diariamente. - O próprio faraó é considerado um deus na Terra,
um mediador entre o panteãoegípcio e a
humanidade. Os reis costumavam adotar o título de
"filho de Hórus"ao assumir o trono, uma
representação simbólica dessa divinização. Eles
eram responsáveis pelo bem-estar do povo e
reinavam, inicialmente, em sua função. - Como a maioria dos povos da Antiguidade, os
egípcios eram politeístas, isto é, adoravam
diversos deuses antropozoomórficos (representados
com corpo de homem e cabeça de animais, e
vice-versa). Cada deus se identificava com um
determinado animal, tinha uma própria função e
um próprio local de adoração. - Em síntese, a religião egípcia consistia em
culto e festas religiosas realizadas por um
grande número de sacerdotes e pelo faraó e sua
família.
4Deuses Egípcios
Amon rei dos deuses, deus de Tebas.
Hapi deus do Nilo
Seth deus da desordem, dos desertos, das
tempestades e da guerra
Bes deus da música, dança e da família.
Osíris deus perecível da vegetação, soberano do
mundo dos mortos
Imhotep patrono dos escribas, curador, sábio e
mágico
Anúbis deus dos embalsamadores e da mumificação,
aquele que pesa as almas na hora do julgamento.
Rá deus-sol
Thoth deus da escrita, da sabedoria, da lua e da
contagem.
Bastet deusa do lar, do fogo e das mulheres
grávidas
Aten deus único, criador do universo
Hórus deus do céu e dos faraós
5O Mito da Criação do Universo No começo não
havia começos. Não havia o acima ou o abaixo, o
dia ou a noite, o tempo ou o espaço, mas um
imenso oceano de águas paradas, inertes. Nesse
lugar vivia um ser conhecido por vários nomes
Atum, Rá, etc. Ele é o sol que cria a si mesmo e
quando aparece é como uma flor de lótus que exala
sua fragrância pelo mundo inteiro, um ovo
contendo tudo. Ele ascende lenta e majestosamente
como um monte com formato de pirâmide, como um
íbis em seu primeiro vôo.Do dourado esplendor
dos seus olhos surgem todas as coisas que
existem. Rá espirra e origina o ar, Rá cospe e dá
gênese aos grãos. O seu suor são os deuses e suas
lágrimas, a humanidade. A Terra e o Céu, Geb e
Nut, são as crianças do ar e dos grãos e sua
união produz muitos deuses Osíris, senhor dos
mortos, Ísis, Seth e Nephtys. Atum fala e suas
palavras se transformam no mundo. Essa criação
pode ser vista todos os anos, quando a terra sobe
após as enchentes no rio Nilo e todos os dias,
quando o besouro sagrado, Kheper, levanta o sol
todas as manhãs e o conduz pelas águas do oceano.
Pode ser assistida, ainda, em toda a vida humana,
quando o espírito do corpo inerte vive novamente
ao retornar para o sol.O começo de Atum é o
começo dos começos, ele é eterno.
6O Livro dos Mortos era uma coleção de feitiços,
hinos e orações que pretendiam afiançar a
passagem segura e curta do falecido ao outro
mundo. O pergaminho de Nevolen relata o
transporte da alma até Osíris um barco leva o
esquife negro, que contém a múmia do defunto, e
os canopus (Vasos onde os órgãos eram colocados)
Ísis está próxima à cabeça e Neftis dos pés da
múmia, ambas vestidas de vermelho. Após Anúbis
receber o ataúde, a alma se ergue e começa a
adorar os quatros gênios do Oriente, as aves
sagradas e Amon. Então, a alma é introduzida no
Tribunal de Osíris.O papiro de Nes-min mostra o
que acontece com a alma após entrar no Tribunal
de Osíris, o deus dos mortos, que determina o
mérito do defunto para entrar na próxima vida,
avaliando suas ações no plano terrestre. O
coração do defunto está sendo pesado na balança
da deusa Maat, que representa a verdade e a
justiça. O deus-chacal, Anúbis, da um voto a
favor do defunto, restabelecendo o equilíbrio,
enquanto isso, o deus-falcão, Hórus olha para o
deus-íbis Thoth, o secretário dos deuses, dando
o veredicto favorável para o morto.
