Title: Biotecnologia no Melhoramento Animal
1Biotecnologia no Melhoramento Animal
- Dionéia Magda Everling
- Doutoranda em Zootecnia
- Melhoramento Genético
2O que é isso???
- É qualquer técnica que utilize organismos vivos
ou suas partes, para fazer ou modificar produtos,
melhorar plantas ou animais ou desenvolver
microorganismos para usos específicos.
3Amplificação reprodutiva
- Reprodução animal Limitação na capacidade
natural na reprodução - Capacidade de serviço
- Produção e qualidade de sêmen
- Número de progênie por reprodutoras
4Inseminação Artificial
- Processo de espermatogênese
- Bovinos 61 dias
- Eqüinos 55 dias
- Ovinos 47 dias e
- Suínos 39 dias
- Fatores que afetam a produção de espermatozóides
- Idade
- Ambiente
- Níveis hormonais
- Tamanho do testículo
5Etapas da Inseminação Artificial
- Seleção de machos
- Informações sobre os animais ( DEP)
- Coleta do sêmen
- Vagina artificial
- Eletro ejaculação
- Métodos manuais
- Avaliação do sêmen
- Motilidade
- Concentração
- Morfologia
- volume
- Diluição do sêmen
- Utilização do sêmen
- Fresco
- Refrigerado
- Congelado
6(No Transcript)
7Usos da Inseminação Artificial
- Melhoramento genético
- Diminuir a relação macho/fêmea
- Organização de Testes de progênie
- Acasalamento em diferentes raças
- Absorção de raças que se deseja criar
- Conservação de raças em perigo de extinção
- Controle de doenças
- Eliminação de custos de produção e manutenção de
machos no estabelecimento - Facilidade de coletas de dados sobre paternidade
- Disseminação de genes superiores de animais
corretamente avaliados que levam ao aumento de
produção
8Transferência de embrião (TE)
- Definição Implantar em fêmeas receptoras
embriões produzidos por fêmeas doadoras (0 até 30
Embriões) - No que consiste a TE???
- Estimulação hormonal superovulação
- Inseminação Artificial ou fecundação Natural
- Coleta e armazenamento de embriões
- Preparação das receptoras e transferência
9ETAPAS DA TE
- Seleção de doadoras para TE
- Machos e fêmeas com genótipo comprovadamente
superiores - Escolha das características a serem melhoradas
- Escolha das receptoras
- Aspectos sanitários
- Superovulação
- Resposta das doadoras ( 10 -15 não respondem)
- Hormônio mais utilizado FHS
10ETAPAS DA TE
- Inseminação Artificial
- 7 dias após o inicio da superovulação
- Utiliza-se sêmen congelado.
- Coleta de embriões
- 6-7 dias após a IA
- Recuperação de embriões (transcervical)
- PBS a 25C, Ph 7,2
- Sonda de coleta, fixada num dos cornos
- Taxa embrião x corpo lúteo 70
11Etapas da TE
- Isolamento e classificação de embriões
- Avaliação morfológica microscopia óptica
- Observa-se
- Tamanho
- Forma
- Cor
- Citoplasma
- Membrana pelúcida e vesículas
- 6 categorias ( excelente e não fecundado)
12Etapas da TE
- Estocagem de embriões
- Objetivo Manter a viabilidade dos embriões por
varias horas ou dias fora do trato reprodutivo da
fêmea - A fresco fêmeas aptas a transferência.
- Congelado (Crio preservação) glicerol,
etileno-glicol, ISOCRIOGEN. - Técnicas de descongelamento Banho maria,
re-hidratação
13Etapas da TE
- Sincronização do ciclo estral das receptoras
- Objetivo conseguir que as fêmeas estejam em cio
no momento desejado tanto para a IA como TE. - Melhora as chances de implantação, melhora a taxa
de prenhes - Hormônios utilizados prostaglandina,
progestagenos.
14Etapas da TE
- A transferência do embrião (inovulação)
- Objetivo Posicionar o embrião no útero da
receptora - Técnica Não cirúrgica ( inovulação
trans-cervical) - Local da introdução do pailletes corno uterino
com deposição do embrião na junção
útero-tubárica. - Resultado 2 a 3 meses após a TE realiza-se o
diagnostico de gestação nas vacas receptoras, que
9 meses após a TE darão origem a animais
geneticamente semelhantes a progênie das vacas
doadoras de embriões e aos touros utilizados na
IA.
15FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA TE
- Resposta individual de cada vaca a estimulação
hormonal - Nível técnico da equipe que conduz a TE
- Escolha das técnicas da coleta e TE
- Grau de sincronização do cio entre o ciclo estral
das fêmeas doadoras e receptoras - Fertilidade natural das doadoras
- Qualidade do sêmen utilizado
- Qualidade dos embriões
- Nutrição e manejo dos animais
- OBS Embriões normais, equipe capacitada,animais
saudáveis e em época de ciclo adequados taxa de
eficiência de 50 .