Livro dos Mortos
Tribunal de Osíris
Ammut
O defunto eleva suas mãos em júbilo, acompanhado
pela deusa Maat. Em sua frente está Ammut, um
monstro com partes de hipopótamo, crocodilo e
leão, que o teria aniquilado caso o julgamento
fosse desfavorável.
Tribunal de Osíris
7Ritos Funerários
O processo de mumificação desenvolvido pelos
egípcios tem início através daobservação da
natureza. Eles perceberam que o clima quente e
seco do país preservava naturalmente os corpos
dos mortos. Assim, passaram a se preocupar essa
conservação e aperfeiçoaram técnicas das mais
variadas paraatingir esse objetivo. Além da
múmia permanecer intacta, era essencial que o
indivíduo fosse sepultado com todas as provisões
que pudesse levar consigo para o mundo dos
mortos. No caso dos faraós e nobres, isso
incluía alimentos, móveis, estátuas, jóias,
usciabtis (figuras que tinham a missão de
realizar os trabalhos que no Além se
encomendavam aos defuntos), jogos, armas,
instrumentos musicais, etc... tudo isso mantido
em um túmulo seguro.
8A Mumificação
- A Mumificação é um processo de varias partes que
são - Extração do cérebro através das narinas
- remoção das vísceras, através de incisão no
flanco esquerdo - esterilização das cavidades do corpo e das
vísceras - tratamento das vísceras remoção do seu
conteúdo, desidratação com natrão, secagem, unção
e aplicação de resina derretida - enchimento do corpo com natrão e resinas
perfumadas - cobertura do corpo com natrão, durante cerca de
60 dias - remoção dos materiais de enchimento
- enchimento subcutâneo dos membros com areia,
argila, etc (para manter a aparência) - enchimento das cavidades do corpo com panos
ensopados em resina e sacos de materiais
perfumados, como mirra e canela, serradura, etc - unção do corpo com ungüentos
- tratamento das superfícies do corpo com resina
derretida - enfaixamento e inclusão de amuletos, jóias, etc.
Os Vasos Canopos eram vasos feitos de alabastro
ou calcário destinados a guardar as vísceras do
defunto, retiradas durante o processo de
mumificação. As tampas de cada vasopossuem
formatos determinados, o que indica que cada um
era usado paraabrigar um órgão específico
9Yorubá
Os 16 Odus são - Okanran A Insubordinação-
Eji-Okô A Dúvida- Etá Ogundá A
Obstinação- Irosun A Calma- Oxé O Brilho-
Obará A Riqueza- Odi A Violência- Eji-Oníle
A Intranqüilidade- Ossá A Alienação- Ofun
A Doença- Owanrin A Pressa- Eji-Laxeborá A
Justiça- Eji-Ologbon A meditação- Iká-Ori A
Sabedoria- Ogbé-Ogundá O Discernimento-
Alafiá A Paz
Uma das religiões mas antigas da africana é o
Yorubá, dela derivam outras religiões, como o
Candomblé e posteriormente a Umbanda. O Yorubá,
antes de ser religião, é considerado um dialeto,
falado principalmente na Nigéria, no Brasil, o
Yorubá-dialeto recebe o nome de Nagô. O Ser -
supremo, a divindade maior (e única de certo
modo) é o Olodumaré também chamado de Olorun ou
Ofun Meji, é o criador do Orun e do Aiyé, o céu e
a terra, respectivamente. Os Orisás, (ou orixás,
depois do Candomblé) são os seres criados para
governar Aiyé, cada Orisá representa uma
personalidade de Olodumarê, os Odus (odus são as
personalidades de Olodumarê, sendo 16 principais
e mais 256 odus por desdobramento), criados
depois de Aiyé (como Ógun, Sangó, Yemojá e Esú)
sendo os dois primeiros Oxalá e Esú, ambos
designados para criar Aiyé junto com Olodumarê,
tendo cada um uma função e seus próprios ritos,
além de seus avatares na terra, sejam como reis
ou deuses, porém mais freqüente é que eles
encarnem quando necessários através do Axé, a
força maior.