16USOS da TE
- Obtenção de maior número de progênie de fêmeas de
alto valor genético - Expansão rápida de núcleos de vacas selecionadas
- Controle na transmissão de doenças
- Comércio de embriões
- Teste de homozigose para genes dominantes.
- Conservação de raças em perigo de extinção, pela
crio-preservação
17Limitações da TE
- Impacto menor no melhoramento genético do que a
IA - Tecnologia complexa e mais cara
- Uso de mão de obra especializada.
18SEXAGEM DE SEMÊN
- Determinação do sexo do espermatozóide Y ou X
- Vantagens
- Melhor programação das populações
- Maior ganho na produção de carne e leite
- Facilidade em direcionar reposição de matrizes
- Ganhos genéticos e redução de tempo na seleção de
plantéis - Garantia de acurácia acima de 85 na determinação
do sexo - Melhor direcionamento nos testes de progênies
- Poder de decisão passa para as mãos do pecuarista
- A aplicação comercial de sêmen sexado já existe
no Brasil de 2004. - Atualmente a acurácia fica em torno de 90 .
- Devido ao alto custo, em relação ao sêmen não
sexado, recomenda-se utilização de fêmeas com bom
histórico reprodutivo, e em condições ideais de
mineralização, vermifugação, vacinação e conforto
19Fertilização IN VITRO
- Definição Embriões são produzidos fora do
corpo da fêmea - Etapas
- Coleta de ovócitos na fêmea Laparosopia
- Maturação dos ovócitos in vitro
- Capacitação dos espermatozóides
- Desenvolvimento do embrião até blastocisto.
- Implantaçãoes de embriões nas femeas receptoras.
- OBS Eficiência da técnica até 40 (embriões
viáveis / ovócito maduro)
20Sexagem de embriões
- É a disponibilidade de embriões cujo o sexo já
esteja previamente determinado. - Técnica Amplificação enzimática dirigida de DNA
( PCR), com kit comercial. - Vantagem Produção de machos ou fêmeas de acordo
com os objetivos da produção - Desvantagens As técnicas ainda são caras e
sujeita a erros
21CLONAGEM
- Definição a clonagem é um processo de reprodução
assexuada, onde são obtidos indivíduos
geneticamente iguais (microorganismo, vegetal ou
animal) a partir de uma célula-mãe - Ocorre de forma natural ano caso de gêmeos
univitelíneos - É um meio de propagação comum em plantas,
bactérias e protozoários - Ainda não existe comercialmente a venda de
embriões clonados - Uso no melhoramento Possibilidade da
multiplicação de animais geneticamente superiores
em larga escala. - Desvantagem no melhoramento genético Perda da
variabilidade genética, no aspecto de
resistência a doenças, fatores climáticos
22Animais trangênico
- Definição Possui em seu genoma um DNA estranho
(de outra espécie geralmente), integrado de forma
estável, em que se transmite a sua descendência
de acordo com as leis de genética Mendeliana. - Técnica micro manipulação ou virus introdução,
modificação ou inativação de um gene. - Aplicação no melhoramento aumento de produção
carne, lã, resistência a doenças, e modificação
de produtos (maciez da carne, nível colesterol da
carne, lactose) - Limitação técnica ainda em desenvolvimento,
aceitação quanto ao consumo dos produtos, pouco
connheimento sobre os efeitos na saúde humana.
23Estudo com animais trangênicos
- Suínos bGH ( hormônio de crescimento bovino)
- Vantagens aumento do crescimento aumento na
conversão alimentar mudança na composição da
carcaça redução da espessura de gordura
subcutânea - Efeitos adversos aumento dos níveis circulantes
do plasma ( ulceras, artrites problemas
cardíacos, dermatites e IR pouco tempo de vida) - Bovino lacto albumina ( proteína humana)
- Esse leite transgênico é mais nutritivo para
humanos que o leite natural, e poderia ser
introduzido na alimentação de crianças com
carência de nutrientes específicos .
24Controle na produção de Animais trangênicos
- Comissão do Codex alimentarius (Lei alimentar ou
Código alimentar, em latim), estabelecida
conjuntamente pela FAO (Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e pela
OMS (Organização Mundial da Saúde), está
trabalhando em colaboração com vários países,
dentre eles o Brasil, com o objetivo de criar
normas de aplicação internacional visando a
segurança de alimentos produzidos a partir desses
animais.
25MARCADORES GENÉTICOS
- Identificar ou etiquetar alguma coisa
- 1923 feijão com ausência de cor escura no
tegumento x tamanho do semente seleção de forma
indireta (tegumento claro marcador - Qualidade de um bom marcador
- Herdável
- Fácil observação
- Herdabilidade alta
- Intimamente relacionado ao aleloque desejamos
selecionar - OBS Essas qualidades tornam mas eficientes a
seleção indireta - Os marcadores genéticos podem ser morfológiocos
e moleculares.