10Entidades do Yorubá
Ogum
Yemojá
Sangó
11O Mito da Criação
Olodumare o Todo em Tudo, a Natureza, o Algo do
Nada, criou o Universo em 4 dias. Em cada dia
criou 4 Odus, num total de 16 Odus principais, ou
seja, 16 kàdárà (predestinações) possíveis, que
desdobrando-se entre si, perfazem o total de 256
odus. Cada Odù aponta uma direção, um ponto de
partida e seu término, alterando e influenciando
dia após dia a conduta de tudo que possui vida.
Os 16 odus principais correspondem aos pontos de
adoração do Universo, que são os pontos cardeais,
colaterais e sub-colaterais. Itan Dídá Àiyé
(história da criação do mundo) Ofun Meji criou o
Universo. Após os primeiros momentos da formação
do cosmos Ofun Meji deu início à geração de seus
filhos (os demais odus). O primogênito foi Oyeku
Meji, pois no princípio só havia trevas. Em
seguida criou Ejiogbe (segundo alguns relatos
ambos nasceram no mesmo dia). Após conceber
Oyeku Meji, Ofun Meji entrega-lhe seu cetro real
para que com o mesmo abrisse o PORTAL DA LUZ. Tão
logo o mesmo fosse aberto surgiria a luz e a
mesma se dispersaria pelo Universo, iluminando-o
em todas as direções. Ofun Meji recomendou a
Oyeku Meji abstinência ao emu. Certo dia Oyeku
Meji ao retornar de suas ocupações dispersou-se
de seu irmão e embriagou-se com emu,
desobedecendo as determinações do pai. Ejiogbe
sentiu falta do irmão e retornou pelo caminho
percorrido, encontrando-o embriagado e
adormecido. Por mais que tentasse não conseguiu
acordá-lo. Em face disso Ejiogbe recolheu o
cetro real e retornou sozinho ao Orun, onde Ofun
Meji os aguardava. Tão logo chegou o pai
perguntou "Onde está teu irmão, o guardião do
cetro que conduzes?" "Ele bebeu emu em excesso e
adormeceu. Tentei acordá-lo em vão. Como era hora
de retornar, resolvi eu mesmo trazer o cetro
real." "Tu não bebeste?" "Não! Sabes que não
desobedeço às tuas ordens, meu pai." "Sendo
assim confiarei a ti a guarda do cetro real. Tu
substituirás teu irmão a partir deste instante."
12Ao se recuperar da embriaguez e sentir a falta do
cetro real, Oyeku Meji retornou ao Orun
totalmente desnorteado. Ao cruzar os umbrais do
orun foi interpelado por seu pai "Por que me
desobedeceste, meu filho?" "Não resisti ao
desejo veemente do emu, e o pior é que não sei
onde deixei o vosso cetro, e nem onde está meu
irmão." "Felizmente ambos não estão perdidos.
Teu irmão recolheu o cetro real e o trouxe de
volta para mim. Devido ao teu procedimento, de
hoje em diante estarás subordinado a teu irmão
mais novo." A partir daí é que Ejiogbe passou a
ocupar o primeiro lugar por ordem de chegada ao
Aiye. Oyeku Meji resignou-se a seguir fielmente
Ejiogbe, o qual, piedoso suplicou ao pai "Oyeku
Meji é meu irmão mais velho, e face a sua
fraqueza e desobediência tornou-se meu servo, o
que me entristece. Seria possível dar a ele a
guarda das noites e das trevas, uma vez que
confiaste a mim os dias e a luz?" Com pena, Ofun
Meji confiou a Oyeku Meji a vigília da noite, das
trevas, do sono e da insônia, enfim a guarda de
tudo que ocorre à noite, seja na terra, no ar ou
nas águas. Mais uma vez Ofun Meji chamou Ejiogbe
a sua presença e o encarregou de disseminar a luz
aos mais longínquos recantos do Universo, criando
assim as estrelas. Deu-lhe como auxiliar Èsù (por
isso Exu percorre os quatro cantos do mundo com
seu ogó). As determinações foram cumpridas,
ficando do alto do céu o sol a reinar sobre os
dias e a lua sobre as noites, e as estrela a
brilhar nas madrugadas. Em outras Versões,
mais modernas (na Umbanda e Candomblé) os orisás
são Oxalá e Esú, este, que em vez de ajudar
Olodumarê, trai Oxalá e o leva a perder o cetro.
13Ritos Yorubás
A circunstância que cerca a morte de uma pessoa,
a idade, condição social e o seu relacionamento
religioso são fatores importantes que impõem a
forma dos ritos funerários. No Brasil, para os
indicados das religiões de etnia yorubá, os ritos
são denominados Àsèsè - retorno às origens. O
falecimento de um indicado é marcado pela
retirada, com o corpo já no ataúde do elemento
central de sua iniciação, o osù. Trata-se de uma
retirada simbólica de algo, agora abstrato,
juntamente com alguns fios de cabelo do alto da
cabeça, no lugar onde foi colocado o osù.
Outros elementos são utilizados neste ritual
efun (Pó branco) eyin (ovo) èiè eiyelé (sangue
de pombo) acassá (Pudim de milho branco enrolado
em folha verde) òwú (algodão), com o qual tudo é
recolhido e despachado. Posteriormente, o
jogo do obí tudo confirmará. Em alguns casos, o
ritual é feito em cima de um igbá, uma meia
cabeça. O manipulador deste ritual deve ser
sempre uma pessoa com orô mais antigo que o
falecido, ou, pelo menos com a mesma expressão
religiosa. Após o enterro é iniciada uma
seqüência de cerimônias noturnas, idênticas e
diárias, que duram sete dias, sendo que, no sexto
dia, deverão ser feitos os sacrifícios
propiciatórios e o Erù Éégún - "Carrego do
Morto". No último dia, denominado "arremate",
cantar - se com o dia claro.
14Islamismo
A religião muçulmana tem crescido nos últimos
anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e
está presente em todos os continentes. Porém, a
maior parte de seguidores do islamismo
encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e
do norte da África. A religião muçulmana é
monoteísta, ou seja, tem apenas um Deus
Alá.Criada pelo profeta Maomé, a doutrina
muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão
ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia
Saudita.
15Livros Sagrados e doutrinas religiosas
O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne
as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo
Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos
(suras). Entre tantos ensinamentos contidos,
destacam-se onipotência de Deus (Alá),
importância de praticar a bondade, generosidade e
justiça no relacionamento social. O Alcorão
também registra tradições religiosas, passagens
do Antigo Testamento judaico e cristão.Os
muçulmanos acreditam na vida após a morte e no
Juízo Final, com a ressurreição de todos os
mortos.A outra fonte religiosa dos muçulmanos é
a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta
Maomé.
16Preceitos religiosos
A Sharia define as práticas de vida dos
muçulmanos, com relação ao comportamento,
atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia,
todo muçulmano deve crer em Alá como seu único
Deus fazer cinco orações diárias curvado em
direção a Meca pagar o zakat (contribuição para
ajudar os pobres) fazer jejum no mês de Ramadã e
peregrinar para Meca pelo menos uma vez na
vida.Faz parte ainda a jidah que é a Guerra
Santa, cujo objetivo é reformar o mundo e
difundir os princípios do islã. A jidah, porém,
não é aceita por todos os muçulmanos.