26MARCADORES MORFOLOGICOS
- Fenótipo de fácil identificação
- Normalmente determinada por único alelo.
- Exemplo 1 planta de milho jovem verde clara x
esterilidade masculina ( fenótipo importante na
produção de híbrido mas de difícil identificação
estão em lócus bastante próximos e tem alta
probabilidade de serem herdados juntos) - Exemplo 2 cor amarela do milho x teor de
vitamina (o mesmo alelo para ambas
características mais fácil selecionara pela cor) - Limitação dos marcadores morfológicos
- Ocorrência em numero reduzido
- Muitas características de interesse econômico não
tem marcador morfológico - Muitos marcadores que apresentam baixa
herdabilidade
27Marcadores moleculares
- Marcadores de proteínas ( Produtos direto dos
alelos) - Marcadores que utilizam o próprio DNA (são os
próprios genes ou seqüências de DNA situadas
próxima ao gene de interesse) - RFLP
- PCR
- AFLP
- Microssatélites
28Marcadores de proteínas -bioquímicos
- Mais comuns isoenzimas ( esterases, fosfatases,
peroxidases...) - Procedimento consiste na extração e identificação
da proteína. - Exemplo Cevada izoenzima esterase x resistencia
um virus ( seleção indireta) - Vantagem
- menor custo
- Codominância identifica homozigotos e
heterozigotos - Limitações
- Reduzida variabilidade
- Marcadores em numero reduzido
29Marcadores que utilizam o próprio DNA
- São os próprios genes ou seus vizinhos, isto é
seqüências de DNA situadas próxima ao gene que se
deseja marcar - Vantagens
- Grande variabilidade entre indivíduos
- Numero de marcadores suficientes para marcar
todos os alelos de todos os genes que se deseja
marcar. - Desvantagens
- Técnicas laboratoriais mais caras, que os
bioquimicos e os morfológicos
30RFLP Significa polimorfismo de comprimentos
defragmentos de restrição (obtidos por corte de
fita dupla deDNA).
- Isolamento do DNA dos indivíduos
- Enzimas de restrição que geram milhares de
fragmentos - Separação por eletroforese ( tamanhos das
seqüências) - Observa-se polimorfismo entre indivíduos
diferentes - Hibridização com DNA marcado radioativamante
(sonda), P radioativo - Fotografia do fragmento identificado pela sonda
- Admitindo-se que o fragmento de DNA identificado
pela sonda esteja intimamante ligado a um alalo
de interesse, pode se selecionar esse alelo por
meio desse fragmento. Assim o fragmento RFLP
funciona como um marcador ou etiqueta do alelo de
interesse.
31PCR Polymerase Chain Reaction
- Reação de polimerização em cadeia
- É um método utilizado para amplificar, in vitro,
uma seqüência específica de DNA. - Ao contrario do RFLP que marca um segmento do
DNA, ocorre a síntese especifica de certos
segmentos de DNA. - Como ocorre?
- Utilização de um pequeno segmento Primer
(iniciador) de um segmento desejado. - Vários ciclos geram um número de seqüências
idênticas de DNA.
32AFLP
- AFLP(Amplified Fragment Length Polymorphism)
Significa o Polimorfismo de Comprimento de
Fragmentos Amplificados. - O AFLP combina a especificidade, resolução e
poder de amostragem da digestão com enzimas de
restrição e a praticidade e velocidade do PCR. - ETAPAS
- Clivagem com 2 enzimas de restrição
- Ligação de adaptadores específicos
- São sintetizados inicializadores complementares
aos adaptadores - Amplificação seletiva ( reação de PCR)
- Eletroforese.
33Microssatélites
- Seqüências curtas (300 pb)
- Repetições em tandem (6 a 8 nucleotídeos mais
comuns TG/AC) - Mais utilizada em mapeamento genético, devido a
sua grande
34 35VP VG VA
36Uso de marcadores no estudo de caracteres
quantitativos
- Caracteres quantitativos
- Controlados por vários genes de pequeno efeito
- Sofrem maior influencia ambiental
- Não se sabe quanto ele contribui para o fenótipo
- QTL Quantitative Trait Loci Locos de um
caractere quantitativo identificado por
marcadores moleculares. - Finalidade determinar quanto de um caractere
quantitativo é explicada por um ou mais
marcadores - Como os caracteres quantitativos são medidos por
meio de médias os variâncias, pode-se ter idéia
da porcentagem do fenótipo do caractere que é
explicado pelo marcador.
37QTL
- São regiões cromossômicas relacionadas com
variação fenotípicas das características
quantitativas - Limitações
- Dificuldade de avaliação dos caracteres
quantitativos aliados a necessidade de ligação
dos marcadores com os QTL - Dificuldade de obtenção dos próprios marcadores
- Estudo difícil e trabalhoso
- Obs Há necessidade de mais pesquisas para tornar
mais eficientes o emprego dos marcadores
moleculares no estudo das características
quantitativas
38(No Transcript)