17Calendário Muçulmano
Na maioria dos países islâmicos, é usado para o
cálculo das festas religiosas, mas também é
utilizado como calendário oficial por alguns
países na região do golfo pérsico. É baseado no
ano lunar de 354 dias - 11 a menos que o ano
solar - e divido em 12 meses de 29 ou 30 dias
intercalados. Para corrigir a diferença com o ano
lunar astronômico de 354,36 dias, existem os
chamados anos abundantes, com 355 dias. A cada
ciclo de 30 anos são abundantes os de número 2,
5, 7, 10, 13, 16, 18, 21, 24, 26 e 29. O mês
começa quando o crescente lunar aparece pela
primeira vez após o pôr-do-sol. O ano 1 é a data
da Hégira, a fuga de Maomé de Meca para Medina,
em 16 de julho de 622. Os muçulmanos consideram o
pôr-do-sol o começo de um novo dia e a
sexta-feira é o dia santificado. Os 12 meses
islâmicos são muharram, safar, rabi I, rabi II,
jumada I e jumada II, rajab, chaaban, ramadã,
chawaal, dhul queda, dhul hajja. O nono mês,
ramadã, é especial para os muçulmanos por ser
dedicado à devoção a Deus, à caridade e às boas
obras. O jejum durante o dia é uma das obrigações
nesse período.
18Mascaras
A máscara é um objeto que causa um fenômeno
intrigante, qualquer individuo pode se tornar
outra pessoa por debaixo de sua cobertura. Este
processo de transformação é apreciado por
diferentes culturas para simbolizar seus
ancestrais e divindades na maioria dos
rituais. Para alguns grupos, como tribos
africanas, o poder da máscara vem desde o período
de migração dos antigos povos. Algumas são
criadas para assegurar colheitas férteis, fator
muito importante na maioria das sociedades
africanas, outras representam um papel sagrado na
vida do indivíduo africano vindo desde sua
infância até o momento de seu enterro. A
máscara é vista como um símbolo e instrumento
dentro de diversas comunidades facilitando a
identificação de qualquer família ou clã dentro
de seus ciclos. A maioria das máscaras são feitas
de madeira, devido sua abundância natural nas
florestas. Para o africano, a árvore é um ser
vivo com alma, assim eles a cultuam com
vestimentas acreditando que elas tenham uma vida
melhor até o momento de seu corte ou morte
natural. Elas também possuem espíritos que
habitam seu interior, este fato leva o escultor a
consultar freqüentemente um bàbáláwo, que realiza
cerimônias de purificação e oferece um sacrifício
para satisfazer o espírito da árvore com
antecedência. Assim que a árvore é cortada, o
escultor chupa sua seiva para alcançar uma
fraternidade com o este mesmo espírito, fazendo
com que ele possa achar uma nova moradia em outro
lugar. O escultor acredita que este espírito
transfere uma parte de sua força à máscara ou
escultura, tornando-as poderosas.
Etnia BAULEOrigem COSTA DO MARFIMDescriçãoA
máscara pertence à categoria de máscaras de
entretenimento que aparecem durante eventos com
dança. Estes festividades, associadas às
mulheres, podem ocorrer diversas vezes na semana,
e em quantidade maior, nos funerais de pessoas
importantes. Estas máscaras podem entrar em
contato com mulheres e são mantidas em um casebre
na vila. Entretanto, somente homens podem
usá-las. As máscaras deste tipo são esculpidas à
imagem de pessoas admiradas pela sua beleza e sua
qualidade como dançarinos. Estas máscaras são
inspiradas essencialmente em modelos femininas,
mas não é raro que os homens também estejam
representados.
19Geralmente a madeira apresenta várias manchas de
sangue causadas pelos ritos de sacrifício a fim
de simbolizar seu valor e poder. O escultor
retira somente o excesso destas manchas
amolecendo sua superfície com materiais orgânicos
como folhas, peles de animais e arenito. A
pintura é feita com a extração de tinturas vindas
de folhas, frutos, alguns legumes e até mesmo da
terra. Existem outros tipos de máscaras feitas
com outros materiais como pano, ráfia, conchas,
contas, dentes, ossos, fibras vegetais e pedaços
de metal. As Máscaras retratam variedades
faciais que podem ser abstratos, animais, uma
combinação de características humanas como
expressões amedrontadoras exageradas ou alegres e
festivas, além de se diferenciar através de suas
várias formas e tamanhos diferentes. Algumas
Máscaras ficam presas diretamente na cabeça do
dançarino, outras podem se sustentar frente à
face presa na fantasia ou coberta de cabeça, como
também existe um tipo parecido com um grande
capacete que cobre a cabeça inteira e fica
descansada sobre os ombros. São de dois modos
primários as funções das máscaras africanas o
primeiro é utilizado em cerimônias públicas com
participação de audiência e o segundo provê uma
cerimônia privada para sócios de uma sociedade
secreta. Elas exercem funções nos principais
rituais comuns como funerais, cultos de
antepassado, iniciações e mitos que podem ser
representados por máscaras de animais
mitológicos, heróis e até mesmo o sol e a lua. A
fertilidade e aumento de humanos, animais ou a
terra estão entre as preocupações mais vitais do
africano. Ele depende de harmonia com a natureza
e seus Deuses. Sendo assim, as festividades
agrícolas são periodicamente celebradas ao longo
das fases diferentes da estação crescente, de
clarear a terra a encher as reservas de comida.
Os altos sacerdotes utilizam suas máscaras
durante todas as festividades representando uma
comemoração teatral de suas divindades e
ancestrais, mostrando o conceito básico que a
terra pertence aos antepassados. Uma colheita
próspera depende da bênção deles e do testemunho
do Ser Supremo.
20Os ritos funerários e o culto de espíritos
ancestrais estão entre os rituais mais difundidos
no mundo. Estes cultos são relacionados a uma
larga variedade de ocorrências extremamente
importantes, como a fertilidade da terra, seus
animais e seres humanos. Os africanos acreditam
que aqueles que morrem e são enterrados,
fertilizam a terra com suas almas. Sendo assim, a
terra pertence a eles, os antepassados, que são
invocados para comemorar junto com seus
familiares à harmonia do presente momento. Eles
são vestidos com belas roupas que seriam
preparadas justamente para o momento do retorno
após a morte, como também utilizam as máscaras
que simbolizavam suas identidades dentre os
outros membros da comunidade. Para as
sociedades secretas, os ritos de passagem
acontecem quando um homem se move de um ciclo a
outro em suas fases da vida. Nenhuma transição é
mais importante que a passagem de adolescente
para adulto, lhe dando direito de se tornar um
sócio responsável da sociedade. Podemos concluir
que as máscaras são símbolos que ilustram pessoas
diferentes em diversas partes de sua cultura,
estando presente no nascimento, adolescência,
maioridade, matrimônio e morte. Embora estas
passagens são semelhantes em toda natureza,
nossas interpretações destes rituais ou
cerimônias mostram que sempre esteve bem
centralizada a formação social africana que até
hoje continua mascarada para muitos outros povos.
Etnia BAMBARA MARKAOrigem MALIDescriçãoEsta
máscara pode ser utilizada em dois rituais. O
primeiro é a cerimônia de circuncisão dos
adolescentes e o segundo é o rito de passagem dos
homens circuncisados para um novo estágio em suas
vidas. Além disso, ao longo do rio Níger, os
Bambaras Marka vestem suas máscaras em cerimônias
relacionadas com a pesca e a agricultura.
21Bibliografia
- http//orbita.starmedia.com/ramses_egito/Lendas.h
tm - http//orbita.starmedia.com/ramses_egito/Deuses.h
tm - http//www.google.com.br
- http//www.islam.com.br/quoran/j0177820.jpg
- Entre outros.